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Estado de Minas

Eduardo Cunha articula para esvaziar vota��o de cassa��o

O movimento de esvaziamento tem como alvo o PMDB e legendas do Centr�o - grupo de 13 partidos liderados por PP, PSD, PTB e Solidariedade


postado em 04/09/2016 09:01 / atualizado em 04/09/2016 12:08

(foto: Lula Marques/ AGPT )
(foto: Lula Marques/ AGPT )

Com a proximidade do julgamento final de seu processo de cassa��o, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) intensificou as articula��es para tentar salvar seu mandato. Suspenso do exerc�cio parlamentar e sem a presid�ncia da C�mara dos Deputados, o peemedebista passou a se dedicar mais � sua defesa e tenta reagrupar sua “tropa de choque” na Casa, dispersa por causa da campanha eleitoral municipal.

Na semana passada, l�deres aliados de Cunha passaram a fazer um levantamento em suas bancadas para saber quais deputados pretendem comparecer � vota��o, marcada para a segunda-feira da pr�xima semana. O peemedebista sabe que os parlamentares que estiverem presentes no plen�rio dificilmente votar�o abertamente a seu favor �s v�speras das elei��es. Por isso, articula para que os deputados faltem � sess�o.

O movimento de esvaziamento tem como alvo o PMDB e legendas do Centr�o - grupo de 13 partidos liderados por PP, PSD, PTB e Solidariedade. Para que o deputado afastado seja cassado pelo plen�rio da C�mara, bastam 257 votos favor�veis � condena��o - a Casa tem 513 deputados. Os parlamentares que se ausentarem, portanto, estar�o ajudando o peemedebista.

Em outra frente, Cunha tenta convencer seus aliados a repetir, na vota��o de sua cassa��o na C�mara, o precedente aberto com o fatiamento do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, na quarta-feira. A estrat�gia � tentar aprovar uma pena mais branda, por meio da apresenta��o de uma emenda.

Nesta semana, Cunha tamb�m come�ou a entregar cartas aos deputados na qual reafirma sua defesa. No documento, diz que j� foi punido ao ter de renunciar � presid�ncia da C�mara, em 7 de julho, e que uma eventual cassa��o vai “destruir a vida dele e da fam�lia”. “Pe�o que tome sua decis�o com isen��o sobre a sua gravidade, cuja consequ�ncia � tamanha, a ponto de destruir a minha vida e principalmente a da minha fam�lia.”

O peemedebista pede ainda que os deputados se atenham ao m�rito da representa��o que pede sua cassa��o. Ele lembra que ser� julgado sob acusa��o de ter mentido � Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Petrobr�s em 2015, de que n�o possu�a contas secretas no exterior; e n�o por outras acusa��es contra ele, que ainda ser�o julgadas pelo Supremo Tribunal Federal.

Cunha continua morando em um apartamento funcional da C�mara no fim da Asa Sul, em Bras�lia, mesmo estando suspenso do mandato desde 5 de maio, por decis�o do STF. O local passou a ser o escrit�rio pol�tico do peemedebista na capital federal. � l� onde ele passa praticamente todo o dia durante a semana e de onde despacha com advogados e com aliados.

Campanha. As visitas de aliados, por�m, diminu�ram com o in�cio da campanha para as elei��es municipais. Um dos principais membros da “tropa de choque” de Cunha, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse que ainda n�o conseguiu visitar o peemedebista no apartamento funcional. “Tenho me dedicado mais � campanha dos meus aliados no Mato Grosso do Sul.”

De acordo com aliados, a comunica��o entre eles e Cunha est� mais dif�cil. Embora seja um habitual usu�rio do WhatsApp, o peemedebista prefere conversar sobre sua estrat�gia de defesa pessoalmente. No entanto, a campanha tem reduzido a ida dos deputados � Bras�lia, j� que ficam mais nos Estados, para se dedicar �s suas pr�prias campanhas ou � de aliados.

Cunha costuma passar a semana em Bras�lia e viaja ao Rio de Janeiro, cidade onde mora sua fam�lia, apenas nos fins de semana. Geralmente vai para a capital federal �s segundas ou ter�as-feiras e volta � capital fluminense �s quintas ou sextas-feiras. �s vezes, altera a rotina e viaja para S�o Paulo ou Rio na semana, para acompanhar audi�ncias de processos dos quais � alvo.

Desde agosto, a maioria dos trajetos passou a ser feito em voos comerciais, e n�o mais em jatinhos particulares que Cunha contratava logo ap�s perder o direito de usar avi�es da For�a A�rea Brasileira (FAB).


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