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Estado de Minas

Planalto teme rea��o de Cunha, ap�s sua cassa��o ser aprovada no Conselho de �tica

Um aliado de Michel Temer que esteve no Planalto ap�s aprova��o do processo demonstrava preocupa��o com o peemedebista "Essa conta vai ser alta. Ele n�o vai cair sozinho", disse


postado em 15/06/2016 07:55 / atualizado em 15/06/2016 08:22

Eduardo Cunha(foto: Lula marques/Agência PT)
Eduardo Cunha (foto: Lula marques/Ag�ncia PT)
Bras�lia - A aprova��o do pedido de cassa��o do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de �tica ampliou o clima de cautela no Pal�cio do Planalto. Interlocutores do presidente em exerc�cio Michel Temer tentam refor�ar o discurso de que o tema pertence ao Legislativo e n�o ao Executivo, mas admitem que h� receio do "poder explosivo" do presidente afastado da C�mara.

Depois da vota��o, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, esquivou-se de falar sobre o assunto. "Prefiro n�o comentar. Esse � um assunto da C�mara", disse Geddel. Mais cedo, em agenda no Rio, o pr�prio Temer declarou que o Executivo n�o interferiria nos demais Poderes e que, ao assumir interinamente a Presid�ncia, pregou a "reconstitucionaliza��o" do Pa�s. "� preciso acabar com o Executivo se meter nas coisas do Legislativo e do Judici�rio", afirmou.

Apesar da tentativa de deixar esse assunto "do outro lado da rua", um aliado de Temer que esteve no Planalto ap�s o resultado demonstrava claramente a sua preocupa��o com Cunha. "Essa conta vai ser alta. Ele n�o vai cair sozinho", disse.

Ainda n�o se tem a exata dimens�o de como esse primeiro momento p�s aprova��o da cassa��o de Cunha no Conselho de �tica poder� interferir nas vota��es das medidas econ�micas que Temer est� encaminhando � C�mara, consideradas "cruciais" para o governo interino.

Proximidade


Apesar da tentativa de Temer se manter "neutro" quanto � situa��o de Cunha, a rela��o de todos os peemedebistas com o presidente afastado da C�mara � muito pr�xima. Embora Temer n�o esteja se encontrando com Cunha, como acontecia antes, v�rios interlocutores fizeram esse papel. Geddel, por exemplo, chegou a visit�-lo, dias depois de ele ser afastado pelo Supremo Tribunal Federal e um dia antes da leitura do parecer pela cassa��o do deputado no Conselho de �tica. Sempre houve solidariedade impl�cita ao peemedebista e nos bastidores sabe-se que o Planalto, de alguma forma, trabalhou para proteg�-lo. "N�o h� al�vio, mas sim lamento", observou um assessor palaciano.

Com o avan�o das investiga��es da Opera��o Lava Jato e o cerco se fechando contra Cunha tamb�m criou-se um temor de que, como vingan�a, ele possa "sair atirando", atingindo o pr�prio Temer. No pedido de afastamento de Cunha do mandato e da presid�ncia da C�mara, o ministro do STF Teori Zavascki transcreveu mensagens por celular entre o deputado e o empreiteiro L�o Pinheiro, s�cio da construtora OAS. Uma delas fala de um certo "Michel" que teria sido contemplado com R$ 5 milh�es pelo empreiteiro. Para os investigadores da Lava Jato, � uma refer�ncia a Temer.

No entanto, n�o h� nenhuma investiga��o contra o presidente em exerc�cio. A assessoria de Temer justifica a cita��o a uma "doa��o eleitoral declarada dentro da presta��o de contas da candidata Dilma Rousseff, na conta Michel Temer 2014" no valor exato de R$ 5 milh�es e na qual n�o "h� nenhuma ilegalidade ou il�cito".

Surpresa


H� relatos de que houve surpresa no Planalto com o posicionamento do deputado Wladimir Costa (SD-PA), que todos consideravam voto certo contra a cassa��o do peemedebista, e com o voto considerado decisivo da deputada Tia Eron (PRB-BA).


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