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Estado de Minas

Dilma est� mais perto da cassa��o

Levantamento mostra tend�ncia pr�-impeachment da presidente afastada. Dos 54 senadores necess�rios para a condena��o, 39 s�o favor�veis � senten�a por crime de responsabilidade


postado em 01/08/2016 06:00 / atualizado em 01/08/2016 07:26

Plenário do Senado: tendência, segundo os próprios petistas, é de que Dilma Rousseff seja condenada e perca os últimos dois anos e meio de mandato (foto: Jonas Pereira/Agência Senado - 11/5/16)
Plen�rio do Senado: tend�ncia, segundo os pr�prios petistas, � de que Dilma Rousseff seja condenada e perca os �ltimos dois anos e meio de mandato (foto: Jonas Pereira/Ag�ncia Senado - 11/5/16)

Bras�lia – A um m�s da vota��o final do impeachment no Senado, os apoiadores da presidente afastada, Dilma Rousseff, ainda n�o conseguiram “virar” votos para recolocar a petista no Pal�cio do Planalto. Nem o pr�prio PT parece ter f�lego para reverter o jogo. Levantamento do Estado de Minas, realizado com 81 senadores, aponta que a situa��o est� praticamente definida. Dos 57 parlamentares que declararam como v�o votar, 39 se posicionaram pelo afastamento definitivo de Dilma e 18 contr�rios. Para afastar a presidente definitivamente, s�o necess�rios 54 votos. Dos 17 que n�o externaram como pretendem votar, 11 apertaram o “sim” durante a primeira vota��o no Senado, em maio, que deu seguimento ao processo de impedimento, 3 disseram “n�o” e 3 tr�s n�o votaram. Dois senadores, Rom�rio (PSB-RJ) e L�cia V�nia (PSB-GO), que apoiaram a admissibilidade do impeachment, n�o foram localizados.

Ao contr�rio do que aconteceu �s v�speras da vota��o na C�mara, com uma intensa tentativa de convencer parlamentares a “dizer n�o ao golpe”, hoje, a articula��o pol�tica no Senado para reverter os votos pr�-impeachment segue t�mida. Integrantes do PT revelam reservadamente que pode at� ser melhor para o partido que Temer siga at� 2018. Desta maneira, a sigla se reorganizaria e apostaria todas as fichas em Lula, que j� percorre o pa�s para tentar resgatar sua imagem, bombardeada pelos efeitos da Opera��o Lava-Jato.

Os 10 senadores da bancada do PT no Senado tinham fechado quest�o e apoiaram integralmente a convoca��o de um plebiscito para a popula��o brasileira decidir sobre a realiza��o de elei��o presidencial neste ano. Mas a proposta perdeu for�a pela indefini��o da pr�pria presidente afastada e do comando do partido. Agora, a estrat�gia � divulgar uma carta ao povo brasileiro. No documento, Dilma explicaria o que faria em caso de retorno.

Indecisos


De acordo com o levantamento, ainda h� o bloco daqueles senadores que se dizem indecisos. S�o eles: Eduardo Braga (PMDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM), Pedro Chaves (PSC-MS) e Acir Gurgacz (PDT-RO). Os novos oposicionistas esperavam contar com o voto de Braga, no entanto, circula a informa��o nos corredores do Senado de que ele fechou com Michel Temer e votar� pelo afastamento da petista.

Nos bastidores, comenta-se que ele espera que o presidente interino ajude a fazer com que o processo de cassa��o do governador do Amazonas, Jos� de Melo, que se encontra no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tenha celeridade. Em caso de cassa��o, Braga assumiria o posto, j� que ficou em segundo lugar nas elei��es. Em janeiro, Melo teve mandato cassado por compras de votos e recorreu da decis�o.

O voto de Omar Aziz (PSD-AM), que se posicionou a favor do impedimento na primeira vota��o, pode mudar justamente em raz�o da articula��o entre Braga e Temer. Ele � desafeto do senador e aliado do governador Jos� de Melo. Petistas ouvidos reservadamente dizem que dificilmente Braga votar� contra o impeachment. No in�cio da semana, ele se reuniu oficialmente com o presidente interino. A assessoria de imprensa de Braga confirmou o encontro, mas comunicou que ele � relator do Or�amento e que esteve uma hora antes com o ministro do Planejamento, Diogo Oliveira, para tratar de fundos setoriais. Braga n�o votou em maio porque estava de licen�a m�dica.

� o mesmo caso de J�der Barbalho. Com problemas de sa�de, ele n�o participou da vota��o que aprovou a admissibilidade do processo de impedimento. Com o filho � frente do Minist�rio da Integra��o Nacional, Helder Barbalho, o voto do senador a favor do impeachment � dado como certo.

Em disputa



A posi��o do senador Pedro Chaves, que substituiu o senador Delc�dio do Amaral, cassado ap�s ser flagrado bolando um plano para a fuga de N�stor Cerver�, ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras, � uma inc�gnita. O empres�rio possui v�nculos familiares com o pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, preso em regime domiciliar por envolvimento no esquema de corrup��o da Petrobras. Uma filha do senador � casada com um dos filhos de Bumlai. Os governistas contabilizam o voto dele em suas contas.

O senador Acir Gurgacz � alvo de disputa intensa. Ele votou a favor da admissibilidade do impeachment, em maio. Logo ap�s, grupo de senadores contr�rios ao afastamento da presidente espalharam que ele teria mudado o voto. O senador nunca confirmou. Por meio de nota oficial, ele negou as especula��es. “Not�cias de que mudei meu voto s�o conjecturas mal-intencionadas de pol�ticos e da imprensa que tentam enganar e confundir a popula��o”, escreveu o senador. Nos bastidores, � dado como certo o voto contr�rio ao impeachment. Ele, inclusive, j� teria revelado que votaria contra o impedimento ao presidente do PDT, Carlos Lupi.

Amanh�, o PT vai fazer uma reuni�o de bancada para reavaliar as estrat�gias desenvolvidas at� aqui. O l�der do PT na Casa, Humberto Costa (PE), acredita que, apesar das dificuldades, o quadro ainda � revers�vel. “Primeiro, acusaram a presidente de criminosa e, depois, forjaram um crime para enquadr�-la. Esse impeachment � um processo kafkiano. Estamos trabalhando, conversando com muitos senadores sobre o risco que isso representa � nossa democracia. � uma batalha dif�cil, mas estamos confiantes de que, na vota��o final, conseguiremos os apoios necess�rios para impedir essa ruptura da ordem democr�tica”, afirmou.

 

Mem�ria

Derrota humilhante

Em 1992, ap�s a C�mara autorizar a abertura do processo de impeachment do ent�o presidente da Rep�blica, Fernando Collor de Mello, com 441 votos dos 509 deputados, o Senado o afastou definitivamente em 29 de dezembro daquele ano. Collor ainda tentou uma manobra para tentar evitar inelegibilidade por oito anos. Pouco antes do in�cio da sess�o, a defesa do presidente pediu a palavra para ler uma carta em que ele anunciava a ren�ncia. Mas n�o teve jeito. A sess�o de julgamento seguiu e Collor foi afastado da Presid�ncia da Rep�blica. O placar final era esperado: 76 senadores o condenaram e 3 votaram contra o afastamento. Depois de ser afastado, Collor foi substitu�do pelo vice, Itamar Franco. As den�ncias contra ele tomaram corpo quando o seu irm�o Pedro Collor concedeu entrevista revelando esquema de lavagem de dinheiro no exterior, comandado por Paulo C�sar Farias, o PC, tesoureiro da campanha presidencial em 1989. 


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