
Nos depoimentos � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), o delator disse que o peemedebista o "pressionava muito" por recursos il�citos. Machado revelou ter dado, entre 2004 e 2007, R$ 4,25 milh�es para Jader, sendo R$ 1,25 milh�o em contribui��es eleitorais e outros R$ 3 milh�es em esp�cie. As entregas, segundo ele, eram feitas por um funcion�rio da empresa de seu filho, Daniel.
Parte do dinheiro referia-se a uma d�vida de US$ 100 mil (R$ 348,9 mil, ao c�mbio desta quinta-feira) de Jader com um advogado. Conforme a vers�o do delator, a quantia foi rateada e paga pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Edison Lob�o (PMDB-MA), tamb�m citados como benefici�rios do esquema na Transpetro.
Machado afirmou que, como havia muita press�o, tamb�m cobrou suborno do empres�rio Miguel Iskin, que estaria tentando direcionar uma licita��o na subsidi�ria da Petrobr�s para obter contrato de tratamento de res�duos s�lidos. O pagamento, cujo valor n�o foi informado, teria sido feito. Apesar disso, Machado disse que Iskin n�o fechou o neg�cio, que beneficiaria uma empresa francesa. "Miguel reclamou muito."
Desgaste
O delator contou ainda ter tido mais um problema depois disso, quando Barbalho pediu que o executivo pagasse uma d�vida sua com o Banco BVA ou seu presidente, Jos� Augusto Ferreira do Santos. Ele contou que Santos o procurou "diversas vezes" para cobrar o valor (n�o detalhado), mas que n�o fez repasse de propina para "essa finalidade". O presidente do banco teria ainda oferecido, sem sucesso, "apoio log�stico" para o pagamento de propinas a Barbalho e a outros pol�ticos.
Machado relatou que, como o pleito de Barbalho n�o foi atendido, houve um "desgaste" e, a partir da�, Renan passou a solicitar pagamentos para Jader na forma de doa��es eleitorais, feitas por empreiteiras.
Santos tamb�m foi citado em outro esquema investigado pela Lava Jato. Em sua dela��o, o ex-diretor da Petrobr�s Nestor Cerver� disse que, entre 2009 e 2010, houve uma ordem de Edison Lob�o, ent�o ministro de Minas e Energia, para que o BVA fosse atendido na Petrobras. Lob�o teria feito press�o para que o Petros, fundo de pens�es da estatal, investisse na institui��o financeira.
O BVA faliu em 2014, o que gerou perdas para o fundo. A defesa de Lob�o alega que ele "n�o se lembra" de conhecer Santos. A Petros investiu em t�tulos estruturados pelo banco e recorreu � Justi�a para recuperar parte dos recursos investidos.
Jader reiterou que n�o recebeu favores de Machado. "Machado � um canalha e roubou a Transpetro de todas as formas." Iskin disse que as afirma��es de Machado "n�o s�o verdadeiras". Santos n�o foi localizado. Os administradores da massa falida do BVA n�o se manifestaram.