Bras�lia - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, autorizou abertura de investiga��o eleitoral do PMDB e do PP, atendendo pedido feito pela corregedora-geral da Justi�a Eleitoral, a ministra Maria Thereza de Assis Moura. Na ter�a-feira, a corregedora havia pedido que fossem abertas investiga��es contra os dois partidos com base nas investiga��es da Opera��o Lava-Jato. O pedido foi feito ao presidente do TSE, que na semana passada solicitou apura��o semelhante sobre o uso de verbas p�blicas da Petrobras, mas com rela��o ao PT. “Constato, nesta an�lise preliminar da documenta��o, ind�cios de pr�ticas ilegais tanto por parte do PT, quanto pelo PP e pelo PMDB”, alegou a corregedora, que cita depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef, personagens centrais da Lava-Jato.
Tamb�m na ter�a-feira os processos relacionados ao PP e ao PMDB foram encaminhados a Gilmar Mendes, que havia pedido � ministra a abertura de investiga��es contra o PT. A ministra decidiu pela abertura da investiga��o contra o PT. Ela entendeu que a quest�o n�o deve ser analisada somente pelo corregedor. Durante o debate a respeito da quest�o de ordem apresentada, o ministro Henrique Neves pediu vista.
PLEN�RIO
No despacho de Gilmar Mendes que abre os processos contra o PP e o PMDB, o ministro lembra os pedidos de vista de Henrique Neves e de livre distribui��o feito pela ministra e diz que os processos contra o PP e o PMDB devem ser distribu�dos “na forma que vier a ser definida pelo plen�rio”. As investiga��es, ent�o, s� ter�o in�cio depois que o plen�rio decidir sobre a quest�o de ordem apresentada. A previs�o � que o julgamento seja retomado no pr�ximo dia 23.
A Opera��o Lava-Jato investiga o pagamento de propinas milion�rias envolvendo contratos da Petrobras, pol�ticos, empreiteiros e lobistas.
Amigo de Lula volta para pris�o
S�o Paulo - O juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava-Jato, restabeleceu a pris�o preventiva do pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. A decis�o determina que o pecuarista, atualmente em pris�o domiciliar, se apresente � Pol�cia Federal em 23 de agosto. Bumlai, de 71 anos, � acusado de corrup��o passiva, lavagem de dinheiro e por crimes financeiros no emblem�tico empr�stimo de R$ 12 milh�es da Schahin para o PT em 2004. Ele havia sido custodiado preventivamente, por ordem de Moro, em novembro de 2015, na Opera��o Passe Livre, desdobramento da Lava-Jato.
O magistrado, a pedido da defesa de Bumlai e contrariamente � manifesta��o do Minist�rio P�blico Federal, em mar�o, concedeu pris�o domiciliar para que o pecuarista tratasse um tumor na bexiga. Durante o tratamento, Bumlai passou por uma cirurgia card�aca e teve a pris�o domiciliar ampliada at� 19 de agosto.
A defesa de Bumlai pediu nova amplia��o do prazo e a Procuradoria da Rep�blica se manifestou de maneira contr�ria. Desta vez, Moro negou a prorroga��o da pris�o domiciliar do pecuarista e ordenou que Bumlai se apresente � Pol�cia Federal. “No momento, ap�s cinco meses de pris�o domiciliar, a situa��o de sa�de do acusado mostra-se estabilizada. Houve ressec��o do tumor e o tratamento medicamentoso posterior foi quase totalmente finalizado. O tratamento medicamentoso do tumor foi interrompido e � poss�vel que sequer seja retomado, passando o acusado apenas a ser submetido a exames peri�dicos para acompanhar o controle da doen�a”, afirmou Moro.
O juiz declarou que os exames, a reabilita��o card�aca e o recebimento de medicamentos para controle dos problemas de sa�de podem ser feitos, “sem qualquer dificuldade, em Curitiba, no pr�prio Complexo M�dico Penal, no qual o acusado estava previamente recolhido, ou, eventualmente, se necess�rio por sa�das peri�dicas para hospitais privao.
A advogada Daniella Meggiolaro, que defende Bumlai, afirma que o pecuarista n�o vai criar obst�culos �s investiga��es. “Nos �ltimos cinco meses Bumlai cumpre pris�o domiciliar, sendo monitorado 24 horas por dia, comparecendo a todos os atos aos quais � chamado e prestando relevantes informa��es �s autoridades, como reconheceu, inclusive, o pr�prio ju�zo de Curitiba. N�o h�, como nunca existiu, nenhuma necessidade de retorno ao Complexo M�dico Penal”.