
Por unanimidade, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram que o presidente da C�mara dos Deputados afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve ser r�u pelos crimes de corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas. Eles aceitaram a tese da acusa��o que apresentou contra ele nova den�ncia fruto da Opera��o Lava-Jato. O inqu�rito investiga se o peemedebista manteve contas na Su��a abastecidas com propina desviada da Petrobras. Segundo a Procuradoria-Geral da Rep�blica, o peemedebista recebeu cerca de R$ 5 milh�es em il�citos.
A den�ncia contra o peemedebista neste caso foi oferecida ao STF pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, em mar�o. O parlamentar � acusado da pr�tica dos crimes de corrup��o, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas.
Para o relator, ministro Teori Zavascki, as provas apresentadas pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) comprovam que Cunha recebeu os valores de propina nas contas de seu truste, com o objetivo de ocultar a origem desse dinheiro.
O relator ainda argumentou que a den�ncia traz "ind�cios robustos" de que Cunha cometeu os crimes apontados no inqu�rito. E mais: que os gastos apresentados pelo denunciado, por diversas vezes 'n�o era compat�vel' com os rendimentos do parlamentar.
Cunha j� � r�u perante ao STF por supostamente ter recebido US$ 5 milh�es em propina por contratos de navios-sonda da Petrobras. O peemedebista tamb�m j� foi denunciado em um terceiro processo que o investiga por recebimento de recursos das obras do Porto Maravilha, no Rio. Ainda na Lava Jato, o parlamentar � alvo de dois procedimentos j� abertos e de um pedido de abertura de inqu�rito que aguarda a an�lise do ministro Teori.
Durante sua manifesta��o, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, reafirmou que Cunha � o titular das contas na Su��a. “A conta �rion, documentalmente comprovada na Su��a, � de propriedade do senhor Eduardo Cunha. Dela consta o seu endere�o no Brasil, c�pia de passaporte, visto americano, informa��es pessoais e profissionais, data de nascimento e assinatura."
Desmembramento
Na mesma sess�o, os ministros negaram o agravo regimental feito pela defesa da esposa de Eduardo Cunha, a jornalista Cl�udia Cruz e da filha Danielle que pediam que as den�ncias contra elas deveriam ser julgadas pelo Supremo. A maioria dos magistrados entenderam que isso abriria precedentes para que outros r�us tamb�m fizessem o mesmo pedido. As investiga��es das duas est� sob incumb�ncia do juiz federal S�rgio Moro. A tese da defesa para que as duas fossem julgadas no STF era que a de liga��o com os fatos. O placar final foi de nove votos favor�veis e dois contr�rios. (Com ag�ncias).