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Estado de Minas

Data do julgamento do impeachment amplia tens�o entre senadores

Discuss�es dominam sess�o do colegiado que votaria parecer pelo afastamento de Dilma. Oposi��o acusa Temer de querer acelerar processo


postado em 04/08/2016 00:12 / atualizado em 04/08/2016 07:57

Bras�lia – A sess�o de ontem da comiss�o especial que analisa o impeachment no Senado, que seria dedicada � discuss�o do parecer do relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG), favor�vel ao afastamento de Dilma Rousseff, foi dominada por outro debate. A poss�vel antecipa��o do julgamento da presidente afastada aumentou o clima de tens�o. A suposta atua��o do presidente em exerc�cio Michel Temer para acelerar a data do julgamento final do impeachment para o dia 25 ou 26 provocou bate-boca entre os senadores.

O assunto foi levantado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que chamou de “interven��o indevida” de Temer, citando seu jantar na resid�ncia do ministro Gilmar Mendes, na segunda-feira, e depois em almo�o com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ontem. Lindbergh e o presidente da comiss�o, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), concordaram que quem marca a data � o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que � o presidente do processo de impeachment.


Ap�s almo�o com o presidente em exerc�cio, Renan se posicionou publicamente a favor da antecipa��o do in�cio do julgamento para o dia 26, com a possibilidade de sess�es durante o fim de semana. At� ent�o, o peemedebista defendia que os prazos fossem cumpridos em dias �teis. A maior preocupa��o dos peemedebistas � com Temer, que gostaria de participar da reuni�o da c�pula do G-20, entre 4 e 5 de setembro, na China, j� como presidente efetivo.


“Almo�a com o presidente da Rep�blica e diz que vai antecipar? Que acord�o � esse? O presidente do STF n�o vai aceitar esse tipo de chantagem. Press�o indevida de Michel Temer”, disse Lindbergh. “O senhor tem que reclamar com o Lewandowski e n�o com Temer. Pelo amor de Deus!”, reagiu o l�der do governo interino no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).


O senador Magno Malta (PR-ES) provocou os colegas petistas. “Voc� est� querendo tumultuar. E at� a presidente Dilma disse que n�o aguenta mais”, disse Magno Malta. “Mentira!”, reagiram os petistas. “Chame o Renan de mentiroso ent�o, porque ele disse em plen�rio que ela n�o aguentava mais”, retrucou Malta. C�ssio Cunha Lima (PB), l�der do PSDB, partido da base do governo, afirmou que a oposi��o tenta criar um “factoide” em torno da reuni�o de Temer com Renan.


Raimundo Lira contou que esteve com Lewandowski e ele marcar� a data depois do dia 9, quando ser� votado o segundo parecer pelo impeachment de Dilma. “Estive ontem  (ter�a-feira) com o Lewandowski e ele disse que s� depois da den�ncia ele marcar� a data, ou estaria fazendo ju�zo de valor antecipado”, disse Lira. O STF, que preside a �ltima fase do processo de impeachment, divulgou nota no �ltimo fim de semana afirmando que a data do in�cio do julgamento seria 29 de agosto.


A vota��o do relat�rio na comiss�o especial est� marcada para hoje. Depois, o texto segue para an�lise no plen�rio do Senado. Caso a maioria dos senadores aprove o parecer do tucano, haver� o julgamento final da presidente, que pode afast�-la definitivamente do cargo.

‘PAIX�O PARTID�RIA


Ao fazer sua �ltima participa��o na comiss�o do impeachment, o advogado de Dilma Rousseff, Jos� Eduardo Cardozo, disse que o senador Antonio Anastasia agiu por “paix�o partid�ria” e n�o por rigor legal. Segundo Cardozo, para tentar provar que a petista cometeu algum crime, Anastasia fez “malabarismos ret�ricos” na elabora��o de seu relat�rio.


“Tinha grande expectativa sobre o relat�rio do nobre relator,  conhe�o-o bem. Conseguiria o senador se libertar da paix�o partid�ria e olhar os autos, as provas, para buscar a verdade ao inv�s da paix�o. Comtoda a v�nia, n�o conseguiu. N�o conseguiu captar a verdade dos autos e foi obrigado a fazer algumas concess�es, n�o por m�-f� e sim pela paix�o (partid�ria). � a paix�o que turva os fatos”, disse o ex-ministro.

O senador Anastasia disse que, como a �ltima palavra sempre � da defesa, ele responderia em outra oportunidade as “doutas e inteligentes” afirma��es do nobre advogado. “A despeito da paix�o, n�o posso falar neste momento. Sou at� muito criticado por ser frio”, disse Anastasia.

A reta final

Confira o cronograma do impeachment

» Hoje
Est� prevista a vota��o pelos senadores da comiss�o especial do parecer lido na ter�a-feira pelo relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG)

» Amanh�
In�cio da leitura do parecer em plen�rio, caso o texto seja aprovado hoje

» Ter�a-feira (9/8)
In�cio da discuss�o e vota��o do parecer no plen�rio principal do Senado. Sess�o pode se estender pela madrugada de quarta-feira. Se os senadores aprovarem, por maioria simples, eventual parecer pela proced�ncia da den�ncia, Dilma Rousseff vai a julgamento final.
Contam-se, ent�o, prazos para os autores da den�ncia apresentarem a consolida��o das acusa��es e provas produzidas e tamb�m o nome das testemunhas. Em seguida, a defesa ter� 48 horas para apresentar uma resposta, a contrariedade ao apresentado pela acusa��o, e tamb�m uma lista de testemunhas. Somente ap�s vencerem todos os prazos e tr�mites, o julgamento ser� marcado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

» 25 ou 26/8
S�o as duas datas ainda indefinidas para vota��o em plen�rio sobre o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff

» 29 ou 30/8
� a previs�o do Pal�cio do Planalto, confirmada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, para o t�rmino do processo em plen�rio

» 2 de setembro
� quando o presidente em exerc�cio Michel Temer embarca para a China para representar o pa�s na c�pula do G-20, que ocorre entre 4 e 5 de setembro


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