(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

'Chin�s da 25 de Mar�o' entregava dinheiro em esp�cie da Odebrecht, diz delator

Os detalhes foram revelados na dela��o de Vin�cius Borin. Os codinomes e siglas eram usados para se referir a destinat�rios e operadores da propina


postado em 20/06/2016 09:49 / atualizado em 20/06/2016 10:31

Ao revelar detalhes sobre as transa��es financeiras em offshores do "departamento de propinas" da Odebrecht no exterior, o executivo e delator da Lava-Jato Vin�cius Veiga Borin afirmou que dentre os respons�veis por fazer as entregas de dinheiro em esp�cie da empreiteira no Brasil estava um chin�s apelidado de "drag�o" que atuava nas lojas da 25 de mar�o - tradicional centro comercial da capital paulista, e dois irm�os Adir e Samir apelidados de "kibe" e "esfirra".

As express�es "opera��o drag�o" e "opera��o kibe" s�o algumas das encontradas nas planilhas apreendidas pela Pol�cia Federal na sede da empreiteira em Salvador durante as opera��es Acaraj� e Xepa, 23ª e 26ª fases da Lava Jato, respectivamente.

A utiliza��o de codinomes e siglas para se referir aos destinat�rios e at� operadores de contas e respons�veis pela entrega de dinheiro era uma das pr�ticas do "departamento de propinas" da Odebrecht que os investigadores est�o se dedicando a desvendar.

Borin atua no setor financeiro desde 1976, tendo trabalhado desde 2006 no Antigua Overseas Bank at� ele ser liquidado, em 2010, e depois se tornou um dos s�cios do Meinl Bank de Antigua junto com outros ent�o executivos do setor de propinas da maior empreiteira do Pa�s. Nos dois bancos Borin relata que atuou com a abertura e opera��o de contas offshore da Odebrecht para funcion�rios do pol�mico setor da empresa.

Ao contar sobre o esquema offshore, ele disse que a movimenta��o do dinheiro seguia um padr�o: primeiramente as contas de Fernando Migliaccio e Luiz Eduardo (ambos funcion�rios do departamento de propinas) eram abastecidas com dinheiro de offshores mantidas em outros bancos pela empreiteira em nome de Marcos Grillo, "funcion�rio graduado" da Odebrecht, segundo Borin.

A partir dai, segue o depoimento, o valor era repassado para as contas das empresas controladas por Ol�vio Rodrigues Junior, r�u da Lava Jato apontado como operador de contas da empreiteira e que, segundo o delator, seria o respons�vel por realizar o pagamento aos destinat�rios finais. As opera��es entre as contas era respaldada por "contratos fict�cios" de acordo com Borin.

Todo o contato e articula��o para os pagamentos envolvia ainda o sistema Drousys, software de contabilidade e gerenciamento de contratos desenvolvido para a contabilidade paralela da Odebrecht.

Brasil

Nos casos envolvendo transa��es que teriam como objetivo a entrega de dinheiro em esp�cie no Brasil as opera��es eram chamadas por apelidos como "Kibe" e "Drag�o", que aparecem nas planilhas apreendidas pela Lava Jato na sede da empreiteira.

Nestes casos, relata, havia "mais uma camada de offshores" no Meinl Bank Antigua controlada pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, que recebia os valores de Ol�vio. No caso da "opera��o drag�o", o dinheiro era, ent�o, transferido para "uma das quatro contas de um chin�s denominado Wu-Yu Sheng", que de acordo com o delator, trabalhava tamb�m com lojistas chineses da Rua 25 de Mar�o e era quem entregava o dinheiro no Brasil. Todas as quatro contas de Wu-Yu, segundo Borin, j� foram encerradas e o chin�s deixou o Brasil em 2015 para ir morar na Fl�rida com o avan�o da Lava Jato.

J� as opera��es "kibe" e "esfirra", relata, seriam aquelas nas quais Tacla encaminhava o dinheiro para dois irm�os operadores identificados pelo delator apenas como Adir e Samir. Borin ainda identificou um outro operador de nome "Juca" - um brasileiro residente no Uruguai, para fazer as entregas no Brasil. Al�m disso, relata, Tacla tamb�m teria entregue recursos para outras pessoas para "fazer dinheiro", mas Borin contou que n�o se lembrava de todos.

Por meio de sua assessoria, a Odebrecht informou que n�o iria comentar o depoimento. As defesas de Ol�vio e Rodrigo Tacla n�o foram localizadas pela reportagem para comentar o caso.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)