Aos 39 anos, separado, pai de uma menina de 9 anos e novato na pol�tica, o deputado federal Rodrigo Pacheco, que exerce seu primeiro cargo eletivo, j� sonha alto. Quer governar uma das maiores capitais do Brasil e recuperar a cren�a da popula��o na pol�tica e nos pol�ticos. Para ele, esse � o principal desafio de quem pretende hoje exercer um cargo eletivo, principalmente no executivo. O deputado – sexto entrevistado pelo Estado de Minas na s�rie feita com candidatos a prefeito de Belo Horizonte – aposta que com cerca de 250 mil votos pode garantir sua ida para o segundo turno, j� que a disputa promete ser pulverizada, com candidatos diversos e de partidos teoricamente fortes.
Por que o eleitor de Belo Horizonte deve votar no senhor?
Primeiro, porque n�s, modestamente, representamos uma novidade. Uma novidade consistente, com m�todos inovadores de pol�tica e eu tenho um objetivo que � o de resgatar a confian�a do povo de Belo Horizonte na pol�tica p�blica municipal. Al�m do que, os meus v�nculos com a cidade, j� de quase tr�s d�cadas, me fazem ter absoluta convic��o de que eles me unem de maneira muito forte � cidade e que quero representar o povo de Belo Horizonte no comando do Executivo municipal. N�o sou de Belo Horizonte, nasci em Porto Velho (RO), em raz�o de circunst�ncias profissionais da vida da fam�lia, mas meus pais s�o do interior de Minas, s�o de Passos, no Sudoeste mineiro, onde passei a morar aos 2 anos. Em 1992, aos 15 anos, vim para Belo Horizonte, onde estudei e me formei em direito.
Qual o principal problema de Belo Horizonte hoje e como o senhor pretende resolv�-lo?
O primeiro problema, que � um problema geral, � o da descren�a do povo de Belo Horizonte em rela��o � efici�ncia do poder p�blico municipal na solu��o dos problemas da cidade. Eu tenho o objetivo de resgatar a confian�a do cidad�o de Belo Horizonte na prefeitura, no prefeito, nas secretarias, na pr�pria C�mara Municipal, para que a pr�pria classe pol�tica tenha mais cr�dito na capital. Acho que o primeiro ponto que tem que ser trabalhado � esse. E como solucionar isso? Fazendo um programa de governo que seja inovador, inteligente e poss�vel de ser cumprido. A partir desse plano de governo, nos quatro anos de gest�o, efetivamente cumpri-lo, realizando nos mais diversos segmentos da sociedade aquilo que nos propusemos a fazer. A partir dessas realiza��es, o povo de BH passar� a ter mais confian�a e cren�a na pol�tica. Hoje existe um descr�dito geral, mas � poss�vel retomar a cren�a e a confian�a da popula��o no poder p�blico municipal.
O senhor � um candidato pouco conhecido, novato na pol�tica, como lidar com isso em uma campanha mais curta e com menos tempo de hor�rio eleitoral?
Nossa principal miss�o � fazer o Rodrigo Pacheco ser conhecido, mas n�o � s� isso. � fazer com que eu seja conhecido em raz�o dos bons projetos e boas propostas que tenho para Belo Horizonte. S� o conhecimento n�o funciona. As pessoas t�m de assimilar a ideia de que o Rodrigo � conhecido e tamb�m capaz de realizar boas coisas para a cidade. Para isso temos os instrumentos normais da campanha eleitoral, que � a propaganda eleitoral gratuita, a m�dia digital, especialmente a internet, a m�dia espont�nea, mas n�o tenho d�vida de que no processo de 45 dias de campanha a popula��o conhecer� o Rodrigo Pacheco e, fundamentalmente, o que � mais importante: poder� avaliar as propostas que n�s temos no nosso plano de governo que est� sendo montado.
O senhor pretende ter o presidente interino Michel Temer, que poder� se tornar efetivo durante a campanha, como padrinho em sua campanha?
O que eu espero � fazer uma campanha propositiva, com um bom grupo de apoiadores, mas sem um apadrinhamento pol�tico de tanta express�o. As pessoas j� n�o votam mais porque o padrinho pol�tico pediu. Meu padrinho pol�tico ser� o povo de Belo Horizonte. E uma vez eleito prefeito municipal, espero que o presidente Michel Temer possa ter um olhar especial para Belo Horizonte. Seja porque BH � uma cidade importante, seja porque aqui haver� um prefeito municipal do mesmo partido dele e isso facilita muito o di�logo com o governo federal. O presidente Michel Temer ser� fundamental no p�s- elei��o para ajudar a trazer recursos federais para Belo Horizonte.
E como fica sua rela��o com o governador Fernando Pimentel, cujo vice-governador Ant�nio Andarde � do PMDB e um dos articuladores de sua campanha, e tamb�m com a oposi��o representada pelo PSDB em Minas?
Em rela��o ao governo estadual, meu di�logo � o melhor poss�vel com o governador Fernando Pimentel, como tamb�m tenho di�logo muito bom com a oposi��o, especialmente com o PSDB, na figura dos senadores A�cio Neves e Antonio Anastasia. Porque um tra�o que � da minha personalidade � n�o levar a ferro e fogo essas discuss�es entre situa��o e oposi��o. Sou at� um cr�tico dessa forma de fazer pol�tica, que � a de achar que um sempre tem raz�o e o outro n�o. N�s temos sim � que construir juntos uma pol�tica porque nosso inimigo em comum � outro: � a corrup��o, a pobreza, a m� pol�tica, por isso temos que nos unir dentro de um interesse comum.
O senhor � do PMDB, partido envolvido, junto com o PT, em den�ncias de corrup��o na Petrobras e tamb�m mesma legenda do ex-presidente da C�mara dos Deputados Eduardo Cunha, um dos pol�ticos mais rejeitados hoje em dia. O senhor acha que isso pode ser um problema para sua campanha ?
O problema da corrup��o no Brasil � uma grande chaga nacional que precisa ser combatida, mas n�o � um problema do partido A ou B. Todos t�m uma parte deles envolvida em corrup��o, isso n�o � um privil�gio �s avessas de PT ou PMDB. Repito: todos os partidos t�m seus problemas. O que temos que identificar � a banda boa de cada um.