S�o Paulo - A Opera��o Lava-Jato investiga o pagamento de propinas em contratos de fornecimento de softwares e servi�os de inform�tica ao Banco do Brasil, que, somados, ultrapassam os R$ 150 milh�es.
Documentos obtidos pela Pol�cia Federal, em Curitiba, indicam que uma "empresa de fachada", acusada de corrup��o e lavagem de dinheiro na Petrobras, recebeu repasses de at� 10% nos neg�cios com o banco, fechados entre 2008 e 2010, como "comiss�o".
� a primeira frente de investiga��es da Lava-Jato em contratos do Banco do Brasil desde que a opera��o foi deflagrada, em mar�o de 2014. At� aqui, neg�cios da Caixa Econ�mica Federal (CEF) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) estavam sob suspeita.
O Banco do Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que o Conselho Diretor "determinou a realiza��o imediata de auditoria interna dos principais contratos da �rea de tecnologia, firmados desde 2008".
S�o quatro contratos e um aditivo contratual que est�o sob apura��o, desde junho. As contratadas do banco s�o a A��o Inform�tica Brasil, a PBTI Solu��es e a CTIS Tecnologia. As tr�s s�o fornecedoras de servi�os de tecnologia da institui��o estatal e atuam no Brasil como representantes de desenvolvedoras de softwares como as norte-americanas Oracle Corporation e BMC Softwares.
A��o, PBTI e CTIS passaram a ser investigadas depois da identifica��o, pela for�a-tarefa, de pagamentos feitos por elas para a Credencial Construtora, Representa��es e Participa��es - firma que estava na mira dos investigadores. Seus donos s�o acusados de corrup��o em contratos da Petrobr�s, com repasses de valores comprovados para o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu - preso e condenado, em Curitiba.
Quebra de sigilo decretada por ordem do juiz federal S�rgio Moro, da Lava-Jato, identificou que as tr�s contratadas do Banco do Brasil transferiram, em 2009 e 2010, um total de R$ 8,1 milh�es para a Credencial.
Para os investigadores, a firma - que entrou no radar da Lava-Jato por ter recebido, entre 2010 a 2013, R$ 29,76 milh�es de fornecedoras da Petrobr�s - � uma "fantasma" usada para pagar propinas a agentes p�blicos e pol�ticos. "A empresa (Credencial) teria recebido valores milion�rios das empreiteiras, e ainda de outras empresas, sem que tivesse tido despesas equivalentes ou estrutura aparente para prestar qualquer servi�o a elas", informa o Minist�rio P�blico Federal.
Aberta em 2004, em Sumar� (SP), a Credencial movimentou milh�es com grandes quantias de saques em esp�cie, mas n�o t�m funcion�rios nem sede com estrutura f�sica. Os donos, Eduardo Meira e Flavio Macedo, foram presos pela Lava-Jato, em maio, alvos da 30ª fase, batizada de Opera��o V�cio, por envolvimento em corrup��o.
Com a informa��o de que tr�s empresas do mesmo setor com contratos p�blicos haviam pago a Credencial, a Pol�cia Federal exigiu que elas prestassem esclarecimentos. A A��o, a PBTI, a CTIS e seus executivos informaram em junho que a firma prestou servi�o de "intermedia��o" e "agiliza��o" em contratos com o Banco do Brasil. Nenhuma das empresas cita propina, mas sim "comiss�o".
A PBTI informou que a Credencial atuou e ajudou na "agiliza��o" de tr�s contratos com o Banco do Brasil, todos assinados no crit�rio inexigibilidade de licita��o - por envolver produtos exclusivos de inform�tica fornecidos por ela. Os neg�cios que tiveram participa��o da investigada envolviam altos valores - R$ 50 milh�es, R$ 36 milh�es e R$ 12 milh�es.
No contrato da CTIS Tecnologia, o presidente da empresa, Alvadir da Silva Oliveira, afirmou em depoimento prestado no dia 28 de junho, em Curitiba, que a Credencial foi indicada para participar da negocia��o por uma subsidi�ria do banco, a Cobra Tecnologia, que atualmente se chama Banco do Brasil Tecnologia e Servi�o (BBTS).
Enio Issa e Maur�cio David Teixeira, dois ex-s�cios da A��o, declararam que um representante da multinacional Oracle e um executivo da brasileira Memora Processos Inovadores orientaram que pagassem a comiss�o para a Credencial.
Por meio de seus advogados, os donos da Credencial informaram que a empresa n�o � "de fachada" e nem "pagadora de propinas". A PBTI informou que j� se manifestou nos autos e que est� colaborando. Os representantes da CTIS n�o responderam aos questionamentos.
