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Estado de Minas

Planalto abandona Cunha �s v�speras da vota��o de cassa��o

Para o governo, a digital da Presid�ncia numa articula��o favor�vel a Cunha poder� fortalecer os protestos anti-Temer.


postado em 11/09/2016 09:01 / atualizado em 11/09/2016 09:07

Futuro do deputado federal afastado será decidido nesta segunda-feira(foto: Lula Marques/ AGPT )
Futuro do deputado federal afastado ser� decidido nesta segunda-feira (foto: Lula Marques/ AGPT )

A press�o das ruas contra o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e sobre o presidente Michel Temer levou o Pal�cio do Planalto a descartar qualquer possibilidade de ajudar o parlamentar a manter o mandato na sess�o que decidir� o futuro pol�tico dele, marcada para esta segunda-feira na C�mara. Para o governo, a digital da Presid�ncia numa articula��o favor�vel a Cunha poder� fortalecer os protestos anti-Temer.

A cassa��o do ex-todo-poderoso presidente da C�mara, por outro lado, seria a demonstra��o de que a gest�o de Temer n�o tem compromisso com o colega de partido e antigo aliado, a quem o PT tenta atribuir a responsabilidade pelo impeachment de Dilma Rousseff em parceria com o pr�prio presidente.

Segundo um interlocutor de Temer, a press�o das ruas contra Cunha cresceu muito nos �ltimos dias, como se fosse uma “for�a de fora para dentro” e n�o h� como se contrapor a isso. Ainda de acordo com esse assessor, Cunha est� em uma situa��o muito delicada e sabe que n�o poder� ter o apoio de antigos aliados.

Por isso, na reta final do processo de cassa��o do deputado afastado, Temer optou por ficar distante das articula��es para tentar salv�-lo e vai assumir os riscos que a perda do mandato do peemedebista podem significar para o governo - h� expectativa de que Cunha, se cassado e sem direitos pol�ticos, possa tentar uma dela��o premiada na Opera��o Lava Jato, comprometendo correligion�rios e integrantes do Executivo.

Na avalia��o de interlocutores do presidente, o cen�rio neste momento � francamente desfavor�vel ao deputado fluminense. Um desses auxiliares do Planalto lembra que “a onda” � pela cassa��o, diante da press�o da opini�o p�blica. O Placar do Estado mostra que j� h� n�mero de votos suficiente para que ele perca o mandato.

Setores do governo, por�m, estariam sens�veis a um acordo em torno do abrandamento da pena do peemedebista. Anteontem, 8, a defesa de Cunha e um deputado aliado entraram no Supremo Tribunal Federal com um mandado de seguran�a para que o plen�rio da C�mara vote, em vez do parecer pela cassa��o de Cunha, um projeto de resolu��o. A pe�a permite emendas e, consequentemente, a proposi��o de uma pena mais branda, como uma suspens�o tempor�ria.

Esfor�o. �s v�speras da sess�o que julgar� seu futuro pol�tico, Cunha passou os �ltimos dias no apartamento funcional em Bras�lia, longe do s�quito de aliados. Os antigos apoiadores agora se esfor�am cada vez menos na defesa p�blica do deputado afastado e usam a campanha eleitoral para se distanciar do caso. O peemedebista, por sua vez, tenta convencer seus pares a faltar � sess�o ou se abster na vota��o para evitar a cassa��o.

Cunha come�ou a semana passada confiante de que n�o seria cassado. Segundo fontes pr�ximas a ele, a percep��o do deputado afastado era de que o governo havia conseguido neutralizar as investiga��es da Lava Jato e n�o tinha interesse em v�-lo perder o mandato. Com a ajuda de l�deres de alguns partidos do chamado Centr�o, a estrat�gia de Cunha era esvaziar a sess�o de cassa��o e adiar o fim do processo na C�mara.

Levantamentos sobre a inten��o de voto dos parlamentares mudaram, no entanto, essa percep��o. Depois de uma carta emotiva aos parlamentares e mensagens de celular, Cunha passou a telefonar para colegas de C�mara. De acordo com relatos, ele cobra dos antigos aliados os favores e o espa�o concedidos nos tempos em que era o homem mais poderoso da Casa. Dos peemedebistas, pede absten��o e, aos partidos do Centr�o, sugere aus�ncia na sess�o.

‘Julgados’

- Deputados, contudo, afirmam que est�o sendo cobrados em suas bases. “Todo mundo s� me pergunta sobre isso. As pessoas est�o acompanhando”, afirmou o deputado J�lio Delgado (PSB-MG), advers�rio de Cunha.

“Os parlamentares est�o julgando, mas est�o sendo julgados tamb�m. Estou confiante de que teremos qu�rum”, disse o relator do processo, deputado Marcos Rog�rio (DEM-RO). O pr�prio presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aposta que haver� um n�mero elevado de parlamentares e j� admite abrir a vota��o a partir de 400 presentes no plen�rio - e n�o 420 como havia estimado antes. Para se eximir da responsabilidade sobre poss�veis manobras, Maia marcou a sess�o com anteced�ncia, avisou que faltas ser�o descontadas e adiantou que deve negar as quest�es de ordem. Por�m, destacou que as decis�es finais ser�o tomadas pelo plen�rio. “Nada vai cair nas minhas costas.”


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