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Estado de Minas

"Va�mos es�ta�ti�zar o trans�por�te p��bli�co de BH!", diz Vanessa Portugal

Mes�mo com ape�nas se�te se�gun�dos na TV, pro�fes�so�ra acre�di�ta que con�se�gui�r� man�dar seu re�ca�do


postado em 12/08/2016 00:12 / atualizado em 12/08/2016 08:01

(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Vanessa Portugal, 42 anos, professora de ci�ncias da rede municipal, candidata a prefeita pelo PSTU, ter� entre dois e sete segundos no hor�rio eleitoral. Tempo insuficiente para dizer seu nome, o cargo que disputa e o n�mero da legenda. Mas isso n�o assusta a candidata, que considera antidemocr�tica a forma como o hor�rio eleitoral � dividido. Para ela, em nome de direitos iguais na disputa, todos os candidatos deveriam ter o mesmo tempo. Mas, segundo ela, mesmo sem tempo na televis�o o partido vai disputar para levar sua proposta de um “governo para a classe trabalhadora” e sem fazer acordos “esp�rios” como, segundo ela, os feitos pelo PT durante os anos em que governou o pa�s. Defensora do fora todos eles (Dilma Rousseff, Michel Temer e todo o Parlamento), a candidata prega a estatiza��o do servi�o de transporte p�blico e diz que o maior problema da capital mineira � uma gest�o voltada para a iniciativa privada e n�o para os interesses da popula��o. “Se a prefeitura � menos atrelada �s empreiteiras, �s empresas privadas de transporte, � poss�vel que voc� reverta a situa��o”, defende.

 

Por que o elei­tor de Be­lo Ho­ri­zon­te de­ve vo­tar na se­nho­ra pa­ra pre­fei­ta?
Por­que nos­sa can­di­da­tu­ra � in­de­pen­den­te das gran­des em­pre­sas e gru­pos eco­n�­mi­cos. Es­t� com­pro­va­do no �l­ti­mo pe­r�o­do que is­so � um mal pa­ra o Es­ta­do bra­si­lei­ro e pa­ra os mu­ni­c�­pios, pois es­se atre­la­men­to dos go­ver­nos com as gran­des em­pre­sas im­pe­de que ha­ja in­ves­ti­men­tos pa­ra ga­ran­tir boas con­di­ï¿½ï¿½es de vi­da pa­ra a clas­se tra­ba­lha­do­ra. H� mui­tos anos de­nun­cia­mos is­so e mos­tra­mos ao lon­go dos anos uma coe­r�n­cia em re­la­ï¿½ï¿½o a is­so e sem­pre nos pro­pu­se­mos a lan­ï¿½ar can­di­da­tos da clas­se tra­ba­lha­do­ra.


Qual � o maior pro­ble­ma da ci­da­de e co­mo pre­ten­de re­sol­v�-lo?
O maior pro­ble­ma de Be­lo Ho­ri­zon­te � uma ges­t�o vol­ta­da pa­ra a ini­cia­ti­va pri­va­da e n�o pa­ra a po­pu­la­ï¿½ï¿½o. Por exem­plo, o trans­por­te na ci­da­de � al­ta­men­te pre­c�­rio. BH � uma das pou­cas ca­pi­tais do pa�s que n�o tem me­tr� de ver­da­de, tem ape­nas um me­tr� pe­que­no, que n�o aten­de a qua­se nin­gu�m. Tam­b�m n�o exis­te pro­gra­ma de mo­ra­dia na ci­da­de, o que exis­te � uma ex­pul­s�o ca­da vez maior dos tra­ba­lha­do­res, n�o mais pa­ra as pe­ri­fe­rias, mas pa­ra a Re­gi�o Me­tro­po­li­ta­na de Be­lo Ho­ri­zon­te. H� ain­da uma pre­ca­rie­da­de da sa�­de e da edu­ca­ï¿½ï¿½o que s�o pro­ble­mas ge­rais. E es­sa fal­ta es­tru­tu­ra ur­ba­na ge­ra tam­b�m au­men­to da vio­l�n­cia, que � con­se­qu�n­cia des­sa au­s�n­cia do es­ta­do. To­dos es­ses pro­ble­mas exis­tem por­que a �l­ti­ma ges­t�o prio­ri­za ad­mi­nis­trar pa­ra o se­tor pri­va­do e n�o pa­ra aten­der a maio­ria da po­pu­la­ï¿½ï¿½o.

