O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), voltou a defender nesta ter�a-feira a classe pol�tica durante discurso em Lumin�rias, no Sul de Minas. Pimentel disse que � necess�rio “separar o joio do trigo” para n�o correr o risco de cometer injusti�as. O petista se queixou tamb�m da “mar� de acusa��es” que ocorreria “sem nenhum crit�rio, sem nenhuma cautela, nem nenhuma prud�ncia”. Nessa segunda-feira ele j� havia feito a defesa de deputados, vereadores, prefeitos e at� o presidente dizendo que n�o pode haver “criminaliza��o da pol�tica”.
Sem dizer que estava falando das investiga��es que est�o sendo feitas contra ele pela Pol�cia Federal (PF) no �mbito da Opera��o Acr�nimo, Pimentel disse que a op��o � “trabalhar”. “O que n�s buscamos fazer em Minas Gerais � enfrentar essas acusa��es com serenidade e com paci�ncia que isso tudo vai passar, todos n�s vamos saber nos defender de forma adequada e enquanto isso, trabalhar”, afirmou.
Fernando Pimentel reclamou da exposi��o de den�ncias contra os agentes p�blicos na imprensa e que, muitas vezes, a defesa das acusa��es n�o recebe o mesmo tratamento por parte dos ve�culos de comunica��o. “O sujeito � acusado e ele n�o tem como se defender publicamente. A acusa��o � publica e com grande estardalha�o, mas a defesa ele faz no processo e quem v� � s� o juiz. Ent�o leva um ano, dois anos. O sujeito te acusa de ter recebido um dinheiro il�cito e n�o adianta nada voc� dizer: � mentira”, comentou.
Na mesma linha, o petista disse que passado o per�odo do esc�ndalo, muitas vezes resta apenas o estrago na reputa��o. “Ent�o para voc� provar que � mentira voc� vai tem que pedir uma per�cia das suas contas banc�rias, vai abrir seu sigilo fiscal, seu sigilo banc�rio e isso leva seis meses, um ano, dois anos, chama testemunhas. Ent�o no processo voc� se defende, mas quando vai ter um julgamento, da� dois anos, ningu�m lembra mais daquilo. Ficou s� aquele esc�ndalo, aquela mancha”, se queixou.
Ainda em sua fala, o governador de Minas defendeu o setor de minera��o que, segundo ele, � muito importante para a economia do estado. Para Pimentel, desastres como o de Mariana devem ser investigados, por�m, n�o se deve criminalizar a atividade.