Bras�lia, 22 - O ministro da Justi�a, Alexandre de Moraes, visitou, pela primeira vez, a sede da for�a-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba. O encontro n�o estava na agenda oficial desta ter�a-feira, 21. Acompanhado do diretor-geral da Pol�cia Federal, Leandro Daiello, Moraes foi ao pr�dio da Justi�a Federal, onde se encontrou com o juiz S�rgio Moro. � tarde, se reuniu com os procuradores do Minist�rio P�blico Federal e teve um encontro na Superintend�ncia da PF com investigadores respons�veis pela apura��o do cartel de empreiteiras que atuou na Petrobras e outras estatais.
A visita estava programada desde os primeiros dias de sua gest�o na pasta. A reportagem apurou que o ministro quis manifestar pessoalmente apoio �s investiga��es sob a tutela de Moro.
Nos bastidores, a viagem a Curitiba foi vista como uma forma de Moraes rebater aliados da presidente afastada Dilma Rousseff, que tentavam colar nele a imagem de poss�vel "algoz" da investiga��o. Um dos argumentos dos advers�rios era o fato de Moraes ter sido advogado de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente afastado da C�mara, em uma a��o relacionada ao uso de documentos falsos. Cunha foi absolvido na a��o.
Al�m da quest�o pol�tica, a visita tamb�m seria uma sinaliza��o para setores da pr�pria PF e do Minist�rio P�blico que criticaram o ministro. Em maio, poucos dias ap�s a posse de Moraes, o presidente da Associa��o Nacional dos Delegados Federais chegou a afirmar que a institui��o estaria "preocupada" com a nomea��o de ministros ligados � Lava-Jato pelo presidente em exerc�cio Michel Temer. Em junho foi a vez do procurador Deltan Dallagnol sugerir a possibilidade de "pessoas poderosas e influentes" tentarem encerrar as investiga��es.
Moraes tem batido na tecla do apoio do Minist�rio da Justi�a � opera��o. Ao tomar posse, em 12 de maio, classificou a opera��o como "s�mbolo" do combate � corrup��o.