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Estado de Minas

Renan diz que Rodrigo Janot 'extrapolou os limites' ao pedir pris�es

O parlamentar criticou a maneira como est�o sendo feitas as investiga��es de parlamentares e alegou que a inten��o � apenas de enfraquecer as institui��es


postado em 16/06/2016 15:19 / atualizado em 16/06/2016 15:27

(foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)
(foto: Antonio Cruz/ Ag�ncia Brasil)

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a atacar o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, nesta quinta-feira, 16. Para Renan, Janot "extrapolou" os limites ao pedir a pris�o e emitir mandatos de busca e apreens�o de senadores no exerc�cio do mandato. Renan adiantou que ir� analisar um dos nove pedidos de impeachment de Janot na Casa at� a pr�xima quarta-feira, mas negou que haja uma tentativa de intimida��o ao procurador. "Pelo contr�rio. Voc� acha que ningu�m intimida o PGR? Quando as pessoas perdem o limite da Constitui��o, perdem tamb�m o limite do rid�culo", reagiu.

Renan tamb�m comentou novamente uma fala de Janot, dizendo que "o sigilo sobre dela��o poderia abrir crise entre os Poderes". "Essa � uma declara��o criminosa. Ao dizer que foi retirado o sigilo, ele assume a paternidade do vazamento", disse. "Se algo que agrava a separa��o dos Poderes � um pedido de pris�o", continuou. Durante coletiva de imprensa, Renan insinuou diversas vezes que Janot poderia estar por tr�s do vazamento da dela��o premiada de Machado. Ele disse que vai procurar o diretor-geral da Pol�cia Federal, Leandro Daiello Coimbra, para colocar o Senado � disposi��o para investigar os "crimes".

"O procurador fez busca e apreens�o na resid�ncia de v�rios senadores que estavam dispostos a colaborar, quebrou sigilo de informa��es que j� haviam sido dadas, ele fez condu��o coercitiva de algu�m que n�o colocou nenhum obst�culo para ir depor e pediu a pris�o de senadores que n�o colocaram nenhuma dificuldade para depor. Como fez isso? Porque havia preparado tr�s dela��es com esse objetivo", acusou Renan, citando as grava��es feitas pelo filho de Nestor Cerver� e do assessor de Delc�dio Amaral. O segundo, disse, "mandou demitir de pronto, porque estava claro que aquilo era uma encomenda para gravar senadores a pedido de algu�m".

O parlamentar criticou a maneira como est�o sendo feitas as investiga��es de parlamentares. "Eu s� vejo uma raz�o, � expor e enfraquecer a institui��o. Por isso que, como presidente, eu vou no meu limite, no limite da separa��o dos Poderes, para defender as prerrogativas dessa Casa, para que esses abusos que j� aconteceram, n�o mais aconte�am contra o Senado, nem contra nenhum senador. Qualquer senador que precisar ser investigado, e eu falo como presidente da Casa, est� � disposi��o. Porque se algu�m, nessa confus�o toda, tem interesse de ver essas cita��es todas esclarecidas s�o os senadores."

Segundo ele, veio "ao final e ao cabo" a dela��o do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado, que, entre outros parlamentares, gravou conversas com Renan. Para o peemedebista, Machado n�o apresenta nenhuma prova ou ind�cio. Ele defendeu uma mudan�a na lei de dela��o premiada, que considera ser "velha e anacr�nica". "� uma narrativa para botar uma tornozeleira, ficar preso em casa, e limpar mais de um bilh�o roubado do povo brasileiro. Isso precisa ser alterado na Lei da dela��o. Eu, que como presidente do Senado comandei a aprova��o da lei, evidente que eu tenho como colaborar para o seu aperfei�oamento. Uma pessoa que est� presa, desesperada, com a fam�lia passando fome, vai dizer absolutamente o que quiser", opinou.

Renan enfatizou que sua proposta n�o busca interferir na Opera��o Lava Jato. "O principal papel dessa e de outras opera��es � separar o joio do trigo. � dividir aqueles que est�o investigados por ouvir dizer, cita��es que s�o levadas como que julgamentos p�blicos daqueles que roubaram bastante e que querem com uma narrativa mentirosa e inventada como essa do Machado, lavar 90% do dinheiro pilhado da popula��o. E eu acho que isso n�o faz o Brasil melhor", declarou Renan.

Ele tamb�m voltou a acusar procuradores que diz terem sido "rejeitados pelo Senado no passado e que estariam agindo por vingan�a". Segundo ele, eles deveriam ser impedidos de participarem das investiga��es. "Talvez fosse o caso dessas pessoas que foram rejeitadas pelo senado, se impedirem dessa participa��o, sobretudo quando est� claro para as pessoas que h� um ataque do MP ao congresso mas especialmente ao Senado".

O presidente comentou as 11 investiga��es das quais � acusado. "Eu fui citado j� 11 vezes porque diante da inexist�ncia de prova para acusar ou para condenar, algu�m escolheu me investigar diversas vezes. Investigando dessa forma, toda hora na m�dia submetido a um julgamento, acham isso � uma maneira inteligente de investigar, mas eu considero burra. Isso � muito ruim porque deturpa a democracia e emba�a a verdade, e dificulta a vida das pessoas. S�o poucos que chegam aqui, olhando nos olhos de cada um, e dando essas respostas", defendeu.


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