Munic�pios afirmam que, sem socorro, muitos prefeitos ficar�o com ficha suja

Em uma reuni�o com o presidente em exerc�cio, Michel Temer, e com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, representantes da Confedera��o Nacional dos Munic�pios (CNM) pediram ajuda para as contas municipais. Segundo o vice-presidente da Confedera��o, Glademir Aroldi, caso a Uni�o n�o socorra os munic�pios, muitos prefeitos terminar�o o ano com a ficha suja. "Se algu�m virar ficha suja, o culpado � a Uni�o. N�o d� para ficar dando golpe nos munic�pios como foi dado o ano passado (em refer�ncia � redu��o dos repasses do Fundo de Participa��o dos Munic�pios)", disse ap�s a reuni�o.

O representante dos prefeitos disse que este ano o governo repassar� menos recursos do que deveria aos munic�pios. De acordo com ele, a Uni�o pagar� apenas R$ 2,7 bilh�es ante os R$ 3,4 bilh�es devidos �s prefeituras. "N�o estamos pedindo benef�cio e sim buscando o que � de direito para atender melhor os servi�os b�sicos. � claro que essa diferen�a n�o resolve nosso problema, mas � um direito nosso", destacou.

Na avalia��o de Aroldi, a Uni�o s� olha o que os munic�pios devem e n�o os cr�ditos que t�m. Outro pleito das prefeituras � sobre o reajuste dos programas criados pela Uni�o. Entre os exemplos que os prefeitos deram, est� o programa de estrat�gia da sa�de que, segundo eles, custa R$ 50 mil �s prefeituras e que a Uni�o repassa apenas R$ 10 mil. "O programa da estrat�gia da sa�de est� h� 10 anos sem corre��o e investimos mais de R$ 50 mil, enquanto o governo s� passa R$ 10 mil", reclamou.

Os prefeitos questionaram ainda que o aumento do piso do sal�rios do professores � pago apenas pelas prefeituras, sem aux�lio da Uni�o. "Ningu�m � contra remunera��o de professor, n�o estamos contra, mas tem que entender que n�o d� para dar aumento do piso de 11,3%. A Uni�o que criou o piso, tem que participar do pagamento tamb�m", avaliou.

A Uni�o conta com os recursos da repatria��o de recursos de brasileiros no exterior para ajudar as contas municipais, mas a ideia n�o tem agradado os prefeitos. "A repatria��o � outra grande injusti�a. A multa n�o ser� passada para os Estados e munic�pios, como prop�s inicialmente o Congresso e foi vetado, s� o imposto", disse. Ap�s o veto, os parlamentares analisaram novamente a quest�o e concordaram com a presidente afastada Dilma Rousseff. Durante o encontro, Temer evitou fazer promessas e disse apenas que ir� discutir a quest�o numa mesa federativa.