
Ao pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a pris�o de L�cio Bolonha Funaro, na Opera��o Lava-Jato, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, apontou um esquema de divis�o de propinas pagas por empresas em troca de aportes do Fundo de Investimento do FGTS. O principal benefici�rio seria o presidente afastado da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que ficaria com 80% dos recursos envolvidos na pr�tica fraudulenta.
As afirma��es de Janot se baseiam na dela��o premiada do ex-vice-presidente da Caixa F�bio Cleto, antecipadas nesta sexta-feira pelo estad�o.com. Conforme o delator, Cunha cobrava comiss�es sobre o valor dos investimentos feitos pelo fundo. Os porcentuais, vari�veis, giravam em torno de 1%. Do montante supostamente pago pelas empresas, 80% ficariam com o deputado, 12% com Funaro, 4% com Cleto e 4% com Alexandre Margotto, funcion�rio de Funaro.
Funaro � aliado de Cunha e respons�vel por indicar Cleto ao cargo na Caixa. Em troca, o ex-executivo deveria garantir qualquer solicita��o feita pelo parlamentar no FI-FGTS.