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Estado de Minas

Deputados promovem ca�a aos votos para presid�ncia da C�mara

Campanha pela presid�ncia da Casa j� come�ou. Elei��o est� marcada para amanh� e at� ontem oito deputados haviam registrado candidatura. Racha na base aliada preocupa Temer


postado em 12/07/2016 06:00 / atualizado em 12/07/2016 07:17

Rogério Rosso anunciou candidatura ontem e já prometeu fidelidade ao presidente em exercício(foto: Alex Ferreira/Câmara dosw Deputados)
Rog�rio Rosso anunciou candidatura ontem e j� prometeu fidelidade ao presidente em exerc�cio (foto: Alex Ferreira/C�mara dosw Deputados)

Bras�lia – A campanha dos candidatos � presid�ncia da C�mara j� come�ou. Nos corredores, santinhos eletr�nicos chegavam aos celulares dos deputados e cabos eleitorais j� se movimentavam. Com a base do presidente em exerc�cio Michel Temer rachada, o l�der do PSD na Casa, Rog�rio Rosso (DF), confirmou ontem de manh� que vai entrar na disputa. Ele conta com a simpatia do Centr�o, bloco de 13 partidos que d�o sustenta��o ao governo interino. Sabe, por�m, que n�o ter� o apoio oficial do Planalto. Ainda assim, promete fidelidade do ao presidente em exerc�cio. “Serei um aliado do presidente Michel Temer”, afirmou. A elei��o que definir� o “presidente-tamp�o” da C�mara foi marcada para as 16h de amanh� depois de muito vaiv�m e bate-boca entre deputados e o presidente interino da Casa, Waldir Maranh�o (PP-MA).

Formalizaram seus nomes ontem Christiane Brasil (PTB-RJ), filha do ex-deputado Roberto Jefferson, delator do mensal�o, que levou uma claque uniformizada para protocolar sua candidatura, Fernando Giacobo (PR-PR), Her�clito Fortes (PSB-PI) e Luiz Erundina (PSOL). Com eles, a lista oficial tem nove candidatos e outros tr�s anunciaram a inten��o de disputar a vaga (veja quadro). A expectativa � de que o n�mero chegue a cerca de 16 nomes. As inscri��es podem ser feitas at� o meio-dia de amanh�.

A data da elei��o, confirmada ontem por Maranh�o, foi fechada em acordo constru�do ao longo de domingo entre l�deres partid�rios e alguns dos candidatos. O presidente interino tinha marcado a sess�o para quinta-feira. Os l�deres partid�rios, por sua vez, tentavam antecipar o pleito para hoje. A data intermedi�riareduz o risco de jogar a decis�o para agosto e permite que a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) discuta hoje o recurso de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra o parecer pela cassa��o de seu mandato aprovado pelo Conselho de �tica.

PREOCUPA��O Em conversa com integrantes da c�pula do PSDB na noite de domingo, Temer demonstrou preocupa��o em haver um racha na base aliada com a elei��o para o presidente da C�mara e reafirmou que n�o vai interferir diretamente na disputa. No cen�rio atual, com a maioria dos candidatos de partidos aliados ao governo, o Pal�cio do Planalto trabalha para sair ileso j� tendo em vista que n�o conseguir� unificar sua base em torno a um �nico nome.

Rog�rio Rosso afirmou ontem que n�o acredita que o lan�amento de v�rios candidatos da base aliada de Michel Temer represente um racha. “O racha depende muito da atitude de cada candidato”, afirmou. L�deres do Centr�o j� se movimentavam ontem para  anular a possibilidade do lan�amento de candidatos de v�rias legendas que integram o bloco e garantir apoio a Rosso. Falando como favorito do Planalto, o l�der do PSD defendeu que a Casa precisa retomar o ritmo de trabalho e tocar pautas propostas por Temer. “A governabilidade precisa ser garantida. O governo Temer tem colocado sementes importantes que precisam ser trabalhadas”, disse.

Ele negou que seja o candidato favorito de Cunha. “O deputado Eduardo Cunha n�o vota. N�o fiz parte da alian�a que o levou � presid�ncia. Conheci Cunha nesta legislatura. Como l�der, tinha como atribui��o ter rela��o no m�nimo respeitosa com o presidente da institui��o. N�o se pode confundir isso com nenhum tipo de apoiamento hist�rico”, disse. Durante o jantar, no Pal�cio do Jaburu, por�m, Temer ouviu do presidente do PSDB, senador A�cio Neves (MG), e do l�der do partido na C�mara, Ant�nio Imbassahy (BA), que h� dificuldade entre a bancada em apoiar a candidatura de Rosso porque ele teria se transformado, na avalia��o do PSDB, no “candidato do Eduardo Cunha”.

Rosso defendeu um “pacto de eleg�ncia” para evitar ataques diretos entre os advers�rios na disputa. “Eu pretendo propor a um por um, depois que forem oficializadas as candidaturas, um pacto de eleg�ncia em prol da Casa. N�o se pode fazer um embate de baixo n�vel.” Apesar do discurso, o deputado criticou partidos que est�o fazendo alian�as “incoerentes”. Ele n�o citou um exemplo, mas fez refer�ncia ao PT, que articula apoiar candidato de um hist�rico partido opositor – Rodrigo Maia (RJ), do Democratas. “S�o alian�as com dif�cil explica��o pol�tica. Eu n�o topo vale-tudo”, disse.

