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Estado de Minas

Renan sinaliza a aliados que pretende aceitar pedido de impeachment de Janot


postado em 16/06/2016 08:07 / atualizado em 16/06/2016 08:23

Senador Renan Calheiros(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil )
Senador Renan Calheiros (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil )
Bras�lia- O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou a aliados que quer dar seguimento ao pedido de impeachment do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot. O peemedebista n�o tem conseguido esconder sua revolta com a atua��o do procurador, que pediu sua pris�o ao Supremo Tribunal Federal.

Na noite dessa quarta-feira, 15, Renan participou de festa junina na casa da senadora K�tia Abreu (PMDB-MS). Antes disso, entretanto, se reuniu com Eun�cio Oliveira (PMDB-CE) e Eduardo Braga (PMDB-AM) na casa do ex-presidente Jos� Sarney em Bras�lia. Os peemedebistas tiveram que acalmar Renan, que mostrou-se decidido a aceitar o impeachment de Janot.

Ele relembrou aos colegas de partido que existem ainda cinco pedidos de impeachment contra o procurador-geral da Rep�blica a serem analisados pelo Senado e que pretende buscar, em algum deles, os argumentos necess�rios para acolher a den�ncia.

Segundo os senadores, Renan est� irritado com as decis�es do procurador-geral. O desconforto ficou claro durante a festa junina de K�tia, quando Renan trouxe para as rodas de conversa, por diversas vezes, o nome de Janot.

O presidente do Senado abordou diferentes convidados mostrando em seu celular uma reportagem sobre o procurador-geral. No t�tulo, Janot afirmava que a manuten��o de sigilo da dela��o do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado geraria crise entre os Poderes.

Renan argumentou com os senadores que, dessa forma, Janot estava "estimulando vazamentos" e que isso era uma "irresponsabilidade". O presidente do Senado foi alvo de um dos vazamentos da dela��o de Machado e apareceu em um di�logo chamando Janot de "mau-car�ter".

O presidente do Senado cogita ainda que Janot tenha orientado as grava��es feitas por S�rgio Machado. "S�o conversas totalmente induzidas, � uma dela��o orientada. Como pode grampear um senador com foro? S� com autoriza��o judicial", disse Renan aos convidados, na festa.

De acordo com Renan, a dela��o de Machado n�o possui "materialidade" e, para trazer essa caracter�stica para a colabora��o premiada, o delator teria sido orientado a fazer grava��es com o pol�tico. Ele fez um paralelo com o caso Delc�dio Amaral e afirmou que, ao negociar acordo de dela��o, o ex-senador teria se comprometido a voltar ao Senado e fazer grava��es com colegas para fortalecer o depoimento.

Confraterniza��o


Muitos senadores marcaram presen�a na festa junina oferecida por K�tia Abreu (PMDB-MS). Inicialmente divididos em duas mesas, uma do governo e outra da oposi��o, os parlamentares se reuniram em um s� grupo com a chegada do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Renan chegou mais tarde, acompanhado de Eun�cio Oliveira e Eduardo Braga e conseguiu acomodar todos ao seu redor. Apesar de o assunto ser majoritariamente pol�tico, a conversa seguiu descontra�da. Regado a u�sque e entre uma reclama��o e outra contra Rodrigo Janot, o presidente do Senado conduziu a conversa com brincadeiras e v�rios casos.

Ele explicou, por exemplo, porque n�o quis autorizar o pagamento de passagem e hospedagem para a autora do processo de impeachment, Jana�na Paschoal, participar das reuni�es da comiss�o. "Com todo respeito, ela � muito chata!", justificou, aos risos, para os colegas. Segundo ele, a jurista poderia poupar o Senado dessa despesa, j� que recebe altos honor�rios "pagos pelo PSDB", brincou.

O petista Lindbergh Farias (RJ) zombou dos apelidos da tropa de choque de Dilma na comiss�o do impeachment. "Gravamos um v�deo juntos e algu�m comentou dizendo que eu era o petralha, a Vanessa Grazziotin seria a Pen�lope Charmosa; a Gleisi Hoffmann era a Narizinho e a F�tima Bezerra, a Maria Bonita", contou, arrancando risos da mesa.

Muitas piadas tamb�m foram feitas com o senador Zez� Perrella (PTB-MG), que n�o estava presente. Os demais disseram que o colega tem fama de organizar boas festas, sempre com a presen�a de mo�as mais jovens.

Alguns deputados tamb�m participaram da festa junina de K�tia, mas longe da mesa dos senadores. Andr� Fufuca (PP-MA) passou para cumprimentar os demais, enquanto Tiririca (PR-SP) chegou a cantar uma m�sica com o sanfoneiro.

A festa na casa de K�tia foi uma homenagem ao ex-senador do Democratas Jos� Jorge, que tamb�m � ministro aposentado do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). Com bom tr�nsito partid�rio, Jorge realizava todos os anos uma festa junina em Bras�lia, prestigiada por diferentes nomes da Rep�blica. Katia presenteou o convidado e anunciou que gostaria de manter a tradi��o.


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