
O secret�rio municipal de Governo e Rela��es Institucionais, Edvaldo Santos de Andrade, denunciado pelo Minist�rio P�blico por comandar o esquema, teve a pris�o preventiva decretada pela Justi�a e efetuada pela Pol�cia Civil na manh� dessa quinta-feira (8). No mesmo dia, tamb�m foram cumpridos 46 mandados de busca e apreens�o na casa do secret�rio e na Prefeitura de Mariana.
De acordo com o Minist�rio P�blico, o secret�rio anulou licita��o ganha pela Cooperativa de Transporte Urbano e Rural (Coopertur) para colocar no lugar, sem processo licitat�rio, a Cooperativa dos Empreendedores em Transporte Municipal, Intermunicipal e Interestadual de Passageiros e Cargas (Coopercar). Ele teria feito isso, conforme o MP, em troca de benef�cios para ele e seus comparsas. "O denunciado (secret�rio de governo) dispensou licita��o fora das hip�teses previstas em lei e deixou de observar as formalidades pertinentes � dispensa, bem como tentou afastar licitante, por meio de fraude", disse o promotor respons�vel pelo caso, Guilherme de S� Meneghin.
Tamb�m de acordo com o promotor, a contrata��o da Coopercar foi "maculada de v�rios v�cios". Entre elas, o capital social da cooperativa de apenas R$ 20 mil. "Totalmente incompat�vel com a dimens�o dos servi�os contratados, da ordem de R$ 14.602.597,20", destaca o promotor.
O Minist�rio P�blico verificou ainda que n�o consta no Sistema Infoseg/Receita Federal dados essenciais da cooperativa, como endere�o, correio eletr�nico, respons�vel pela empresa ou cooperados de cooperados. Al�m disso, a Coopercar n�o possui sede no endere�o indicado no estatuto social da empresa.
Material de Constru��o
O Minist�rio P�blico informou tamb�m nesta sexta-feira que no dia 17 de agosto passado entrou com duas a��es de busca e apreens�o de materiais de constru��o que teriam sido indevidamente distribu�dos a eleitores por Regiane Maria de Oliveira Gon�alves, secret�ria municipal de Assist�ncia Social, e mulher do prefeito de Mariana, Jo�o Bosco Cerceau Ibrahim e Geraldo Sales, ambos vereadores em Mariana.
O promotor alega que nos meses de junho a agosto de 2016 um esquema teria sido montado para proporcionar apoio pol�tico e capta��o il�cito de votos. Segundo ele, vereadores da base aliada do prefeito repassaram listas com nomes de pessoas para a secret�ria de Assist�ncia Social, que providenciava a entrega de materiais de constru��o (telhas, cimento, padr�es, caixas d’�gua e tijolos).
Procurado, o prefeito de Mariana, por meio de sua assessoria, ficou de dar uma coletiva ainda na tarde desta sexta-feira para comentar as den�ncias.