(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

A. Gutierrez criou 'verdadeira contabilidade' para distribuir propina, diz MPF


postado em 28/07/2016 09:49 / atualizado em 28/07/2016 09:56

S�o Paulo - A den�ncia da Opera��o Pripyat, que acusa formalmente ex-dirigentes da Eletronuclear por crimes como corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa, aponta que "para distribui��o da propina, foi criada uma verdadeira contabilidade pela construtora Andrade Gutierrez, entre 2008 e 2014, com sistem�tico pagamento de vantagens aos envolvidos na organiza��o criminosa".

O Minist�rio P�blico Federal no Rio apresentou nesta quarta-feira, 28, a primeira den�ncia da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato no Estado contra 15 pessoas suspeitas de envolvimento em esquema de fraudes em licita��es, corrup��o e lavagem de dinheiro em contratos entre Eletronuclear e as empresas Andrade Gutierrez e Engevix para as obras da Usina de Angra 3.

Dentre os acusados, est�o os ex-dirigentes da Eletronuclear Luiz Ant�nio de Amorim Soares, Luiz Manuel Amaral Messias, Jos� Eduardo Brayner Costa Mattos, Edno Negrini e P�rsio Jos� Gomes Jordani, al�m de ex-executivos da Andrade Gutierrez e Engevix. Os valores destinados ao n�cleo pol�tico � investigado no Supremo Tribunal Federal.

O Minist�rio P�blico Federal aponta que parte dos valores il�citos da Andrade Gutierrez sobre obras de Angra 3 foram pagas a cinco ex-dirigentes do alto escal�o da Eletronuclear, subsidi�ria da Eletrobras. A investiga��o mostra que dividiram 1,2% do valor total da obra (R$ 1,2 bilh�o) o ex-diretor t�cnico Luiz Soares (0,3%), o ex-diretor de Administra��o e Finan�as Edno Negrini (0,3%), o ex-diretor de Planejamento, Gest�o e Meio Ambiente Persio Jordani (0,2%), o ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Messias (0,2%) e o ex-superintendente de Constru��o Jos� Eduardo Costa Mattos (0,2%).

Segundo os investigadores, Luiz Soares e Edno Negrini receberam at� R$ 3,6 milh�es e Luiz Messias, Jos� Eduardo Costa Mattos e Persio Jordani embolsaram at� R$ 2,4 milh�es em propinas da construtora. Os valores teriam sido recebidos por meio de empresas intermedi�rias.

Para os procuradores da Rep�blica Lauro Coelho Junior, Leonardo Cardoso de Freitas, Eduardo Ribeiro Gomes El Hage, e o procurador regional da Rep�blica Jos� Augusto Sim�es Vagos, que assinam a pe�a, a "den�ncia apresenta o resultado da parcela mais significativa da investiga��o levada a cabo pelo Minist�rio P�blico Federal, cujo desfecho foi consumado na denominada Opera��o Pripyat, desdobramento da 16ª Fase da Opera��o Lava Jato (Radioatividade)".

Segundo o Minist�rio P�blico Federal, o objetivo era aprofundar a investiga��o de organiza��o criminosa respons�vel pela pr�tica de corrup��o, fraude a licita��es e lavagem de dinheiro na constru��o da Usina de Angra 3 pela Eletronuclear.

A partir de ent�o, "descortinou-se a atua��o de outros funcion�rios p�blicos, al�m do pr�prio ex-presidente da estatal Othon Luiz Pinheiro da Silva, e evidenciou-se a atua��o de outros respons�veis por empresas interpostas utilizadas para viabilizar a lavagem dos ativos ilicitamente transferidos", apontam os procuradores.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)