No mesmo momento em que o peemedebista tentava convencer integrantes da Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ) de votar contra a sua cassa��o, alguns l�deres do Centr�o faziam uma reuni�o de emerg�ncia em uma das salas da quarta secretaria. Convocado �s pressas, o encontro buscava uma nova estrat�gia para tentar evitar um poss�vel rev�s na candidatura do l�der do PSD, Rog�rio Rosso (DF), na disputa pelo comando da C�mara.
Com apoio do Pal�cio do Planalto, Rosso era considerado favorito at� a v�spera da disputa. O clima de tens�o dentro do grupo se estabeleceu, contudo, ap�s o lan�amento oficial pelo PMDB do deputado Marcelo Castro no p�reo. Com l�pis e papel na m�o, alguns integrantes do Centr�o apontavam, at� o final da tarde de ontem, para uma poss�vel derrota de Rosso.
De acordo com um dois l�deres do Centr�o ouvidos pelo Estado, Rosso tinha naquele momento cerca de 140 votos contra 150 de Castro. Na v�spera, o candidato do PSD liderava as proje��es.
Um dos motivos apontados para Rosso n�o estar � frente foi a falta de um "comandante" que pudesse segurar o n�mero de candidaturas registradas por integrantes do grupo. "Acabou o Centr�o. Temos hoje oito candidatos. Que sinal vamos dar para o plen�rio?", desabafou um deles.
A divis�o deve fortalecer o ex-ministro da Sa�de Marcelo Castro, que n�o conta com apoio do Pal�cio do Planalto, mas deve angariar votos do PT, PC do B e PDT, em raz�o de ter sido contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
Tamb�m n�o est� descartado o apoio ao peemedebista de integrantes da antiga oposi��o (PSDB, DEM e PPS), que veem numa derrota do Centr�o uma possibilidade de se viabilizarem na disputa de 2017, quando estar� em jogo um mandato de dois anos � frente da C�mara.
O PSDB, por exemplo, tem costurado apoio agora para receber respaldo a um eventual candidato no pr�ximo ano.
S�rie de vit�rias
Caso seja derrotado nesta quarta-feira, 13, o Centr�o dever� colocar fim a um hist�rico de vit�rias dentro da Casa. O grupo foi formulado por Eduardo Cunha na disputa pela presid�ncia da C�mara, realizada em fevereiro de 2015.
Na ocasi�o, Cunha venceu com quase o dobro de votos o candidato do governo Dilma, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
� �poca, o placar foi de 267 votos para Cunha, 136 para Chinaglia e 100 para Julio Delgado, o terceiro colocado.
O potencial do grupo, capitaneado pelo deputado fluminense, foi posto � prova novamente durante a vota��o do processo de impeachment, ocorrido em abril deste ano. Com a ajuda dos principais l�deres do Centr�o, Eduardo Cunha conduziu a sess�o que aprovou o afastamento da petista da Presid�ncia.