(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dilma ser� ouvida hoje no Senado em �ltima tentativa de salvar o cargo

Afastada h� 110 dias, a presidente tenta evitar perda definitiva da Presid�ncia. Aliados e opositores tra�aram as estrat�gias para a sess�o


postado em 29/08/2016 06:00 / atualizado em 29/08/2016 07:32

Dilma vai ser dura no discurso, mas a estratégia é evitar provocações (foto: Carlos Moura / CB / D.A. Pres)
Dilma vai ser dura no discurso, mas a estrat�gia � evitar provoca��es (foto: Carlos Moura / CB / D.A. Pres)

A presidente afastada Dilma Rousseff (PT) d� nesta segunda-feira a �ltima cartada na tentativa de convencer pelo menos 28 dos 81 senadores que n�o cometeu crime de responsabilidade que justifique o seu impeachment.

A partir das 9h ela estar� na tribuna do Senado para seu discurso de defesa antes do julgamento, marcado para ter�a-feira.

A expectativa � que Dilma chegue ao local acompanhada por uma comitiva de 35 pessoas, entre elas o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e ex-ministros do seu governo. O depoimento ter� dura��o de 30 minutos, tempo que poder� ser estendido pelo presidente da sess�o, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski.


Na primeira vez em que ela estar� no Congresso desde o seu afastamento, h� 110 dias, aliados da petista defendem um discurso duro e forte, justificando que s� est� respondendo a um processo de afastamento porque n�o cedeu �s press�es para barrar as investiga��es da Opera��o Lava-Jato, que desbaratou um esquema de pagamento de propina a pol�ticos de diversos partidos a partir de contratos da Petrobras, maior estatal brasileira.

A orienta��o do grupo ligado a Dilma e do ex-advogado-geral da Uni�o e respons�vel pela defesa dela, Jos� Eduardo Cardozo, � que a petista n�o caia em provoca��es feitas por senadores advers�rios.


Ainda h� d�vida sobre o uso das express�es “golpe” ou “golpista” durante o pronunciamento. Mas Dilma Rousseff recebeu orienta��es para citar o �udio no qual o senador Romero Juc� (PMDB-RR) afirma a S�rgio Machado, ex-presidente da Transpetro, que � preciso mudar o governo para “estancar a sangria” da Lava-Jato e impedir o avan�o das investiga��es.

A petista tamb�m dever� apelar para o emocional ao relembrar seu passado de militante de esquerda e a persegui��o pela ditadura militar, destacando que mais uma vez est� sendo julgada por um crime que n�o cometeu.

O teor do discurso da presidente afastada foi discutido na semana passada com Lula, que chegou ontem � noite a Bras�lia e esteve reunido com ela Ainda n�o se sabe se ele permanecer� no plen�rio ou em sala separada durante o discurso de Dilma.


QUESTIONAMENTOS


Depois do pronunciamento, representantes da acusa��o, defesa e senadores poder�o fazer perguntas � presidente, mas ela n�o � obrigada a respond�-los. Assessores dizem, no entanto, que ela n�o deixar� questionamento sem resposta.

Antes de entrar no Senado, Dilma dever� falar para manifestantes contr�rios ao impeachment que pretendem fazer um ato na Esplanada dos Minist�rios. A Central �nica dos Trabalhadores (CUT) est� programando atos na Esplanada e no Pal�cio da Alvorada, resid�ncia de Dilma.


No dia 16, Dilma leu uma mensagem aos senadores no qual alegou ser inocente das acusa��es de ter cometido crime de responsabilidade ao adotar as chamadas “pedaladas fiscais” e editar decretos sem a autoriza��o do Congresso nacional, e defendeu a realiza��o de um plebiscito para ouvir a popula��o brasileira sobre a possibilidade de antecipa��o da elei��o presidencial – marcada para outubro de 2018 – como forma de tentar salvar seu mandato.

Mas a avalia��o � que o discurso n�o alterou a tend�ncia de votos no Senado, que amanh� deve confirmar a cassa��o do mandato da petista.


A presen�a da presidente afastada no Senado demandar� uma estrutura especial. Al�m de parte do gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), estar� � disposi��o da petista a tribuna de honra do plen�rio, onde poder�o ser acomodados seus auxiliares e aliados, entre eles seu principal padrinho pol�tico, o ex-presidente Lula.

A lista de pessoas que v�o acompanhar Dilma na sess�o tem ainda 18 ex-ministros – como Jaques Wagner (Casa Civil) e Aloizio Mercadante (Educa��o) –, presidentes de partidos – entre eles Rui Falc�o (PT) e Carlos Lupi (PDT) – e assessores que a acompanham no Pal�cio da Alvorada.

PEDALADA FINAL
Vinte quatro horas antes de um dos momentos mais aguardados dos �ltimos anos da pol�tica nacional, a presidente afastada Dilma Rousseff dedicou a manh� de ontem aos exerc�cios f�sicos.

O percurso de bicicleta nos arredores do Pal�cio da Alvorada, no entanto, foi al�m do habitual. A petista pedalou bastante e, aparentando bom humor durante todo o treino, ignorou o tempo quente e seco que j� predominava na manh� de ontem em Bras�lia.(Com ag�ncias).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)