Bras�lia e S�o Paulo - Ao denunciar o ex-presidente Lula Luiz In�cio Lula da Silva por obstru��o da Justi�a, o procurador da Rep�blica Ivan Cl�udio Marx atribuiu ao petista papel de "chefe de organiza��o criminosa". A den�ncia foi recebida pela Justi�a Federal em Bras�lia na sexta-feira, 29. O ex-presidente tem 20 dias para apresentar sua defesa. Ele nega envolvimento no caso.
O procurador destaca que o ex-senador Delc�dio Amaral (ex-PT/Sem partido/MS) atribuiu a Lula o papel de "chefe da empreitada" para comprar o sil�ncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver� (Internacional), que fechou acordo de dela��o premiada. Delc�dio tamb�m fez dela��o premiada. Seu relato teve peso decisivo na den�ncia contra Lula.
A trama, segundo a acusa��o, envolve o pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo de Lula e preso na Lava-Jato desde 24 de novembro de 2015. O temor do grupo era que Cerver� pudesse incriminar Bumlai no esquema de corrup��o instalado na Petrobr�s.
"A narrativa de Delc�dio se demonstrou clara, plaus�vel e, ainda, corroborada pela exist�ncia das reuni�es pr�vias que realizou com Lula antes de Bumlai passar a custear os valores destinados a comprar o sil�ncio de Cerver�. Ressalte-se que a exist�ncia das reuni�es3foi confirmada por Lula em seu Termo de Declara��es prestado � Procuradoria-Geral da Rep�blica", diz a den�ncia subscrita pelo procurador Ivan Marx.
"A compra desse sil�ncio buscava tamb�m preservar Bumlai por crimes cometidos no interesse do Partido dos Trabalhadores, ocorridos enquanto Lula exercia, pelo PT, o mandato de Presidente da Rep�blica", afirma o procurador.
Segundo a den�ncia, com o avan�o das investiga��es sobre "o esquema criminoso", a primeira tentativa de barrar as investiga��es passou pela tentativa de compra do sil�ncio de poss�veis delatores.
"Ap�s o insucesso desse intento, ao menos ao que se sabe, restou apenas a alternativa de se tentar buscar a anula��o de investiga��es", prossegue a den�ncia, que faz alus�o a uma suposta ofensiva do ex-presidente para tentar interferir na apura��o. "E, nesse aspecto, os di�logos constantes de folhas 2480-2483, apontam que, no in�cio do ano de 2016, momento em que Cerver� j� havia acordado sua colabora��o premiada, Lula atuou diretamente com o objetivo de interferir no trabalho do Poder Judici�rio, do Minist�rio P�blico e do Minist�rio da Justi�a, seja no �mbito da Justi�a de S�o Paulo, seja do Supremo Tribunal Federal ou mesmo da Procuradoria-Geral da Rep�blica."
"Toda essa situa��o vem refor�ar a confiabilidade da narrativa de Delc�dio do Amaral", diz a den�ncia. "E n�o se pode desconsiderar que, em uma organiza��o criminosa, o chefe sempre restar� na penumbra, protegido, de modo que n�o h� de se esperar, contra este, uma prova tal como uma ordem objetiva gravada ou mesmo uma filmagem de entrega pessoal de valores."
Segundo o procurador, "o chefe da organiza��o criminosa est� sendo buscado em investiga��es conduzidas pela Procuradoria-Geral da Rep�blica.
No entanto, nesse caso espec�fico de atos de obstru��o da Justi�a, o chefe foi apontado pelo colaborador Delc�dio, em afirma��o refor�ada por elementos f�ticos e, acima de tudo, pela l�gica dos acontecimentos."
O procurador destaca que o ex-senador Delc�dio Amaral (ex-PT/Sem partido/MS) atribuiu a Lula o papel de "chefe da empreitada" para comprar o sil�ncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver� (Internacional), que fechou acordo de dela��o premiada. Delc�dio tamb�m fez dela��o premiada. Seu relato teve peso decisivo na den�ncia contra Lula.
A trama, segundo a acusa��o, envolve o pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo de Lula e preso na Lava-Jato desde 24 de novembro de 2015. O temor do grupo era que Cerver� pudesse incriminar Bumlai no esquema de corrup��o instalado na Petrobr�s.
"A narrativa de Delc�dio se demonstrou clara, plaus�vel e, ainda, corroborada pela exist�ncia das reuni�es pr�vias que realizou com Lula antes de Bumlai passar a custear os valores destinados a comprar o sil�ncio de Cerver�. Ressalte-se que a exist�ncia das reuni�es3foi confirmada por Lula em seu Termo de Declara��es prestado � Procuradoria-Geral da Rep�blica", diz a den�ncia subscrita pelo procurador Ivan Marx.
"A compra desse sil�ncio buscava tamb�m preservar Bumlai por crimes cometidos no interesse do Partido dos Trabalhadores, ocorridos enquanto Lula exercia, pelo PT, o mandato de Presidente da Rep�blica", afirma o procurador.
Segundo a den�ncia, com o avan�o das investiga��es sobre "o esquema criminoso", a primeira tentativa de barrar as investiga��es passou pela tentativa de compra do sil�ncio de poss�veis delatores.
"Ap�s o insucesso desse intento, ao menos ao que se sabe, restou apenas a alternativa de se tentar buscar a anula��o de investiga��es", prossegue a den�ncia, que faz alus�o a uma suposta ofensiva do ex-presidente para tentar interferir na apura��o. "E, nesse aspecto, os di�logos constantes de folhas 2480-2483, apontam que, no in�cio do ano de 2016, momento em que Cerver� j� havia acordado sua colabora��o premiada, Lula atuou diretamente com o objetivo de interferir no trabalho do Poder Judici�rio, do Minist�rio P�blico e do Minist�rio da Justi�a, seja no �mbito da Justi�a de S�o Paulo, seja do Supremo Tribunal Federal ou mesmo da Procuradoria-Geral da Rep�blica."
"Toda essa situa��o vem refor�ar a confiabilidade da narrativa de Delc�dio do Amaral", diz a den�ncia. "E n�o se pode desconsiderar que, em uma organiza��o criminosa, o chefe sempre restar� na penumbra, protegido, de modo que n�o h� de se esperar, contra este, uma prova tal como uma ordem objetiva gravada ou mesmo uma filmagem de entrega pessoal de valores."
Segundo o procurador, "o chefe da organiza��o criminosa est� sendo buscado em investiga��es conduzidas pela Procuradoria-Geral da Rep�blica.
No entanto, nesse caso espec�fico de atos de obstru��o da Justi�a, o chefe foi apontado pelo colaborador Delc�dio, em afirma��o refor�ada por elementos f�ticos e, acima de tudo, pela l�gica dos acontecimentos."
