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Estado de Minas

Investiga��o contra Queiroz Galv�o pode atingir PSDB e PMDB

Delatores j� relataram � Lava-Jato as rela��es da empreiteira com os dois partidos


postado em 02/08/2016 12:07 / atualizado em 02/08/2016 12:34

S�o Paulo e Curitiba - Ao alcan�ar a construtora Queiroz Galv�o, alvo da Opera��o Resta Um, 33ª fase da Lava-Jato, a for�a-tarefa da maior opera��o contra corrup��o no Brasil abre uma nova frente de investiga��o que, por consequ�ncia, pode atingir o PSDB e o PMDB. Delatores j� relataram � Lava-Jato as rela��es da empreiteira com os dois partidos.

O primeiro colaborador a citar a Queiroz Galv�o em dela��o foi o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Em outubro de 2014, o executivo declarou que o ex-presidente do PSDB S�rgio Guerra - morto em mar�o de 2014 - o procurou e cobrou R$ 10 milh�es para que a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito da Petrobras, aberta em julho de 2009 no Senado, fosse encerrada.

De acordo com Costa, o dinheiro foi providenciado pela empreiteira Queiroz Galv�o. O tucano teria dito ao ex-diretor que o dinheiro seria usado para a campanha de 2010.

O doleiro Alberto Youssef, que tamb�m fez dela��o, j� havia confirmado as informa��es sobre o pagamento ao PSDB, reveladas por Paulo Roberto Costa. Em janeiro deste ano, outro delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Cear�, confirmou � Procuradoria-Geral da Rep�blica o pagamento de R$ 10 milh�es ao ex-presidente do PSDB para "abafar" a CPI da Petrobras de 2009.

Um dos delatores-bomba da Lava-Jato, o ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado envolveu o presidente em exerc�cio Michel Temer (PMDB) em propina da para campanha eleitoral em S�o Paulo. O delator revelou uma suposta opera��o de capta��o de recursos il�citos, envolvendo Temer e o senador Valdir Raupp (PMDB-RR), para abastecer, em 2012, a campanha do ent�o candidato Gabriel Chalita (ex-PMDB, atualmente no PDT) para a Prefeitura de S�o Paulo. A Queiroz Galv�o teria repassado R$ 1,5 milh�o para o esquema.

As declara��es de S�rgio Machado n�o fazem parte da Opera��o Resta Um e est�o no Supremo Tribunal Federal (STF).

S�rgio Machado revelou tamb�m em um de seus depoimentos o medo e a preocupa��o com poss�vel "dela��o" da empreiteira Queiroz Galv�o. Empreiteiras n�o fazem dela��o premiada, mas, sim, acordos de leni�ncia. O delator poderia estar se referindo aos executivos da empreiteira quando disse do seu temor de uma eventual dela��o da empreiteira. A Queiroz Galv�o n�o fechou acrdo de leni�ncia e seus dirigentes n�o fizeram dela��o premiada na Lava-Jato.

S�rgio Machado foi pr�ximo aos bar�es do PMDB e liderou a Transpetro entre 2003 e 2014. O executivo relatou � Procuradoria-Geral da Rep�blica que em conversas com o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e com o ex-senador Jos� Sarney (PMDB-AP), em fevereiro desate ano, a "dela��o" da Queiroz foi abordado.

"Conversaram ainda sobre o receio do depoente de novas dela��es e o risco que isso representava para todos, porque empresas que poderiam vir a fazer dela��o tinham mantido rela��es com o depoente e feito doa��es de vantagens il�citas, inclusive oficiais, para todos com recursos oriundos dos contratos da Transpetro", disse o delator no seu depoimento.

"Registrou que isso representaria um enorme risco para todos, sobretudo com rela��o �s empresas Queiroz Galv�o, que ainda n�o havia feito dela��o, e Camargo Corr�a, cujo prazo do acordo de leni�ncia ainda estaria em aberto; que apesar de o depoente tratar diretamente com os donos de tais empresas ainda assim haveria risco em caso de dela��o", disse Machado no seu depoimento.

Os partidos pol�ticos negam ter recebido valores il�citos. A empreiteira reiteradamente tem negado os repasses.


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