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Estado de Minas

PF quer dela��o da Schahin sobre pagamentos a 'gar�om de Lula' e Delfim Netto


postado em 12/09/2016 12:13 / atualizado em 12/09/2016 13:02

A Pol�cia Federal negocia com donos da Schahin uma nova colabora��o premiada, nas investiga��es da Opera��o Lava Jato, em Curitiba. O objetivo � esclarecer pagamentos identificados do grupo empresarial para investigados como Carlos Roberto Cortegoso, segundo maior fornecedor da campanha de reelei��o de Dilma Rousseff, e para o sobrinho do ex-ministro do "milagre econ�mico", Delfim Netto.

Um dos donos do Grupo Schahin confessou ter feito, em 2004, empr�stimo de R$ 12 milh�es para o PT, em nome do pecuarista Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Um dos destinos do dinheiro, segundo descobriu a Lava Jato, foi o empres�rio de Santo Andr� (SP) Ronan Maria Pinto - condenado por corrup��o no governo do prefeito assassinado Celso Daniel (PT) -, que usou parte do valor para a compra do jornal "Di�rio do Grande ABC".

O caso virou processo criminal, aberto pelo juiz federal S�rgio Moro e tem como r�u, ainda, o ex-secret�rio-geral do PT S�lvio Pereira e o ex-tesoureiro do partido Del�bio Soares - ambos tamb�m pegos no mensal�o. Nesta segunda, o publicit�rio Marcos Val�rio ser� interrogado, em Curitiba, pelo juiz da Lava Jato. Ele participou da lavagem desses recursos.

Paralelo � a��o penal, em fase final, a Lava-Jato tem um inqu�rito que tem a Schahin como alvo e pode ampliar os focos de investiga��o sobre envolvimento em corrup��o na Petrobras e fora dela. Desde julho, no entanto, o delegado Filipe Hille Pace, da equipe da PF em Curitiba, comunicou a defesa do grupo para uma reuni�o para tratar de eventual colabora��o complementar.

Nela, o delator ou outro executivo do grupo teriam que explicar os pagamentos feitos a um grupo de 13 empresas consideradas suspeitas de ocultar propinas, em inqu�rito com laudos periciais ainda pendentes.

A PF informa em despacho que foi requisitado per�cia financeira e cont�bil sobre os pagamentos feitos pelo Grupo Schahin e por cons�rcios que suas empresas integram. Apesar do laudo n�o ter ficado pronto, o delegado relaciona "algumas transfer�ncias realizadas pelo grupo Schahin a empresas j� investigadas na Opera��o Lava Jato, bem como a outras que, ao que parece, podem ter sido utilizadas de maneira il�cita".

Entre elas a CRLS Consultoria e Eventos, de Cortegoso, a LS Consultoria Empresarial Agro Pecu�ria e Comercial, de Luiz Appolonia Neto, sobrinho de Delfim que j� confessou usar a firma para receber valores para o tio, e outras como a Rock Star Marketing e a Rock Star Produ��es Com�rcio e Servi�os, do lobista e operador de propinas Adir Assad, e a Oliveira Romano Sociedade de Advogados, do ex-vereador do PT e delator Alexandre Romano, o Chambinho.

Dela��o

Salim Schahin fechou acordo de dela��o premiada com a for�a-tarefa da Lava Jato, no �mbito da a��o penal em que foi acusado junto com o pecuarista Jos� Carlos Bumlai pelo empr�stimo fraudulento dos R$ 12 milh�es ao PT, pago ao banco de forma il�cita com contrato dirigido da Petrobras para opera��o do navio-sonda - usado para explora��o de petr�leo em alto mar - Vitoria 10000, em 2009, neg�cio de US$ 1,6 bilh�o.

O empres�rio afirmou no processo que Bumlai levou a reuni�o com o banco o ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares, que teria dito que o empr�stimo estava "aben�oado" por Lula. Del�bio tamb�m � r�u e ser� ouvido nesta segunda-feira por Moro.

Provas

Em despacho de 8 de julho, o delegado defende o instrumento da colabora��o premiada e o direito da pol�cia faz�-lo. "Esclare�o que a colabora��o premiada � t�cnica de investiga��o, verdadeiro meio de obten��o de provas, n�o sendo um mero fim em si mesmo e t�o pouco o �nico elemento a ser utilizado para fundamentar propositura de a��es penais e eventuais condena��es criminais", registra o delegado Pace. Nesse sentido (...), esclare�o que ser�o realizadas tratativas visando a possibilidade de celebra��o de acordo de colabora��o premiada com executivos do grupo Schahin", escreveu.

PT

Os pagamentos para Cortegoso s�o um risco para o PT. Conhecido como o "gar�om de Lula", o empres�rio de S�o Bernardo do Campo virou o fornecedor principal dos palanques e materiais de campanha para o partido. Na disputa de reelei��o em 2014, recebeu R$ 24 milh�es dos petistas - valor abaixo apenas dos R$ 73 milh�es pagos ao marqueteiro Jo�o Santana.

Cortegoso presta servi�os para o PT, principalmente, por sua empresa Focal Comunica��o Visual. A CRLS foi aberta em 2009 e passou a movimentar valores acima dos declarados. O empres�rio � r�u em processo aberto em S�o Paulo, resultado da Opera��o Custo Brasil, que apurou corrup��o e desvios em contratos de empr�stimos consignados dos servidores federais, via Minist�rio do Planejamento. O ex-ministro Paulo Bernardo chegou a ser preso.

O ex-ministro - e sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) - s�o acusados de receberem propinas da empresa Consist Software, pelo contrato milion�rio intermediado pelo minist�rio. A CRLS, de Cortegoso, foi uma das empresas que teria recebido os valores dessa corrup��o, na cota que era dirigida ao PT, segundo acusa o Minist�rio P�blico Federal, em S�o Paulo. A apura��o do suposto envolvimento da senadora com o caso corre em Bras�lia, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Fornecedores

Al�m de doa��es oficiais usadas para ocultar propina das empreiteiras beneficiadas com contratos na Petrobras, a Lava Jato descobriu que pagamentos de fornecedores dos partidos e suas campanhas eram feitos como forma de movimenta��o do dinheiro da corrup��o da Lava Jato e da Custo Brasil.

Cortegoso e o marqueteiro do PT, Jo�o Santana, foram dois dos supostos beneficiados pelo esquema, sustentam os procuradores da Lava Jato e da Custo Brasil - aberta como desmembramento das investiga��es do esc�ndalo da Petrobr�s.

Defesas

O criminalista Guilherme San Juan Ara�jo, que defende os irm�os Salim e Milton Schahin, informou que n�o poderia comentar o caso.

O criminalista M�rcio Decreci, que defende o empres�rio Carlos Roberto Cortegoso, tamb�m informou que n�o poderia comentar a investiga��o da Opera��o Lava Jato, em Curitiba. Segundo ele, seu cliente nunca recebeu recursos de origem il�cita.


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