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Estado de Minas

Gleisi usa tribuna do Senado para criticar a��o da PF que prendeu Paulo Bernardo


postado em 27/06/2016 16:49

Bras�lia, 27 - A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) usou a tribuna do plen�rio do Senado, nesta segunda-feira, 27, para defender o seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo. A parlamentar criticou novamente a opera��o da Pol�cia Federal (PF), que prendeu preventivamente Bernardo e realizou buscas no seu apartamento funcional em Bras�lia na �ltima quinta-feira, 23. Para Gleisi, a pris�o de Bernardo foi "injusta, ilegal, sem fatos, sem provas e sem processo", com o objetivo de humilhar a sua fam�lia.

"Nem em pesadelos eu teria sido capaz de supor que estaria aqui, nesta tribuna, pra defender meu marido de uma pris�o", declarou. "Mas aqui estou para apontar uma injusti�a, sentindo na pr�pria pele o que aflige diariamente milhares de pessoas atingidas pelo abuso do poder legal e policial. Aqui estou, serena e humilde, mas n�o humilhada", continuou. Gleisi disse que a pris�o foi um "desprop�sito", pois Bernardo n�o apresentava risco de fuga e se colocou � disposi��o da Justi�a diversas vezes para esclarecer os fatos.

A senadora acusou a PF de cometer excessos com o intuito de "espetacularizar" o processo. Segundo ela, a Justi�a atua de maneira seletiva e promove "carnavais midi�ticos contra alguns pol�ticos". "A opera��o montada para a busca e apreens�o em nossa casa e para a pris�o do Paulo foi surreal. At� helic�pteros foram usados, for�a policial armada, muitos carros. Para que isso, chamar aten��o? Demonstra��o de for�a? Humilha��o? Gasto de dinheiro p�blico desnecess�rio, � isso. Foi uma clara tentativa de humilhar um ex-ministro nos governos Lula e Dilma."

Gleisi voltou a afirmar que o patrim�nio da fam�lia foi conquistado de maneira l�cita, e que o marido nunca cometeu irregularidades. Segundo ela, os im�veis que possuem "s�o confort�veis, mas n�o luxuosos". "Conhe�o o Paulo h� muitos anos. Sei de suas virtudes e de seus defeitos. Sei especialmente o que n�o faria. E n�o faria uso de dinheiro alheio para benef�cio pr�prio. N�o admitiria desvios de recursos p�blicos para sua satisfa��o ou da fam�lia. Tenho certeza de que n�o participou ou se beneficiou de um esquema. Ele sabe que eu nunca o perdoaria."

Para a parlamentar, n�o h� provas contra o marido, al�m da cita��o a ele em acordo de dela��o premiada, mas disse que o processo "manchou de modo injusto, definitivo e irrevog�vel" a trajet�ria do casal. Gleisi disse que a "sua luta" a partir de agora ser� restaurar a dignidade do marido. "Al�m de impiedosa e injusta, uma pris�o ilegal, abusiva e desnecess�ria. O processo �, por si, uma condena��o definitiva que vale para sempre. Uma senten�a irrecorr�vel. A absolvi��o, quando vier, n�o ter� jamais a mesma for�a."

No in�cio do seu discurso, Gleisi relembrou sua trajet�ria pol�tica e assumiu que o PT cometeu erros. "L� se v�o 26 anos de vida partid�ria. Muitas emo��es, muitas conquistas e, com certeza, o ponto alto, as elei��es presidenciais de 2002. Mas � claro que com as conquistas tamb�m vieram os erros, os equ�vocos. Muitos dos quais pressionados pelos que desejam a manuten��o do "status quo", ciosos por n�o perderem espa�o e garantias. As composi��es pol�ticas, o pragmatismo cotidiano, as apostas erradas hoje cobram seu pre�o", afirmou.

Em sua declara��o, Gleisi fez agradecimentos � bancada do PT no Senado e ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ela foi assistida por senadores como Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias (PT-RJ), que tamb�m sa�ram em defesa da senadora na tribuna. A sess�o, encerrada logo ap�s o pronunciamento de Gleisi, foi presidida pelo vice-presidente da Casa, Jorge Vianna (PT-AC). Em seguida, Gleisi e os aliados da presidente Dilma Rousseff foram para a Comiss�o do Impeachment, onde acompanham as oitivas da defesa.


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