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Estado de Minas

Alvo da Resta Um, Queiroz Galv�o deu R$ 10 milh�es a ex-presidente do PSDB


postado em 02/08/2016 08:31 / atualizado em 02/08/2016 08:36

S�o Paulo - O alvo da Opera��o Resta Um, deflagrada nesta ter�a-feira pela Pol�cia Federal, � a construtora Queiroz Galv�o, suspeita de ter pago R$ 10 milh�es ao ex-presidente do PSDB S�rgio Guerra. A PF est� cumprindo 23 mandados em v�rios Estados brasileiros.

A PF informou que os executivos da empresa s�o investigados, "pela pr�tica sistem�tica de pagamentos indevidos a diretores e funcion�rios da Petrobras".

Na 33.ª fase da Opera��o da Lava-Jato, s�o cumpridos pela Pol�cia Federal mandados com a finalidade de obter provas adicionais de crimes de organiza��o criminosa, cartel, fraudes licitat�rias, corrup��o e lavagem de dinheiro, relacionados a contratos firmados pela empreiteira Queiroz Galv�o com a estatal petrol�fera.

Os alvos s�o dirigentes e funcion�rios da Queiroz Galv�o e do cons�rcio Quip S/A, do qual a empreiteira mencionada era acionista l�der.

As investiga��es indicam que a Queiroz Galv�o formou, com outras empresas, um cartel de empreiteiras que participou ativamente de ajustes para fraudar licita��es da Petrobras. Esse cartel maximizou os lucros das empresas privadas e gerou preju�zos bilion�rios para a estatal.

Al�m dos ajustes e fraude a licita��es, as evid�ncias colhidas nas investiga��es revelam que houve corrup��o, com o pagamento de propina a funcion�rios da Petrobras.

Segundo a Lava-Jato, executivos da Queiroz Galv�o pagaram valores indevidos em favor de altos funcion�rios das diretorias de Servi�os e de Abastecimento. Em sua parte j� rastreada e comprovada, as propinas se aproximam da cifra de R$ 10 milh�es. Esses crimes est�o comprovados, segundo a PF, por farta prova documental que corroborou o depoimento de, pelo menos, cinco colaboradores, sendo tr�s deles dirigentes de empreiteiras.

Para al�m disso, a investiga��o tamb�m objetiva se aprofundar sobre os fortes ind�cios existentes de que milh�es de d�lares em propinas foram transferidos em opera��es feitas por meio de contas secretas no exterior.

As evid�ncias apontam que os pagamentos foram feitos tanto pela Queiroz Galv�o quanto pelo cons�rcio Quip. A hip�tese tem por base depoimentos de colaboradores e comprovantes de repasses milion�rios feitos pelo trust Quadris, vinculado ao Quip, para diversas contas, favorecendo funcion�rios da Petrobras.

Por fim, as medidas deflagradas buscam colher provas adicionais do delito de obstru��o � investiga��o de organiza��o criminosa pela ent�o realizada Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobras, em 2009.

H� ind�cios, que incluem a palavra de colaboradores e um v�deo, de que 10 milh�es de reais em propina foram pagos pela Queiroz Galv�o com o objetivo de evitar que as apura��es da CPI tivessem sucesso em descobrir os crimes que j� haviam sido praticados at� ent�o.

A procuradora da Rep�blica Jerusa Viecili destacou a import�ncia para a investiga��o dos acordos de colabora��o e de leni�ncia firmados pelo Minist�rio P�blico, "pois iluminam o caminho a percorrer para a obten��o de provas, quando n�o s�o acompanhados j� pela apresenta��o de evid�ncias consistentes dos crimes praticados".

Afirmou ainda que chama a aten��o "a ousadia da empresa investigada, traduzida pela atua��o profissional e sofisticada no pagamento de propinas em contratos p�blicos durante longo per�odo de tempo, mediante a utiliza��o de expedientes complexos de lavagem de dinheiro, inclusive no exterior".

O Grupo Queiroz Galv�o foi identificado, durante a Lava-Jato, como o terceiro com maior volume de contratos celebrados com a Petrobras, alcan�ando um total superior a R$ 20 bilh�es.

O hist�rico de envolvimento do grupo com grandes esquemas de corrup��o n�o � in�dito, j� figurado nas opera��es Monte Carlo, Castelo de Areia e Navalha - tendo sido as duas �ltimas anuladas nos tribunais superiores.

Segundo o procurador Diogo Castor, a banaliza��o das anula��es de provas representa um alento para os criminosos que j� tiveram participa��o em esquemas criminosos provados. "Infelizmente se essas opera��es tivessem um m�nimo de efetividade, talvez a Lava-Jato nem precisasse existir" assinalou.

J� o coordenador da for�a-tarefa Lava-Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, ressaltou a gravidade da obstru��o dos trabalhos de apura��o de 2009, porque "a investiga��o da CPI era como um guardi�o da Petrobras. As evid�ncias indicam que o ladr�o roubou a casa e, em seguida, matou o vigia".

Dallagnol sublinhou, ainda, na mesma linha de Castor que "a corrup��o que colhemos � fruto da impunidade dos crimes passados. Esses crimes investigados hoje s�o filhos de um sistema de justi�a criminal disfuncional, o qual falhou em punir casos pret�ritos em que as mesmas empresas da Lava-Jato eram investigadas".


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