
A delegada Andr�a Pinho Albuquerque atesta que os tr�s eram “os principais integrantes” do esquema de arrecada��o de recursos de lavagem de dinheiro. Como tem foro privilegiado, Bezerra responde a inqu�rito sobre fatos semelhantes no Supremo Tribunal Federal (STF). O indiciamento foi conclu�do em 15 de julho e encaminhado � 4ª Vara Federal do Recife.
A Opera��o Turbul�ncia, deflagrada em 21 de junho, contou com informa��es compartilhadas pela Lava-Jato e s� investigou pessoas sem foro privilegiado. Andrea Pinho narra a exist�ncia de “diversas pessoas, que, de forma est�vel, permanente e ordenada, utilizavam as contas banc�rias de empresas de fachada ou fantasmas ou de ‘laranjas’ para recebimento de valores de origem esp�ria ou duvidosa” que, depois, eram entregues “aos seus reais destinat�rios, seja por meio de saque em esp�cie, seja por meio de transfer�ncias banc�rias”.
O inqu�rito policial aponta que “restou clara a atua��o do investigado Jo�o Carlos Lyra na condi��o de operador financeiro de numer�rios recebidos clandestinamente para abastecer ou pagar d�vidas decorrentes da campanha eleitoral do falecido ex-governador Eduardo Campos”. O Inqu�rito 4005 do STF diz que sobrepre�os em contratos na refinaria da Petrobras Abreu e Lima praticados pela empreiteira Camargo Corr�a eram “destinados provavelmente ao pagamento de d�vidas de campanha do ent�o governador Eduardo Campos � reelei��o”, em 2010. Lyra foi reconhecido por ex-funcion�rios da construtora como “a pessoa encarregada de entregar a propina devida por aquela empreiteira ao ex-governador Eduardo Campos e ao senador Fernando Coelho”. No STF, apura-se a “poss�vel interfer�ncia” do senador perante “operadores do esquema de pagamento de propinas a partidos pol�ticos decorrentes de contratos com a Petrobras, visando a obten��o da ajuda il�cita � campanha de seu ent�o correligion�rio”.
Bens confiscados
Os investigados negam as acusa��es. Os advogados de Lyra n�o quiseram comentar o indiciamento. Mas, em habeas corpus, Maur�cio Leite e Nabor Bulh�es afirmaram que n�o h� motivos para manter o empres�rio preso e que ele n�o oferece risco �s apura��es. Ele, Freire e Santana devem tentar um recurso ao STJ.
A assessoria de Bezerra destacou, ontem � noite, que ele “n�o � investigado na Opera��o Turbul�ncia e ratifica o que afirmou no m�s de junho: que n�o foi coordenador de nenhuma campanha de Eduardo Campos”. Naquele m�s, o senador disse ainda que a apura��o em Recife contraria “frontalmente” depoimentos no inqu�rito a que responde no STF. A advogada de Eduardo Freire, Ludmila Groch, disse que seu cliente nega os crimes, mas que n�o comentaria o caso. O defensor de Apolo, Ademar Rigueira, n�o foi localizado, assim como os demais indiciados.