O movimento do Centr�o em torno de Rosso, al�m de tentar evitar o racha, � uma rea��o ao crescimento da candidatura de Rodrigo Maia, que se viabilizou ao conseguir apoio de parte do PT e outros partidos de esquerda, al�m de ter interlocu��o com quadros do centr�o e apoios nas legendas da velha oposi��o – DEM, PSDB e PPS. A avalia��o dos parlamentares � de que os dois s�o os mais fortes para a disputa de um eventual segundo turno. A proximidade do PT com Maia, no entanto, tem provocado protestos dos militantes, que come�aram a pressionar os deputados e, ao que tudo indica, o partido ter� de recuar nessa articula��o.

BRIGA NO PMDB O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) informou que seu partido far� reuni�o na manh� de hoje para decidir se ter� candidato �nico. Ele j� adiantou que vai se apresentar como nome de consenso. A briga promete, uma vez que, tamb�m do PMDB, F�bio Ramalho (MG) garante ter o apoio do governo.

A bancada do PSDB tamb�m deve se reunir hoje para definir qual candidato vai apoiar, j� que n�o vai lan�ar candidatura para o mandato-tamp�o. J� o primeiro-secret�rio da C�mara, Beto Mansur (PRB-SP), reiterou sua candidatura, apesar de n�o t�-la formalizada. Disse n�o ter motivo para desistir devido � entrada de Rosso e que os entendimentos entre deputados da base deveriam ocorrer s� no segundo turno. “Eu pondero que apresentemos as propostas no primeiro turno. N�o vai quebrar a base. Sobre quem for ao segundo turno, ter� meu apoio quem apoiar o Michel Temer”, disse Mansur. (Com ag�ncias)

J� confirmados na disputa

» Fausto Pinato (PP-SP): 39 anos, advogado. Est� em seu primeiro mandato.

» Carlos Gaguim (PTN-TO): 55 anos, administrador. Tamb�m est� no primeiro mandato. Foi vereador e deputado estadual no Tocantins. Governou o estado ap�s a cassa��o do ent�o governador Marcelo Miranda e do vice Paulo Sidnei pelo TSE, em 2009.

» Carlos Manato (SD-ES): 58 anos, m�dico. Est� no quarto mandato na C�mara. � o atual corregedor da Casa e j� ocupou cargos de suplente na Mesa Diretora.

» Marcelo Castro (PMDB-PI): 66 anos, m�dico. Est� no quinto mandato. Foi ministro da Sa�de do governo da presidente afastada, Dilma Rousseff.

» F�bio Ramalho (PMDB-MG): 54 anos, empres�rio. Est� no terceiro mandato. Foi prefeito do munic�pio de Malacacheta (MG) entre 1997 e 2004.

» Her�clito Fortes (PSB-PI): 65 anos, funcion�rio p�blico. Est� no quinto mandato. Ex-integrante do DEM, foi um dos principais opositores do governo Lula no Senado. J� comandou a Prefeitura de Teresina.

» Fernando Giacobo (PR-PR): 46 anos, empres�rio. Segundo vice-presidente da C�mara, est� no quarto mandato.

» Cristiane Brasil (PTB-RJ): 43 anos, advogada. Filha do delator do mensal�o Roberto Jefferson, est� no primeiro mandato.

» Luiza Erundina (PSOL-SP): 81 anos, assistente social. Primeira mulher prefeita da cidade de S�o Paulo, est� no quinto mandato na C�mara.


Candidaturas n�o oficializadas

» Rog�rio Rosso (PSD-DF): 47 anos, advogado e m�sico. Est� no segundo mandato. Presidiu a comiss�o do impeachment da presidente Dilma Rousseff na C�mara

» Rodrigo Maia (DEM-RJ): 46 anos, banc�rio. Est� no quinto mandato.

» Beto Mansur (PRB-SP):  65 anos, radialista, empres�rio e engenheiro eletr�nico. Primeiro-secret�rio da C�mara, est� no quinto mandato. Foi prefeito de Santos (SP).

 

Como ser� a elei��o

» Ser�o admitidas, at� o meio-dia de amanh�, candidaturas de qualquer bancada e tamb�m candidaturas individuais.
» A ordem dos nomes dos candidatos na urna eletr�nica ser� sorteada �s 13h de amanh�.
» Cada candidato ter� 10 minutos para apresentar as suas propostas.
» Se nenhum deputado obtiver a maioria absoluta dos votos da C�mara (257) no primeiro turno, o segundo turno entre os dois mais bem votados acontecer� uma hora depois do encerramento da primeira vota��o, e cada candidato ter� novamente 10 minutos para falar. Nesse caso, basta maioria simples dos votos para ganhar a elei��o.
» Em caso de empate, ser� eleito o candidato mais idoso entre os de maior n�mero de legislaturas na Casa.
» O parlamentar eleito cumprir�, at� fevereiro de 2017, um mandato-tamp�o, na vaga aberta com a ren�ncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

 

 



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