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Estado de Minas

Cardozo critica press�o de aliados de Temer para antecipar impeachment


postado em 03/08/2016 22:13

O ex-ministro da Justi�a Jos� Eduardo Cardozo criticou nesta quarta-feira, 3, a press�o de aliados do presidente em exerc�cio Michel Temer para antecipar a data do julgamento final do processo de impeachment.

Em uma conversa com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, respons�vel por conduzir os trabalhos do processo contra a presidente afastada Dilma Rousseff, Cardozo fez um apelo para que os prazos sejam respeitados e para que n�o haja a�odamento nesta fase final do impeachment.

"H� alguma raz�o misteriosa pela qual as pessoas querem acabar esse processo muito rapidamente. Parece que as horas est�o contando. Eu n�o sei o que est� por tr�s disso. H� quem diga que exista temor de que possam surgir fatos novos que possam trazer desequil�brio no processo de impeachment. Ser� que uma eventual dela��o de algu�m pode trazer algum problema?", questionou.

Segundo Cardozo, ele n�o trabalha como uma data ideal para o in�cio do julgamento, mas defende que o processo precisa ser "equilibrado, com direito de defesa, com respeito, sem a�odamento". "A data que vai come�ar o presidente Lewandowski decide. Agora, o que n�o pode ver � atropelo como aconteceu em v�rios momentos desse processo", disse.

Nesta ter�a, ap�s um almo�o com Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que iria trabalhar para que a vota��o do julgamento final come�asse na semana de 25 de agosto e n�o no dia 29, como foi inicialmente divulgado pela assessoria do STF no �ltimo fim de semana.

Lewandowski j� sinalizou que n�o vai se opor em antecipar o julgamento, desde que todos os tr�mites legais sejam observados. Ele, no entanto, tem demonstrado que n�o vai aceitar que sejam realizadas sess�es durante o fim de semana, porque essa seria uma atitude extraordin�ria, que poderia colocar em d�vida a lisura do processo.

Testemunhas. Cardozo tamb�m afirmou que conversou com o presidente do STF sobre o n�mero de testemunhas que ser�o ouvidos no julgamento. Para Lewandowski, o ideal � aplicar o rito do Tribunal do J�ri, com um total de dez testemunhas, cinco para a defesa e cinco para a acusa��o.

"O problema � que s�o dois delitos conexos. Um as pedaladas e outro a quest�o dos decretos. H� jurisprud�ncia de que quando h� situa��es de crimes conexos voc� teria cada fato determinando um n�mero de testemunha. Cinco para decretos e cinco para pedaladas. O presidente vai examinar", disse.

Lewandowski vai se reunir nesta quinta-feira, 4, com l�deres do Senado para conversar sobre o processo de impeachment. (Isadora Peron)


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