S�o Paulo e Bras�lia, 15 - Em dela��o premiada, o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado disse ao Minist�rio P�blico Federal que, al�m de abastecer as contas do PMDB, a propina que foi desviada da estatal tamb�m serviu para financiar campanhas de pol�ticos de outros partidos: os deputados Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Her�clito Fortes (PSB-PI), Luiz S�rgio (PT-RJ) e Candido Vaccarezza (PT-SP).
Machado afirmou que Jandira recebeu R$ 100 mil, Luiz S�rgio, R$ 400 mil, e Vaccarezza e Her�clito, R$ 500 mil cada um. Disse ainda que o valor acordado com o deputado do PSB era, inicialmente, de R$ 1 milh�o, mas que metade do valor n�o foi paga, embora o parlamentar tenha cobrado insistentemente o restante da propina durante as elei��es de 2014.
O delator disse que dependia de Her�clito, ent�o presidente da Comiss�o de Infraestrutura do Senado, para conseguir implementar um programa de moderniza��o e expans�o da frota de navios da Transpetro iniciado em 2006. O parlamentar, na �poca, exigiu propina para aprovar na Casa o aumento do limite de endividamento da estatal, medida que garantia a continuidade do projeto.
No Congresso, Machado defendia o chamado Promef, de moderniza��o dos navios, como um programa estrat�gico para o Brasil e que teria o potencial de recriar a ind�stria naval no Pa�s. Interessado, Vaccarezza teria procurado o delator diversas vezes para demonstrar apoio � Transpetro, articulando inclusive com outros deputados reuni�es para discutir o assunto.
Nas elei��es de 2010, ap�s as reuni�es, o deputado finalmente pediu apoio a Machado, que concordou em ajud�-lo. Os valores teriam sido pagos por meio de uma doa��o oficial ao diret�rio do PT em S�o Paulo feita pela Camargo Corr�a, que tinha neg�cios com a Transpetro e teria sido comunicada previamente como deveria repassar o dinheiro.
O mesmo teria acontecido com a Queiroz Galv�o ao efetuar repasses a Jandira e Luiz S�rgio. Ambos s�o citados na dela��o como deputados que sempre defenderam a ind�stria naval e os interesses da Transpetro no Congresso. Machado disse que, em �pocas de elei��o, eles o procuravam pessoalmente para pedir apoio e eram convidados � sede da estatal para discutir como os repasses seriam feitos.