
O norte-americano The New York Times destacou o intenso debate que tomou conta do pa�s sobre o fato de Dilma ter cometido ou n�o crimes contra a Constitui��o. “Para muitos cr�ticos, o impedimento foi uma queda justa para uma l�der arrogante e representante de um partido que se perdeu no poder. J� os cr�ticos ao processo chamam o processo de golpe de Estado, que atacou a jovem democracia brasileira”, avaliou o jornal.
Alguns ve�culos europeus apontaram a presen�a de parlamentares corruptos no julgamento de Dilma. “A primeira presidente mulher do Brasil foi destitu�da do cargo por um Senado manchado por corrup��o depois de um duro julgamento que p�e fim ao per�odo de 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores”, diz a mat�ria do peri�dico brit�nico The Guardian.
O jornal norte-americano The Washington Post, o processo de impedimento da petista pode acabar “alienando ainda mais eleitores desencantados com o sistema pol�tico no Brasil”. O jornal cita os baixos �ndices de popularidade de Dilma nos �ltimos anos em que ficou no poder, mas cita que o novo presidente tamb�m enfrenta grande rejei��o das ruas.
Em artigo editorial, o jornal"Clar�n", da Argentina, destaca a dificuldade para que o novo governo aprove uma agenda de austeridade nos pr�ximos meses e cita que o Brasil caminha para um “buraco negro ao contornar as elei��es”. O editorial ressalta que Dilma reagiu tardiamente � queda na economia e que o Congresso barrou medidas de austeridade que ela tentou implementar em 2015, e afirma que "todos s�o culpados" pela situa��o atual.
Para o analista pol�tico dos pa�ses latinos da rede brit�nica BBC, Daniel Gallas, o processo de impeachment levantou v�rias quest�es sobre as institui��es democr�ticas no Brasil. “Senadores e brasileiros sabem que a quest�o de condenar a sra. Rousseff foi muito al�m de apenas decidir tecnicamente se ela � realmente culpada ou n�o”, cita Gallas.
Am�rica Latina
O La Naci�n tamb�m noticia a sa�da de Dilma com destaque. O di�rio argentino qualifica o processo de impeachment do pa�s vizinho como "pol�mico, intenso e dram�tico". O La Naci�n lembra que Temer assumir� o cargo e cumprir� o restante do mandato, at� o fim de 2018, com o "dif�cil desafio de tirar o Brasil da pior recess�o desde a d�cada de 1930".
"� curioso que o Congresso tenha deposto Dilma Rousseff quando um pol�tico acusado de corrup��o diretamente pelo Supremo Tribunal Federal ainda sobrevive no cargo de deputado. Este � Eduardo Cunha, ex-chefe da Casa, tamb�m respons�vel por ter deflagrado o julgamento contra o ex-presidente.
A rede Telesur, projeto de v�rios pa�ses, como Venezuela, Cuba, Argentina e Uruguai, afirma que "se consuma o golpe de Estado" no Brasil, com a destitui��o de Dilma pelos senadores. A emissora lembra, em sua reportagem sobre o tema, que o Nobel da Paz argentino Adolfo P�rez Esquivel qualificou o quadro brasileiro como um "golpe brando".
O jornal peruano El Comercio tamb�m registrou os acontecimentos deste dia em Bras�lia. Segundo o peri�dico, com a vota��o do Senado "se encerra uma sangria pol�tica que h� nove meses mantinha pendente a maior economia da Am�rica Latina". O di�rio tamb�m lembra a "forte crise econ�mica" e os protestos recentes no Pa�s.
A vers�o online do jornal chileno "O Merc�rio" lembra que Temer n�o tem assegurado a sua continuidade at� 2018, uma vez que o Tribunal Superior Eleitoral julga se houve "transfer�ncia de fundo estatais" para a campanha de Dilma em 2014. "Caso seja dada a luz verde, toda a chapa estaria prejudicada, incluindo o atual presidente em exerc�cio", afirma a mat�ria.
J� o uruguaio El Observador destacou que o plen�rio do Senado "irrompeu a cantar o hino nacional" no momento em que se anunciou a decis�o, mas foi interrompido pela nova vota��o sobre a inelegibilidade e perda de fun��es p�blicas de Dilma, que foi rejeitado por 42 votos a 36.
E por fim, O jornal mexicano El Universal disse em sua reportagem sobre o tema que o julgamento pol�tico contra Dilma � "pol�mico" e recorda a discuss�o sobre as "pedaladas fiscais". Segundo o di�rio, o processo contra a presidente agora deposta ocorreu em meio a "v�rios esc�ndalos de corrup��o que salpicam praticamente toda a classe pol�tica do pa�s".