
O publicit�rio Jo�o Santana e sua mulher e s�cia, M�nica Moura, alegaram nesta quinta-feira que US$ 4,5 milh�es recebidos em uma conta na Su��a tiveram como origem caixa 2 da campanha de Dilma em 2010. O casal foi interrogado em Curitiba pelo juiz S�rgio Moro, respons�vel pelos processos da Opera��o Lava Jato na primeira inst�ncia.
Dilma afirmou ainda que continua lutando para retornar ao poder e ressaltou que o processo de impeachment s� ser� finalizado com a vota��o no Senado, prevista para o fim de agosto. "Na abertura do processo, 22 senadores votaram contra o impeachment. Portanto, s� faltam seis ou sete senadores para garantir que o impeachment n�o passa. E eu tenho conversado bastante com os senadores", comentou.
Ontem, em entrevista � r�dio Pampa, Dilma havia dito que h� grande chance de reverter o impeachment, porque os senadores "t�m um n�vel de responsabilidade muito forte".
Nesse sentido, a presidente afastada negou que j� esteja fazendo sua mudan�a do Pal�cio do Alvorada para Porto Alegre, onde vive sua fam�lia. "O que eu tenho est� no Pal�cio da Alvorada, pouca coisa est� em Porto Alegre. Espero levar as minhas coisas para l� em janeiro de 2019, e assim como o Lula, eu vou ter alguns tantos cont�ineres", afirmou.
Dilma negou a possibilidade de manter a atual equipe econ�mica caso volte � Presid�ncia, mas elogiou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. "N�o vejo nenhum defeito na pessoa do Henrique Meirelles, ele � capaz e competente", disse.
Ela tamb�m comentou sobre a sa�da de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presid�ncia da C�mara. "A C�mara sofreu uma melhoria. Querendo ou n�o, n�o � mais o nosso infeliz Eduardo Cunha". Dilma disse que, mesmo n�o tendo nenhuma especial aproxima��o com o DEM, espera que o novo presidente da Casa, Rodrigo Maia, "tenha uma atua��o absolutamente republicana".
Dilma ainda rebateu a afirma��o de Lula, feita durante visita do ex-presidente a Pernambuco, de que ela errou a propor medidas de ajuste fiscal, que fizeram o governo perder o apoio de classes trabalhadoras.
"Ningu�m se conformou de Dilma ter dito durante a campanha que n�o ia mexer no bolso do trabalhador e depois ela ter colocado em pr�tica um programa que era do advers�rio. Ela j� tinha feito reuni�es com os sindicatos, mas foi anunciado um pacote que jogou os sindicalistas contra ela", comentou Lula na ocasi�o.
A presidente afastada contra-argumentou. "N�o acredito que mexi no bolso do trabalhador. O que n�s corrigimos no seguro-desemprego e nas pens�es, e principalmente no seguro-defeso, foram coisas que estavam incorretas, pagando pessoas que n�o eram pescadores, por erro de cadastro. Eu mexi em distor��es da lei", afirmou.
Em rela��o ao recente aumento concedido aos servidores p�blicos, Dilma disse que n�o tem nada contra o reajuste, mas que acha o momento complicado para esse tipo de medida. "Os servidores s�o merecedores, mas n�o acho que, diante da situa��o dif�cil do Pa�s, se devesse dar aumento para aqueles que ganham mais. Seria melhor manter a faixa 1 do Minha Casa Minha Vida", avaliou.
Na entrevista de ontem � r�dio Pampa, Dilma disse que ficou indignada com a suposta distor��o promovida em pesquisa do instituto Datafolha. "De repente consideraram que n�o era relevante saber o que a popula��o brasileira queria em rela��o a elei��es. Fico indignada diante dessa distor��o. Como que n�o � importante saber o que a popula��o acha?", questionou.
O centro do imbr�glio � uma pergunta sobre a perman�ncia de Michel Temer ou a volta de Dilma. "Na sua opini�o, o que seria melhor para o Pa�s: que Dilma voltasse � Presid�ncia ou que Michel Temer continuasse no mandato at� 2018?" foi a quest�o feita aos entrevistados. Para 50%, Temer deve ficar, enquanto 32% responderam que Dilma deve reassumir e 3% disseram que preferiam nova elei��o, mesmo que essa alternativa n�o tenha sido apresentada na quest�o.
Em outra pergunta, quando questionados explicitamente sobre a possibilidade de um novo pleito, 62% se disseram favor�veis. Essa quest�o, no entanto, n�o foi divulgada na mat�ria publicada inicialmente pela Folha de S.Paulo.