Os dois partidos contam com uma bancada de 107 deputados, mas com potencial de chegar a mais de 140 com a participa��o do DEM e PPS. Nesta quinta-feira, 30, integrantes dos tr�s partidos vieram a p�blico "recha�ar" a realiza��o de um acordo para indicar um deputado ligado a Cunha, para um eventual mandato tamp�o. Com um aliado no comando da Casa, Cunha acredita que poder� se livrar da cassa��o. "� uma aberra��o. N�o acho que esse tipo de acordo consiga juntar nem 50 deputados porque h� uma maioria esmagadora pela cassa��o dele. � o tipo de negocia��o que n�o acredito que tenha respaldo dentro do pr�prio Centr�o", afirmou o primeiro vice-l�der do PSDB, deputado Daniel Coelho (PE).
"N�o vi nenhuma lideran�a do DEM, do PSDB, do PPS defender algo nesse sentido. N�o h� essa hip�tese", ressaltou o vice-presidente do DEM, deputado Jos� Carlos Aleluia (DEM-BA).
Racha
Um poss�vel racha dentro do Centr�o na disputa pelo comando da Casa tamb�m tem sido acompanhado de perto pela c�pula do PSDB. Uma reuni�o para afinar a estrat�gia dos partidos da antiga oposi��o deve ocorrer na pr�xima semana, com o objetivo de manter o grupo unido na disputa pelo comando da Casa. A ideia � tamb�m ratificar o distanciamento de Eduardo Cunha, que tamb�m passou a ser visto como um problema pela c�pula do Pal�cio do Planalto.
O aprofundamento do mal-estar com a perman�ncia do deputado no cargo foi externado ontem pelo l�der do governo, deputado Andr� Moura (PSC-CE). Ele defendeu ao Estado que, seja pela via da cassa��o do mandato ou pela ren�ncia, a instabilidade pol�tica na Casa n�o pode mais perdurar. "Tenho certeza que passou da hora de encontrar a solu��o para o problema. Isso est� prejudicando o Pa�s. N�o temos mais alternativa", afirmou Moura. As declara��es do l�der ocorreram apenas quatro dias depois de Cunha se encontrar com o presidente em exerc�cio Michel Temer, no Pal�cio do Jaburu.
No rastro do l�der do governo, o membro da Mesa Diretora da C�mara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), tamb�m refor�ou ontem o discurso de que a perman�ncia de Cunha pode ter reflexos na governabilidade. Primeiro-secret�rio da Casa, Mansur defendeu que o impasse provocado pela situa��o do peemedebista n�o pode continuar atrapalhando o andamento dos trabalhos legislativos, uma vez que a Casa n�o est� funcionando sob o comando do presidente interino Waldir Maranh�o (PP-MA). "� important�ssimo que a gente d� um basta nisso", pregou.
Reviravoltas
Pelas redes sociais, Cunha voltou a dizer que n�o pretende renunciar. Integrantes da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a devem votar o recurso contra o processo de cassa��o aprovado no Conselho de �tica no dia 12. Como a expectativa � de que a cassa��o chegue ao plen�rio s� na v�spera do recesso parlamentar, os deputados s� devem julgar o futuro do peemedebista em agosto. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.