O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deixou de ter acesso a uma s�rie de prerrogativas que tinha direito como presidente da C�mara. Ao renunciar ao cargo, o peemedebista ter� que deixar a casa em que mora no prazo de 30 dias, contados da data de leitura do pedido no plen�rio, o que ocorreu nessa quinta-feira. Al�m disso, o parlamentar tamb�m n�o poder� mais voar em jatos da For�a A�rea Brasileira (FAB).
Eduardo Cunha ainda deixar� de ter a sua disposi��o os seguran�as e os dois carros – um dele e outro da seguran�a. Em rela��o � remunera��o ela permanece a mesma, de acordo com a assessoria da Casa, j� que n�o � dado nenhum subs�dio remunerat�rio a mais por ocupar o cargo.
A atitude de Cunha tamb�m tem reflexo nas a��es a que ele responde no Supremo Tribunal Federal (STF). Os processos passam agora para a Segunda Turma da Corte e n�o mais pelo plen�rio. De acordo com o Regimento Interno do STF, o plen�rio � respons�vel pelo julgamento de a��es envolvendo presidentes da C�mara e do Senado. No caso dos demais parlamentares, cabem �s duas turmas, cada uma composta por cinco ministros, a an�lise de quest�es envolvendo deputados e senadores. O peemedebista responde por duas a��es e a terceira acusa��o foi protocolada no m�s passado.
Cunha fez o an�ncio ao ler uma carta encaminhada � Mesa da Casa. Disse que resolveu atender aos apelos generalizados de seus apoiadores e que est� pagando um "alto pre�o" por ter dado in�cio ao processo de impeachment na presidente Dilma Rousseff (PT).
"� p�blico e not�rio que a Casa est� ac�fala, fruto de uma interinidade bizarra, que n�o condiz com o que o pa�s espera de um novo tempo ap�s o afastamento da presidente da Rep�blica. Somente minha ren�ncia poder� por fim a essa instabilidade sem prazo", afirmou.
A escolha do substituto de Cunha tamb�m tem sido tumultuada. Ontem, o presidente interino da C�mara, deputado Waldir Maranh�o (PP-MA), havia anunciado que o pleito seria na quinta-feira da pr�xima semana, por�m, reuni�o do colegiado de l�deres definiu a ter�a-feira como dia para a elei��o. Nesta sexta-feira Maranh�o voltou a definir a quinta-feira como a data. A situa��o causou bate-boca e tumulto hoje mais cedo no gabinete da presid�ncia da Casa.