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Estado de Minas

Planalto e Centr�o tiram apoio a mandato de Cunha


postado em 13/06/2016 07:37 / atualizado em 13/06/2016 08:08

Bras�lia - O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perdeu apoio do Pal�cio do Planalto, do PMDB e do Centr�o (maior bloco parlamentar informal do Congresso) na luta para manter o mandato. Antes poderoso, o presidente afastado da C�mara est� acuado por antigos aliados, que o pressionam para que renuncie ao cargo na dire��o da Casa, e pela Opera��o Lava Jato. Cunha v� a preserva��o do mandato como �nica forma de n�o ser preso - ele teme que seus processos sejam remetidos a primeira inst�ncia e fiquem sob cuidados do juiz S�rgio Moro.

Na semana passada, Cunha foi procurado por dois parlamentares do Centr�o, grupo que ajudou a criar. Ambos o aconselharam a renunciar, pelo bem do governo do presidente em exerc�cio Michel Temer. Cunha se descontrolou e, aos gritos, disse que jamais tomar� essa atitude. A medida seria vista como sinal de enfraquecimento, e isso poderia tornar inevit�vel a cassa��o em plen�rio.

Na quinta-feira, dia em que a mulher dele, a jornalista Cl�udia Cruz, virou r� na Lava Jato por decis�o de Moro, o deputado mandou mensagens a integrantes do Centr�o dizendo que n�o pode abrir m�o do mandato porque o juiz federal promoveria um "cerco" a ele e a sua fam�lia.

A estrat�gia para tirar Cunha de cena vem sendo chamada nos bastidores do governo e do Congresso de "opera��o m�o do gato", numa dupla refer�ncia ao gesto do felino de bater e recolher o bra�o imediatamente e ao ato de agir sorrateiramente. O medo do PMDB e do Planalto � de que Cunha, num gesto de vingan�a, possa fazer acusa��es contra Temer e o partido. No Planalto, a avalia��o � de que Cunha se tornou um fator que s� atrapalha o governo.

Criador e criatura

No Centr�o, a convic��o � de que a "criatura se tornou maior do que o criador", conforme a defini��o de um l�der ao falar do grupo e de Cunha. O objetivo do bloco � manter o poder sobre o comando da C�mara e fazer o sucessor do presidente afastado da Casa.

L�deres do Centr�o avaliam ser poss�vel vencer a vota��o sobre o processo que pesa contra Cunha no Conselho de �tica da C�mara, prevista para amanh�, e aprovar uma pena mais branda, como suspens�o por tr�s meses. Para isso, contam com o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA), que n�o assume publicamente a defesa da cassa��o do mandato.

No plen�rio, por�m, o progn�stico � desfavor�vel ao peemedebista. Por isso, parte do Centr�o v� como alternativa mais vi�vel que o presidente afastado renuncie ao cargo - o gesto poderia convencer parlamentares a aceitarem a pena branda.

"Hoje a situa��o est� muito dif�cil. Chegou a um ponto muito desgastante. Fica dif�cil apoiar", afirma o l�der do PR, Aelton Freitas (MG). Segundo ele, no plen�rio ser� muito dif�cil para os deputados que sustentam Cunha nos bastidores manter esse apoio, pois a vota��o ser� aberta.

Vice-l�der do PMDB e membro da "tropa de choque" de Cunha, o deputado Carlos Marun (MS) admite que haver� votos contr�rios ao peemedebista at� na bancada, mas avalia ser minoria. "Obviamente n�o � uma situa��o f�cil, haja vista a press�o externa."

No PP, o l�der Aguinaldo Ribeiro (PB) apoia o presidente afastado da C�mara nos bastidores, mas j� � pressionado por seus deputados por sua posi��o. "No momento em que o processo for � vota��o em plen�rio, a maioria do PP n�o vota com Cunha. A maioria n�o est� com ele. O pessoal s� n�o est� manifestando isso em respeito ao l�der", disse o deputado Jer�nimo Goergen (PP-RS), da bancada ruralista.

No plen�rio, bastam 257 votos para a cassa��o de Cunha ser aprovada. Hoje, nove partidos se declararam nesse sentido: PT, PC do B, PDT, Rede, PSOL, DEM, PSDB, PSB e PPS, que somam 218 deputados. O Centr�o tem cerca de 220 parlamentares.

Al�m de articular a mudan�a no parecer do Conselho de �tica que pede sua cassa��o, Cunha atua na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) para mudar as regras de vota��o do relat�rio no plen�rio e, com isso, impedir que a recomenda��o por uma pena mais branda seja alterada para uma puni��o mais dura. O processo por quebra de decoro foi aberto h� mais de 220 dias e tem como objeto a acusa��o de que Cunha mentiu ao afirmar na CPI da Petrobr�s, em 2015, que n�o possu�a contas secretas no exterior.


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