Falc�o diz que PT faz defesa 'incondicional' do mandato de Dilma

Bras�lia, 06 - O presidente do PT, Rui Falc�o, negou neste s�bado que tenha procurado a presidente afastada, Dilma Rousseff, ap�s dizer que considerava "invi�vel" a realiza��o de um plebiscito para antecipar as elei��es presidenciais de 2018. A proposta de consulta popular � um dos principais pontos da carta que Dilma enviar� aos senadores, na pr�xima semana, depois da primeira vota��o em plen�rio no julgamento do processo de impeachment.

Em nota, a assessoria de imprensa do PT diz que "ao contr�rio do divulgado na edi��o deste s�bado no jornal O Estado de S. Paulo e pela Ag�ncia Estado", Falc�o n�o procurou Dilma para desfazer qualquer mal-estar. "At� porque a defesa que ele e o PT fazem do mandato leg�timo da presidenta Dilma � permanente, firme e incondicional", afirma a nota. Falc�o diz ainda que n�o conversou por telefone com o ex-ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, hoje chefe da equipe de "pronta resposta" de Dilma, mas, sim, com o assessor Giles Azevedo "para tratar de outro assunto", que n�o especifica.

A reportagem do Estado apurou, no entanto, que o presidente do PT telefonou nesta sexta-feira para Berzoini, que depois conversou com Dilma, na tentativa de superar o problema. Giles e o ex-ministro da Previd�ncia Carlos Gabas estavam no Pal�cio da Alvorada naquele momento. A presidente afastada est� contrariada com declara��es dadas por Falc�o por avaliar que, neste momento, o partido deveria demonstrar unidade em torno de sua defesa.

A tens�o entre Dilma e a c�pula do PT aumentou nos �ltimos dias. Na ter�a-feira, em entrevista � revista F�rum, ela disse que o partido precisa admitir erros, do ponto de vista �tico, e passar por uma "grande transforma��o".