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Estado de Minas

Empreiteiro liga pagamento para lobista a patroc�nio na Stock Car


postado em 14/06/2016 09:31 / atualizado em 14/06/2016 09:38

S�o Paulo - O empres�rio La�rcio Tom�, acionista fundador das empresas Tom� Engenharia e Tom� Equipamentos e Transportes, grupo de S�o Bernardo do Campo (SP), atribui a contratos de patroc�nio da Stock Car parte do pagamento de R$ 34 milh�es �s empresas do lobista Adir Assad - um dos operadores de propina da Opera��o Lava-Jato. O executivo negou que os valores sejam referentes � propina no esquema de corrup��o instalado na Petrobras entre 2004 e 2014.

Adir Assad � apontado como operador de propinas na Diretoria de Servi�os da Petrobras, cota do PT no esquema. O lobista foi condenado a 9 anos e 10 meses de pris�o por corrup��o, lavagem de R$ 18 milh�es e associa��o criminosa. Na senten�a, o juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Lava-Jato, classificou Assad como "profissional da lavagem de dinheiro".

La�rcio Tom� prestou depoimento � PF em 18 de maio. Ele afirmou que conheceu Adir Assad em uma prova de Stock Car - modalidade de automobilismo do Brasil criada em 1979 - realizada na pista de Interlagos, em S�o Paulo, em 2008. "Posteriormente fecharam contrato de patroc�nio para exibir a marca da empresa nos carros, capacetes de provas de Stock Car, realizadas em diversos Estados do Brasil", afirmou.

A PF atribui � Tom� Engenharia S/A e � Tom� Equipamentos e Transportes S/A o pagamento de R$ 34.137.870.13 para as empresas JSM Engenharia e Terraplanagem LTDA, Rock Star Marketing LTDA e Rock Star Produ��es Com�rcio e Servi�os - controladas por Adir Assad - entre 1 de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2012. A defesa do grupo contesta este valor e afirma que a Pol�cia Federal computou pelo menos R$ 11.070.888,19 em duplicidade.

De acordo com o advogado Guilherme Cremonesi Caurin, que defende a Tom�, o contrato de patroc�nio "tinha como escopo o patroc�nio de equipe de corrida Stock Car em diversas temporadas (2009, 2010, 2011 e 2012)". O criminalista afirma que o acordo previa a "exposi��o da marca Tom� no carro, uniforme, capacete do piloto" e uma esp�cie de camarote, "com direito a diversas credenciais vips, servi�o de buffet, visita��o ao box do piloto, camisetas personalizadas, torcida organizada, bares, volta r�pida na pista do aut�dromo".

"O contrato de patroc�nio com a Rock Star foi celebrado no in�cio de 2009 e mantido at� junho de 2012 quando a Tom�, surpreendida pela imprensa com not�cias do envolvimento de Adir Assad na 'CPI do Cachoeira' imediatamente rescindiu o contrato", declarou o advogado.

Entre 1.º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2012, La�rcio Tom� foi presidente da Tom� Equipamentos e Transportes S/A. Em depoimento, o executivo declarou que as duas empresas "mantinham contrato de patroc�nio com as empresas do grupo Rock Star Marketing LTDA e Rock Star Produ��es Com�rcio e Servi�os".

La�rcio disse n�o de recordar de negocia��o com a empresa JSM Engenharia e Terraplanagem LTDA. "Far� levantamento cont�bil a fim de demonstrar as raz�es dos pagamentos no valor de R$34.137.870,13 a referidas empresas no per�odo de 1 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, conforme planilha que ora lhe � apresentada", diz o texto do seu depoimento.

Cartel


A Tom� foi citada, na Lava-Jato, na dela��o premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. O ex-dirigente da estatal declarou que a Tom� Engenharia "participava do cartel no �mbito da Petrobras, mas com uma participa��o pequena, dado o porte da empresa". Ele afirmou que o contato com a empresa "se dava por meio de La�rcio Tom� e Oliveira, especialmente com o �ltimo".

Costa disse "ser prov�vel" que tenha cabido a ele "a indica��o de Youssef aos representantes da Tom� para que efetuassem ao pagamento de vantagem indevida relativo aos contratos obtidos".

� PF, La�rcio Tom� sustentou que Alberto Youssef esteve uma �nica vez em sua empresa para "oferecer contrato projeto para constru��o de ferrovia na Argentina e parque e�lico no Brasil". O empres�rio disse que n�o fechou neg�cio e nem teve outro encontro com o doleiro.

"Os valores movimentados pela empresa nunca tiveram o envolvimento de doleiros; s pagamentos efetuados pelas empresas do declarante eram realizados pelo sistema banc�rio nacional e devidamente contabilizados" afirmou La�rcio em seu depoimento, reconhecendo que "efetivamente a empresa manteve contratos de presta��o de servi�o com a Petrobras" e que "em nenhum dos contratos foi pago qualquer valor para se obter vantagem indevida".


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