A Pol�cia Federal deflagrou na manh� desta ter�a-feira a 33ª fase da Opera��o Lava-Jato. Aproximadamente 150 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais em S�o Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goi�s, Pernambuco e Minas Gerais. A a��o foi batizada de "Resta Um" e tem como alvo construtora Queiroz Galv�o. A opera��o investiga o pagamento de R$ 20 milh�es em propina, em troca de contratos da Petrobras com a construtora e para interferir na CPI da estatal no Senado.
O ex-presidente da construtora Ildefonso Colares Filho e o ex-diretor Othon Zanoide de Moraes Filho foram presos preventivamente no Rio de Janeiro. H� ainda um mandado de pris�o tempor�ria para Marcos Pereira Reis, ligado ao cons�rcio Quip. Ele est� no exterior, segundo a Pol�cia Federal.
De acordo com a Pol�cia Federal, s�o investigadas nesta opera��o a participa��o da Construtora Queiroz Galv�o no chamado “cartel das empreiteiras”, grupo de empresas que se organizaram para executar obras contratadas pela Petrobras. A PF informou que as obras investigadas englobam contratos no Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro, na Refinaria Abreu e Lima, Refinaria Vale do Para�ba, Refinaria Landulpho Alves e na Refinaria Duque de Caxias. A Construtora Queiroz Galv�o possui o terceiro maior volume de contratos investigados no �mbito da Opera��o Lava-Jato.
Conforme a Pol�cia Federal, os executivos da construtora tamb�m s�o investigados pela pr�tica sistem�tica de pagamentos indevidos a diretores e funcion�rios da Petrobras, al�m de repasse de valores a partidos pol�ticos travestidos de doa��es oficiais. A Pol�cia Federal afirma que as doa��es feitas por ordem dos executivos da Queiroz Galv�o ocorreram atrav�s de transa��es comandadas por operadores no Brasil e tamb�m com pagamentos no exterior, que seriam retribui��es a obten��o de contratos com a estatal.
CPI
A Pol�cia Federal informa ainda que a investiga��o abrange tamb�m a descri��o de fatos ocorridos com o objetivo de criar embara�os � comiss�o parlamentar de inqu�rito que investigava irregularidades junto a Petrobras pelo Senado Federal em 2009. Identificou-se ind�cios concretos do pagamento indevido de valores por executivos da Construtora Queiroz Galv�o para dificultar os trabalhos da comiss�o.
Em abril deste ano, o ex-senador Gim Argello foi preso na 28ª fase da Lava Jato. Ele era vice-presidente da CPI da Petrobras e foi acusado de receber pagamentos em dinheiro para evitar a convoca��o de executivos na comiss�o. Ele fechou acordo de dela��o premiada com a Justi�a poucos dias ap�s sua pris�o.
S�o apuradas as pr�ticas de crimes de corrup��o, forma��o de cartel, associa��o criminosa e lavagem de dinheiro, dentre outros.
N�o � o fim
O nome “Resta Um” � uma refer�ncia � investiga��o da �ltima das maiores empresas identificadas como parte integrante da chamada “regra do jogo” em que empreiteiras formaram um grande cartel visando burlar as regras de contrata��o por parte da Petrobras, em claro preju�zo � estatal.
De acordo coma Pol�cia Federal, a men��o “Resta Um” remete t�o somente ao fato de se tratar da �ltima empresa de grande porte investigada na forma��o do cartel junto a Petrobras, n�o remetendo a um poss�vel encerramento das investiga��es da Opera��o Lava-Jato que busca alcan�ar ainda diversos outros fatos criminosos e demais empresas e pessoas participantes de neg�cios il�citos junto a estatal.
Os investigados com mandados de condu��o coercitiva ser�o levados �s sedes da Pol�cia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados. Ap�s o depoimento, ser�o liberados.
Os investigados com pris�o cautelar decretada ser�o levados � sede da Pol�cia Federal em Curitiba, no Paran�, onde permanecer�o � disposi��o das autoridades respons�veis pela investiga��o.
Com informa��es da Pol�cia Federal
