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Estado de Minas

BB quer sair de sociedade com os Correios


postado em 10/07/2016 09:55

Bras�lia e S�o Paulo, 10 - A parceria do Banco do Brasil com os Correios no Banco Postal corre o risco de acabar neste ano. Os dois s�cios na presta��o de servi�os financeiros discordam, atualmente, do objetivo e, principalmente, do valor do neg�cio.

Com rombo nos �ltimos tr�s anos, sendo o de 2015 de R$ 2,1 bilh�es, os Correios veem a renova��o do contrato com o BB como uma oportunidade de injetar dinheiro na estatal, que ainda opera no vermelho neste ano. O melhor resultado da hist�ria dos Correios foi justamente o de 2012, afetado pelo neg�cio com o banco p�blico.

J� o BB, segundo fontes, n�o considera o neg�cio t�o vantajoso, em meio ao cen�rio econ�mico adverso e �s mudan�as no comportamento dos clientes. Sem o BB, os Correios precisariam leiloar novamente o servi�o neste ano. Segundo a avalia��o dos maiores bancos do Pa�s, h� pouco apetite para explorar a rede de ag�ncias da estatal, presente em 95% das cidades brasileiras. Com o avan�o dos canais digitais e os desafios de tornar a rede f�sica rent�vel, a atratividade do canal diminuiu.

O Bradesco, que ficou com o Postal por dez anos, abriu mais de mil ag�ncias ap�s deixar de operar o servi�o e agora tem o desafio de integrar o HSBC. O Ita� n�o fez proposta no �ltimo leil�o. A Caixa n�o tem capital para fechar a opera��o sem nova capitaliza��o da Uni�o - est�, inclusive, privatizando �reas. O Santander tamb�m n�o tem tanto apetite pelo canal, al�m de, assim como o Ita�, estar na negocia��o para a compra das opera��es de varejo do Citi no Pa�s.

�O neg�cio (Banco Postal) tem alto custo. O banco come�a a ter problemas de assalto, numer�rio, eventos que s�o uma realidade que j� vivemos. Antes de pensar em discutir a rela��o, � preciso pensar no papel dos Correios, como funciona hoje e como agregar valor�, diz o executivo de um grande banco. Outro afirma que a institui��o at� analisaria eventual oportunidade de parceria, mas tamb�m refor�a que o canal perdeu parte de sua relev�ncia.

O Banco Postal foi importante para aumentar o acesso aos servi�os financeiros em munic�pios do interior. Segundo o Banco Central, 1.987 cidades n�o t�m ag�ncia banc�ria, mas 1.633 delas possuem um ponto de atendimento, como os Correios, que prestam servi�os banc�rios b�sicos, como transfer�ncias, abertura de contas, saques e recebimento do INSS.

O BB venceu o leil�o em maio de 2011, num lance de R$ 2,3 bilh�es, e come�ou a operar no ano seguinte nas mais de 6 mil ag�ncias pr�prias dos Correios que oferecem servi�os do Banco Postal. O BB teve de desembolsar mais R$ 1 bilh�o ao longo de cinco anos pelo pagamento de transa��es banc�rias efetuadas nos Correios. Em 2.035 munic�pios, o BB s� est� presente por causa do Banco Postal. Em outros 3.223, o maior banco do Pa�s tem ag�ncia pr�pria.

Segundo fontes, o entendimento do BB � de que a parceria com o Postal tem de passar por adapta��o. Isso porque o cen�rio atual � diferente de quando o banco ganhou a concorr�ncia para explorar a rede f�sica dos Correios. De l� para c�, as transa��es digitais e remotas tiveram um salto, reduzindo a necessidade de ag�ncias, que passam a ter outro foco, mais voltado para neg�cios e assessoria.

�A parceria com os Correios vai passar obrigatoriamente por uma adapta��o. No passado, fazia muito sentido (transform�-lo em institui��o financeira). Hoje, n�o me parece que faz mais sentido�, diz uma fonte a par das negocia��es.

Custo

O presidente dos Correios, Guilherme Campos, diz que a atua��o da estatal como correspondente banc�rio tem custo elevado por causa dos investimentos em seguran�a e quest�es trabalhistas. Os funcion�rios dos Correios que trabalham nas ag�ncias com Banco Postal exigem equipara��o de sal�rio e jornada aos banc�rios.

�Eles querem transferir para o correspondente banc�rio o que nenhum banco quer nas suas ag�ncias: gente e numer�rio�, explica Campos. �� muito bem-vindo o Banco Postal, s� que esse custo tem de estar na negocia��o�, acrescenta.

Segundo Campos, as negocia��es entre os dois s�cios voltaram ap�s a formaliza��o de seu cargo e de Paulo Caffarelli como presidente do BB. A renova��o est� em pauta desde maio de 2015, mas ficou em compasso de espera com a mudan�a nas empresas. Em dezembro, encerram-se os cinco anos do contrato, que podem ser renovados por mais cinco. Procurado, BB n�o se manifestou. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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