Bras�lia - O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do processo de impeachment, defendeu nesta ter�a-feira, 9, que o plen�rio do Senado aprove a den�ncia e transforme a presidente afastada, Dilma Rousseff, em r� por ter cometido crime de responsabilidade. "Confio que o Senado aprove a pron�ncia de Dilma, para que ela seja julgada", disse Anastasia.
Anastasia disse que respeita a opini�o do procurador da Rep�blica no Distrito Federal Ivan Marx sobre a n�o exist�ncia das pedaladas, mas afirma que a pr�tica foi reiterada em 2015 e amortizada apenas ao fim do ano passado.
Ele tamb�m afirmou que a Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF) n�o pro�be pol�ticas contrac�clicas, mas exige que elas sejam aprovadas pelo Congresso.
Da tribuna, o relator defendeu que objetivo do impeachment n�o era punir, mas proteger a Constitui��o com afastamento de um presidente que coloca em risco seus valores. Defendendo que Dilma cometeu crime de responsabilidade, ele afirmou tamb�m que � preciso verificar se um eventual retorno da petista n�o "representaria risco para as contas p�blicas".
O tucano tamb�m rebateu a tese de que o ex-presidente da C�mara e deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) agiu por vingan�a ao deflagrar o processo de impeachment em dezembro do ano passado e defendeu que n�o h� fundamento nas acusa��es de que o afastamento de Dilma tinha como objetivo "deter" o avan�o das investiga��es da Opera��o Lava Jato. "O argumento de que existe um conluio nesta Casa para afastar a presidente atinge as raias do desrespeito", disse.
A sess�o que decide se Dilma se tornar� r� no processo de impeachment est� sendo presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. A previs�o � que o debate no plen�rio do Senado se estenda at� a madrugada. Pela manh�, o magistrado negou todas as quest�es de ordem apresentadas por aliados da petista que tinham como objetivo suspender o andamento do processo.