Cassa��o de Cunha s� ap�s conven��es dos partidos

Bras�lia – Um dia depois de dizer que acredita que o futuro do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) j� est� definido pela cassa��o, o novo presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o processo poder� ir a plen�rio s� a partir da segunda semana de agosto. Maia explicou que a vota��o na primeira semana de agosto poder� ser dif�cil por causa das conven��es eleitorais das disputas municipais, mas que ir� acertar com os l�deres a melhor data para aprecia��o do processo no plen�rio da Casa. “Na primeira semana de agosto, eu acho dif�cil, mas a partir da segunda � poss�vel. S� n�o quero marcar data porque, se n�o tiver qu�rum, v�o ficar me cobrando que adiei a vota��o. Vamos ter uma no��o, na primeira semana, de qual � o qu�rum, para dar uma data objetiva desse assunto”, disse.

Para que Eduardo Cunha perca o mandato � necess�rio que 257 deputados votem a favor do relat�rio aprovado no Conselho de �tica que pede a sua cassa��o. O peemedebista � acusado de quebrar o decoro parlamentar por ter dito � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras, no ano pasado, que n�o tem contas banc�rias no exterior. Cunha foi denunciado posteriormente pela Procuradoria-Geral da Rep�blica por usar suas contas na Su��a para depositar dinheiro obtido de propina em contratos da Petrobras.

Rodrigo Maia se reuniu nessa ter�a-feira (20) com o l�der do governo, Andr� Moura (PSC-SE), e o l�der do PSD, Rog�rio Rosso (DF). Rosso perdeu a disputa para Maia na semana passada. O novo presidente afirmou que em agosto pretende garantir que a Casa tenha vota��es nos tr�s dias da semana e, em setembro, dois dias. A prioridade na primeira semana ser� aprovar o projeto que trata das d�vidas dos estados. “O que a gente quer � garantir a produtividade. Queremos votar tr�s dias, pode ser segunda, ter�a e quarta ou ter�a, quarta e quinta. Ter em agosto uma pauta normal, de vota��o em tr�s dias. Em setembro faremos vota��es em dois dias”.

Segundo Maia, a expectativa tamb�m � de que na primeira quinta-feira de agosto seja discutido o projeto que retira a obrigatoriedade de atua��o da Petrobras como operadora �nica de todos os blocos contratados pelo regime de partilha de produ��o em �reas do pr�-sal. Ele voltou a ressaltar tamb�m que caso a equipe econ�mica do governo envie, no segundo semestre, ao Congresso, proposta prevendo aumento de impostos, ele n�o dever� coloc�-la para vota��o. “As fam�lias e as empresas est�o muito endividadas. Acho que as pessoas j� est�o dando a sua contribui��o no pagamento de impostos. As pessoas n�o t�m mais condi��o de faz�-lo neste momento”, afirmou Maia.