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Estado de Minas

Pa�ses que participam da Olimp�ada do Rio enfrentam turbul�ncias internas

Assim como o Brasil, delega��es deixam para tr�s um cen�rio de tens�es econ�micas, esc�ndalos e amea�a terrorista


postado em 31/07/2016 06:00 / atualizado em 31/07/2016 07:48


A menos de uma semana do in�cio da Olimp�ada Rio'2016, o clima de festa e rivalidade t�pico dos Jogos divide a aten��o dos brasileiros em um contexto de crise econ�mica, com alta do desemprego e da infla��o, e dos desdobramentos do afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT) e eventual posse do ent�o vice Michel Temer (PT). Os dois protagonizam uma partida pol�tica para se manter no poder. Mas n�o � s� o Brasil que vive momentos turbulentos, seja na pol�tica ou na economia. Delega��es de peso que desembarcam na capital fluminense tamb�m deixam um cen�rio em que os Jogos acabam ficando para escanteio.

A R�ssia est� em meio a um esc�ndalo envolvendo o governo sobre esquema de doping dos atletas daquela considerada pot�ncia do esporte. A Fran�a enfrenta o medo e a amea�a do terrorismo, que abala tamb�m o presidente Fran�ois Hollande. O Reino Unido disputa a �ltima Olimp�ada como membro da Uni�o Europeia. A delega��o turca chega ao Rio deixando para tr�s um pa�s em frangalhos, abalado por atentados, golpe militar e uma pol�tica de repress�o de seu presidente, Recep Tayyip Erdogan. A crise econ�mica tamb�m bate � porta de na��es como Gr�cia, Venezuela e Cuba.

Frente a conflitos em diversos pa�ses, pela primeira vez na hist�ria das Olimp�adas os Jogos do Rio'2016 contar�o com uma equipe de atletas refugiados. A equipe ser� composta por dois nadadores s�rios, dois judocas da Rep�blica Democr�tica do Congo e seis corredores – um da Eti�pia e cinco do Sud�o do Sul. Todos eles deixaram seus pa�ses por causa de guerras civis e persegui��o, encontrando abrigo na Alemanha, Brasil, B�lgica, Luxemburgo e Qu�nia.

Impeachment

Na semana passada, a presidente afastada Dilma Rousseff, que trabalha para alcan�ar os 28 votos contr�rios ao impeachment no Senado necess�rios para o seu retorno, usou at� uma compara��o esportiva para falar desse momento. Questionada sobre o que pretende fazer caso seja derrotada, Dilma disse que n�o trabalha com a hip�tese de “se”. “N�o tem se. � igual partida de futebol, joga-se at� o fim para sair vitoriosa”, disse a petista, que j� disse que n�o vai participar da abertura dos Jogos Ol�mpicos.

Do outro lado, o presidente em exerc�cio Michel Temer movimenta-se nos bastidores para angariar votos de senadores indecisos em rela��o ao impeachment. Nos bastidores, aliados de Dilma t�m 18 votos confirmados e tentam frear os acordos de Temer, que tem distribu�do cargos e participado de encontros com parlamentares com voto ainda indefinido.

 

 

R�SSIA
Considerada uma das maiores pot�ncias do esporte mundial, a R�ssia enfrenta esc�ndalo que envolve o governo e reduzir� massivamente sua participa��o na Olimp�ada. A Ag�ncia Mundial Antidoping (Wada, na sigla em ingl�s) revelou esquema estatal de doping usado por atletas russos. O relat�rio aponta que o Minist�rio do Esporte estava � frente das irregularidades. Logo depois, o vice-ministro dos Esportes, Yury Nagornykh, foi suspenso do cargo. Inicialmente, o Comit� Ol�mpico Internacional (COI) baniu a R�ssia dos Jogos, mas depois repassou a responsabilidade para cada federa��o esportiva. Atletismo, respons�vel por 17 medalhas em Londres'2012, n�o poder� competir.

FRAN�A
Alvo preferencial de atentados terroristas em sequ�ncia desde 2015, quando integrantes do Estado Isl�mico (EI) dizimaram a reda��o do jornal Charlie Hebdo, a Fran�a vive em estado de alerta e tens�o depois de quatro epis�dios, o �ltimo deles o assassinato de um padre na Normandia, na ter�a-feira. Os ataques t�m posto o governo em descr�dito. Pesquisa feita logo depois do atentado de Nice, que matou mais de 80 pessoas, mostra que 67% da popula��o n�o confia no governo para combater o terrorismo. A oposi��o pressiona cada vez mais o presidente Fran�ois Hollande, tamb�m questionado por sua reforma na legisla��o trabalhista. Nos Jogos Ol�mpicos, o pa�s se destaca no ciclismo e esgrima.