Mas co­mo re­sol­ver to­das es­sas ques­t�es?
Se vo­c� tem uma l�­gi­ca de ar­re­ca­dar im­pos­tos de quem tem di­nhei­ro pa­ra pa­gar e in­ves­tir nos ser­vi­ï¿½os que a po­pu­la­ï¿½ï¿½o pre­ci­sa � pos­s�­vel fa­zer mui­tas coi­sas. Cla­ro que vo­c� n�o mu­da na­da de uma vez, mas d� pa­ra dar pas­sos gi­gan­tes­cos. Se a pre­fei­tu­ra � me­nos atre­la­da �s em­prei­tei­ras, �s em­pre­sas pri­va­das de trans­por­te, � pos­s�­vel que vo­c� re­ver­ta a si­tua­ï¿½ï¿½o. O trans­por­te ur­ba­no co­le­ti­vo, por exem­plo, � um ser­vi­ï¿½o p�­bli­co que ho­je es­t� nas m�os das em­pre­sas pri­va­das, que de­ter­mi­nam o pre­ï¿½o da pas­sa­gem, o n�­me­ro de via­gens e a qua­li­da­de dos �ni­bus. Mas � pos­s�­vel ter uma em­pre­sa de fa­to mu­ni­ci­pal e me­tro­po­li­ta­na, uma em­pre­sa de trans­por­te p�­bli­co mu­ni­ci­pal, que te­nha o con­tro­le do ser­vi­ï¿½o e tra­ba­lhe pa­ra a po­pu­la­ï¿½ï¿½o e n�o pe­lo lu­cro.

A so­lu­ï¿½ï¿½o se­ria en­t�o, na sua ava­lia­ï¿½ï¿½o, es­ta­ti­zar o trans­por­te p�­bli­co?
� im­por­tan­te que as pes­soas en­ten­dam que o ser­vi­ï¿½o p�­bli­co � obri­ga­ï¿½ï¿½o do Es­ta­do e di­rei­to da po­pu­la­ï¿½ï¿½o. Ele es­t� nes­se rol as­sim co­mo a sa�­de e a edu­ca­ï¿½ï¿½o, mas foi pri­va­ti­za­do. En­t�o, en­ten­de­mos que aqui­lo que � obri­ga­ï¿½ï¿½o do Es­ta­do e di­rei­to da po­pu­la­ï¿½ï¿½o tem que ser ofe­re­ci­do di­re­ta­men­te pe­lo Es­ta­do pa­ra a po­pu­la­ï¿½ï¿½o pa­ra que n�o te­nha um in­ter­me­dia­dor, cu­jo �ni­co ob­je­ti­vo � o lu­cro.

O PS­TU per­deu uma le­va de fi­lia­dos por cau­sa da pos­tu­ra do par­ti­do de n�o se po­si­cio­nar con­tra o im­pea­ch­ment. Qual sua ava­lia­ï¿½ï¿½o so­bre es­sa pos­tu­ra do par­ti­do?
O PS­TU n�o tem uma po­si­ï¿½ï¿½o a fa­vor do im­pea­ch­ment, por­que en­ten­de­mos que o Con­gres­so Na­cio­nal n�o tem mo­ral, mas n�o te­mos uma po­si­ï¿½ï¿½o a fa­vor do go­ver­no, por is­so a nos­sa po­si­ï¿½ï¿½o � fo­ra to­dos, por­que h� de fa­to um des­con­ten­ta­men­to gran­de com o go­ver­no Dil­ma. Hou­ve um es­te­lio­na­to elei­to­ral. O que ela pro­me­teu na cam­pa­nha n�o cum­priu. E o PT n�o es­ta­va au­to­ri­za­do a fa­zer as ban­da­lhei­ras que ele fez. Cla­ro que tem exa­ge­ros, cla­ro que a di­rei­ta e a gran­de im­pren­sa fa­zem apa­re­cer mais as coi­sas que o PT fez do que as que o PS­DB fez, mas is­so n�o sig­ni­fi­ca que o PT n�o fez. En­t�o n�s te­mos uma po­si­ï¿½ï¿½o con­tr�­ria ao go­ver­no Dil­ma e con­tr�­ria ao go­ver­no Te­mer. E sem­pre cri­ti­ca­mos o PT pe­las alian­ï¿½as que fez, pe­las alian­ï¿½as com o PMDB, com o Sar­ney e aqui em Be­lo Ho­ri­zon­te com o PS­DB pa­ra ele­ger o pre­fei­to Mar­cio La­cer­da.

Qual a so­lu­ï¿½ï¿½o? Se sair Dil­ma e Te­mer fi­ca­ria o que?
Pro­po­mos elei­ï¿½ï¿½es ge­rais, mas sob no­vas re­gras. Mas elas v�o re­sol­ver os pro­ble­mas? N�o. O PS­TU des­de sem­pre tem uma for­mu­la que � s� o po­vo or­ga­ni­za­do � que mu­da sua rea­li­da­de. Es­ses que se ele­gem den­tro das re­gras das elei­ï¿½ï¿½es con­tro­la­das pe­las gran­des em­pre­sas n�o v�o mu­dar a re­gra do jo­go. Quem go­ver­na es­te pa�s nun­ca saiu do po­der. Quem go­ver­na es­te pa�s s�o os ban­cos, as gran­des em­prei­tei­ras, as mul­ti­na­cio­nais e elas es­ta­vam no po­der com o PT, com o PS­DB, com o PMDB e con­ti­nuam no po­der com o Te­mer.


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