A Oracle informou que investiga "alega��es de m� conduta com seriedade e coopera integralmente com qualquer solicita��o de autoridades do governo". A Memora negou ter rela��es com a Credencial. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
Documentos obtidos pela Pol�cia Federal, em Curitiba, indicam que uma "empresa de fachada", acusada de corrup��o e lavagem de dinheiro na Petrobras, recebeu repasses de at� 10% nos neg�cios com o banco, fechados entre 2008 e 2010, como "comiss�o".
� a primeira frente de investiga��es da Lava-Jato em contratos do Banco do Brasil desde que a opera��o foi deflagrada, em mar�o de 2014. At� aqui, neg�cios da Caixa Econ�mica Federal (CEF) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) estavam sob suspeita.
O Banco do Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que o Conselho Diretor "determinou a realiza��o imediata de auditoria interna dos principais contratos da �rea de tecnologia, firmados desde 2008".
S�o quatro contratos e um aditivo contratual que est�o sob apura��o, desde junho. As contratadas do banco s�o a A��o Inform�tica Brasil, a PBTI Solu��es e a CTIS Tecnologia. As tr�s s�o fornecedoras de servi�os de tecnologia da institui��o estatal e atuam no Brasil como representantes de desenvolvedoras de softwares como as norte-americanas Oracle Corporation e BMC Softwares.
A��o, PBTI e CTIS passaram a ser investigadas depois da identifica��o, pela for�a-tarefa, de pagamentos feitos por elas para a Credencial Construtora, Representa��es e Participa��es - firma que estava na mira dos investigadores. Seus donos s�o acusados de corrup��o em contratos da Petrobr�s, com repasses de valores comprovados para o ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu - preso e condenado, em Curitiba.
Quebra de sigilo decretada por ordem do juiz federal S�rgio Moro, da Lava-Jato, identificou que as tr�s contratadas do Banco do Brasil transferiram, em 2009 e 2010, um total de R$ 8,1 milh�es para a Credencial.
Para os investigadores, a firma - que entrou no radar da Lava-Jato por ter recebido, entre 2010 a 2013, R$ 29,76 milh�es de fornecedoras da Petrobr�s - � uma "fantasma" usada para pagar propinas a agentes p�blicos e pol�ticos. "A empresa (Credencial) teria recebido valores milion�rios das empreiteiras, e ainda de outras empresas, sem que tivesse tido despesas equivalentes ou estrutura aparente para prestar qualquer servi�o a elas", informa o Minist�rio P�blico Federal.
Aberta em 2004, em Sumar� (SP), a Credencial movimentou milh�es com grandes quantias de saques em esp�cie, mas n�o t�m funcion�rios nem sede com estrutura f�sica. Os donos, Eduardo Meira e Flavio Macedo, foram presos pela Lava-Jato, em maio, alvos da 30ª fase, batizada de Opera��o V�cio, por envolvimento em corrup��o.
Com a informa��o de que tr�s empresas do mesmo setor com contratos p�blicos haviam pago a Credencial, a Pol�cia Federal exigiu que elas prestassem esclarecimentos. A A��o, a PBTI, a CTIS e seus executivos informaram em junho que a firma prestou servi�o de "intermedia��o" e "agiliza��o" em contratos com o Banco do Brasil. Nenhuma das empresas cita propina, mas sim "comiss�o".
A PBTI informou que a Credencial atuou e ajudou na "agiliza��o" de tr�s contratos com o Banco do Brasil, todos assinados no crit�rio inexigibilidade de licita��o - por envolver produtos exclusivos de inform�tica fornecidos por ela. Os neg�cios que tiveram participa��o da investigada envolviam altos valores - R$ 50 milh�es, R$ 36 milh�es e R$ 12 milh�es.
No contrato da CTIS Tecnologia, o presidente da empresa, Alvadir da Silva Oliveira, afirmou em depoimento prestado no dia 28 de junho, em Curitiba, que a Credencial foi indicada para participar da negocia��o por uma subsidi�ria do banco, a Cobra Tecnologia, que atualmente se chama Banco do Brasil Tecnologia e Servi�o (BBTS).
Enio Issa e Maur�cio David Teixeira, dois ex-s�cios da A��o, declararam que um representante da multinacional Oracle e um executivo da brasileira Memora Processos Inovadores orientaram que pagassem a comiss�o para a Credencial.
Por meio de seus advogados, os donos da Credencial informaram que a empresa n�o � "de fachada" e nem "pagadora de propinas". A PBTI informou que j� se manifestou nos autos e que est� colaborando. Os representantes da CTIS n�o responderam aos questionamentos.
A Oracle informou que investiga "alega��es de m� conduta com seriedade e coopera integralmente com qualquer solicita��o de autoridades do governo". A Memora negou ter rela��es com a Credencial. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.