ESTADOS UNIDOS

Primeiro lugar na classifica��o de pa�ses nos Jogos de Londres'2012, o pa�s vive um dos seus mais conturbados per�odos eleitorais, recheado de pol�micas, sobretudo em torno do candidato republicano, o milion�rio Donald Trump J�nior. Pesquisa recente mostrou que Trump tem 44% das inten��es de voto, contra 39% da democrata Hillary Clinton. O republicano tem arrebanhado eleitorado mais conservador a partir de propostas como a amplia��o do poder militar americano e a moderniza��o do arsenal nuclear do pa�s. Tamb�m chamou imigrantes mexicanos de “criminosos, traficantes e estupradores”, al�m de sugerir a proibi��o da entrada de mu�ulmanos nos EUA e tecer declara��es machistas em torno de suas oponentes. O pa�s tamb�m vive tens�o racial, com o assassinato de negros.

REINO UNIDO
H� pouco mais de um m�s, referendo no Reino Unido decidiu pela sa�da da na��o, formada por Inglaterra, Esc�cia, Irlanda do Norte e Pa�s de Gales, da Uni�o Europeia. A escolha tem trazido importantes repercuss�es econ�micas, pol�ticas e sociais. Fortes em modalidades como atletismo, nata��o, remo e ciclismo, o Reino Unido j� enfrenta previs�es de encolhimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) e do crescimento da economia. Ainda faltam respostas tamb�m sobre como ser� a sa�da efetiva do bloco e, enquanto isso, pa�s enfrenta crise pol�tica, com a sa�da do primeiro-ministro David Cameron, no �ltimo dia 13. Cameron se op�s ao resultado do plebiscito.


VENEZUELA
 Em estado de “emerg�ncia econ�mica”, a Venezuela, que tem no boxe seu ponto forte para os Jogos do Rio, enfrenta crise que tem provocado a escassez de produtos b�sicos e desabastecimento em geral. O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) chegou a tratar o pa�s como o de “maior infla��o do mundo”. O vizinho tem passado por situa��es como racionamento de energia, longas filas nas padarias e supermercados e registrado aumento de protestos e saques. Um dos motivos para o aprofundamento da crise foi a queda do pre�o do petr�leo. A oposi��o pressiona cada vez mais o presidente Nicol�s Maduro, sucessor de Hugo Ch�vez.

TURQUIA
No �ltimo dia 15, houve tentativa de golpe de Estado na Turquia, com a tomada das ruas de Ancara e Istambul por militares. O presidente Recep Tayyip Erdogan deu resposta r�pida. A crise pol�tica no pa�s, que tem fortes nomes no boxe, lutas e atletismo, se intensificou em dezembro de 2013. Na �poca, uma opera��o contra a corrup��o prendeu ministros e pessoas ligadas ao ent�o primeiro-ministro Erdogan. De l� pra c�, ele tem empreendido esfor�os para se manter no poder, repreendendo manifestantes – j� s�o mais de 13 mil pris�es preventivas. H� forte repress�o a jornalistas e intelectuais contr�rios ao governo e h� den�ncias de torturas e estupro de detidos. O conflito deixou 232 mortos. Antes da tentativa de golpe, em 29 de junho, o pa�s tamb�m sofreu com ataque terrorista ao aeroporto de Istambul que matou 44 pessoas.

GR�CIA
O ber�o das Olimp�adas atravessa forte crise financeira, entrou em colapso no ano passado e, agora, tenta se recuperar a partir da aprova��o pelo Parlamento de uma s�rie de novos impostos e medidas de austeridade que visam ao desbloqueio de empr�stimos ao pa�s. Ano passado, o governo deu calote no FMI, o que aumentou a crise. A Gr�cia enfrenta turbul�ncia econ�mica desde 2008 e, nos �ltimos cinco anos, encolheu 25%. Na esteira da crise, o pa�s sofre com demiss�es, alta de impostos e redu��o de sal�rios e pens�es, protestos e greves.

CUBA
� a primeira participa��o do pa�s em Jogos Ol�mpicos depois da reaproxima��o com os Estados Unidos, que inclu�ram a restaura��o das rela��es diplom�ticas entre os dois pa�ses. As Olimp�adas e os Pan-americanos sempre foram usados por atletas para fugir do pa�s e pedir asilo pol�tico, na expectativa de prosperarem na carreira em na��es capitalistas. Apesar da retomada do contato com norte-americanos, Cuba enfrenta crise na economia, causada, em grande parte, pela derrocada da Venezuela, um de seus principais parceiros econ�micos.

IT�LIA
O pa�s europeu pega carona em problema vivido pela Gr�cia e come�a a sentir abalos nas finan�as. As a��es dos bancos est�o caindo e a principal preocupa��o recai sobre o terceiro maior banco da It�lia, o Monte dei Paschi di Siena. Est� em negocia��o com a Uni�o Europeia um plano de recapitaliza��o do setor financeiro, pressionado por cerca de 360 milh�es de euros em cr�ditos duvidosos. 


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