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Estado de Minas

Documentos ligam Lula � trama para obstruir Lava Jato, diz Procuradoria


postado em 29/07/2016 20:31

Bras�lia e S�o Paulo, 29 - Na den�ncia oferecida � Justi�a, o Minist�rio P�blico Federal (MPF) relaciona documentos que comprovam reuni�es e in�meros telefonemas entre o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e outros acusados de atuar para obstruir a Opera��o Lava Jato. Esses contatos ocorreram no mesmo per�odo em que, segundo os investigadores, o grupo operacionalizava pagamentos de R$ 250 mil para comprar o sil�ncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver�, que amea�ava delatar esquema de corrup��o na Petrobras.

Na acusa��o, feita inicialmente pelo Procurador-Geral da Rep�blica e reiterada pelo MPF do Distrito Federal ap�s o caso ser remetido � Justi�a Federal do DF com a perda de foro privilegiado de Delc�dio, Rodrigo Janot afirma que Lula admitiu, quando foi ouvido durante a investiga��o, que chegou a tratar de "aspectos da Opera��o Lava Jato" em um dos encontros que manteve com Delc�dio, mas negou ter participado ou mesmo saber de um esquema para comprar o sil�ncio de Cerver�.

A den�ncia se baseia nas colabora��es do senador cassado Delc�dio Amaral (ex-PT, agora sem partido), do assessor de Delc�dio, Diogo Ferreira, e tamb�m em documentos e relat�rios da Pol�cia Federal que comprovaram os encontros dos envolvidos e os saques de dinheiro da fam�lia Bumlai em cinco pagamentos de R$ 50 mil.

Em depoimentos � Lava Jato, Delc�dio afirmou ter tratado com Lula de estrat�gias para bancar despesas de Cerver� e sua fam�lia, como forma de evitar que ele contasse o que sabe sobre esquemas de corrup��o na Petrobras que envolviam ele pr�prio, o pecuarista Jos� Carlos Bumlai e o filho dele, Maur�cio Bumlai. Essas conversas teriam ocorrido em in�meras reuni�es entre o ent�o congressista, que era l�der do governo petista, e o ex-presidente.

De acordo com o aditamento da den�ncia, feito pela Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR), Lula tinha consci�ncia de que uma eventual dela��o de Cerver� poderia relacionar seu nome a esquema para que o PT obtivesse R$ 12 milh�es, a partir de um empr�stimo fict�cio feito por Bumlai no Banco Schahin.

Conforme a Lava Jato, como forma de quitar d�vida de Bumlai, o Grupo Schahin foi contratado, de forma fraudulenta, para operar um navio sonda da Petrobras. "Nesse panorama, tem-se que Luiz In�cio Lula da Silva, Maur�cio Bumlai e Jos� Carlos Bumlai tinham plena consci�ncia de que a colabora��o premiada de Nestor Cerver� poderia envolv�-los, n�o apenas no tocante � concess�o do empr�stimo, mas tamb�m e especialmente em rela��o � contrata��o irregular da Schahin para operar a sonda Vit�ria, considerando que Nestor Cerver� era o Diretor da �rea Internacional na �poca dos fatos e tinha total conhecimento das ilicitudes", escreveu Janot.

Um documento apreendido no Instituto Lula demonstrou que em 8 de abril de 2015 Delc�dio se encontrou com Lula na sede da entidade, em S�o Paulo. Nesse dia, conforme a dela��o do ex-congressista, o ex-presidente o exortou a "comprar o sil�ncio" de Cerver�. Dados do Senado mostraram que Delc�dio voou a S�o Paulo na mesma data.

A quebra do sigilo de e-mails de funcion�rios do instituto revelou que Delc�dio se reuniu com o ex-presidente tamb�m em 16 e 30 de abril; 19 de junho; e 31 de agosto de 2015.

Conforme a PGR, foi "precisamente no curso das tratativas da compra do sil�ncio de Cerver� e durante o per�odo em que os pagamentos foram efetuados por Delc�dio, Jos� Carlos Bumlai e Maur�cio Bumlai".

Os investigadores sustentam que, entre as datas da primeira reuni�o com Delc�dio e do primeiro pagamento a Cerver�, houve ainda diversas conversas por telefone entre Lula e Bumlai.

O primeiro pagamento, de R$ 50 mil, foi feito por Delc�dio em 22 de maio de 2015, ap�s receber o valor de Maur�cio Bumlai. A investiga��o mostrou que o valor foi sacado da conta de Maur�cio. No dia seguinte, Lula e Bumlai se falaram por duas vezes por telefone.

J� no per�odo em que Delc�dio buscava suporte financeiro para a fam�lia de Cerver�, a PGR verificou outros contatos entre o ex-presidente e Bumlai. Houve quatro telefonemas somente em 7 de abril de 2015, conforme a PGR.

"H�, portanto, diversos elementos que apontam, com seguran�a, para o envolvimento de Maur�cio Bumlai, Jos� Carlos Bumlai e Luiz In�cio Lula da Silva na investida com o prop�sito de comprar o sil�ncio de Nestor Cerver�", sustenta Janot.


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