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Estado de Minas

Prefeito afastado de Montes Claros tem pris�o preventiva decretada, mas n�o � encontrado

Ruy Muniz � considerado foragido da Justi�a


postado em 15/09/2016 16:37 / atualizado em 15/09/2016 17:52

O prefeito afastado de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), foi alvo de nova opera��o do Minist�rio P�blico Estadual e da Pol�cia Civil de Minas Gerais, nesta quinta-feira. Ele teve pris�o preventiva decretada pelo Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) pela suspeita de fraude e desvios de recursos p�blicos na compra de combust�veis da Empresa Municipal de Servi�os Obras e Urbaniza��o (Esurb). O prefeito afastado n�o foi encontrado e � considerado foragido da Justi�a. A defesa dele nega as irregularidades. As investiga��es continuam em andamento.

Muniz � candidato a novo mandato � frente da prefeitura e vinha intensificando a campanha, com caminhadas e v�rias reuni�es nos bairros. A decreta��o da pris�o causou repercuss�o imediata na campanha na cidade. Os aliados dos advers�rios dele – Humberto Souto (PPS), Jairo Ata�de (DEM) e Leninha Souza (PT) – usaram as redes sociais para divulgar o fato. Enquanto correligion�rios do representante do PSB alegam que ele � “v�tima de persegui��o”.

Mesmo com a decreta��o da pris�o, a candidatura de Ruy Muniz a novo mandato � mantida, tendo em vista que foi deferida pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ainda conforme a legisla��o eleitoral, como � candidato, a partir do pr�ximo s�bado (15 dias da elei��o), ele n�o poder� ser preso at� o dia da vota��o.

Foram presos na opera��o “Toler�ncia Zero” o atual presidente da Esurb, Cristiano Junior; e o ex-presidente da empresa p�blica, Leonardo Andrade, atual secret�rio municipal de Desenvolvimento Sustent�vel e Agricultura.

Hospitais


Ruy Muniz j� tinha sido detido em 18 de abril deste ano, pela suspeita de prejudicar hospitais conveniados do SUS em Montes Claros para favorecer um hospital da entidade educacional de sua fam�lia. Inicialmente, ele ficou preso no Pres�dio Regional de Montes Claros e depois passou a cumprir pris�o domiciliar, que foi revogada no final de agosto pelo Tribunal Federal da Primeira Regi�o de Bras�lia.

Na semana passada, Ruy Muniz e a mulher dele, a deputada federal Raquel Muniz (PSD), foram alvo de opera��o da Pol�cia Federal e da Receita Federal, desencadeada para investigar suspeitas fraudes e sonega��o de impostos pelas institui��es de ensino e de sa�de vinculadas � rede educacional, Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), administrada pela fam�lia do casal. Foram cumpridos v�rios mandados de busca e apreens�o e 11 pessoas foram levadas coercitivamente para prestar depoimentos.

Durante as investiga��es da “Opera��o Toler�ncia Zero”, foi verificado que um r�pido aumento de consumo de combust�veis pela frota da Esurb, que passou de 15 mil litros em janeiro de 2013 para 25 mil litros em fevereiro do mesmo ano. Em maio do mesmo ano, o prefeito editou decreto, que  autorizava a Esurb a realizar a subcontrata��o de outras empresas para executar obras p�blicas, permitindo assim, de acordo com as investiga��es, a participa��o de empres�rios investigados de participa��o em esquema fraudulento. Para apenas dois empres�rios foram pagos R$ 7,5 milh�es, que seriam referentes � loca��o de m�quinas.

Promiss�rias


Na opera��o deflagrada nesta quinta-feira tamb�m s�o  investigadas suspeitas de irregularidades na compra da  casa onde reside a familia de Ruy Muniz, localizada no Bairro Ibituruna.  As suspeitas foram levantadas durante a Opera��o Catag�nese, desencadeada em mar�o de 2015 pelo Minist�rio Publico Estadual e Fazenda Estadual, que investigou esquema de desvios de verbas das prefeituras na compra de combust�veis.

Na ocasi�o, foram apreendidas promiss�rias de pagamento da casa em um posto investigado em Montes Claros. Ruy Muniz explicou que as promiss�rias estavam no cofre do posto porque a casa foi adquirida a presta��es da m�e do dono do estabelecimento, sogra do ex-deputado Wilson Cunha, falecido em 2012 e que morava na resid�ncia. Na �poca, ele disse ainda que a vendedora apenas usou o cofre do posto do filho para “guardar” as promiss�rias e que o neg�cio n�o tinha nada a ver com venda de combust�veis para a Esurb. A mesma argumenta��o foi repetida nesta quinta-feira pela advogada Marilda Barbosa, que defende o prefeito afastado.

Tamb�m nesta quinta-feira, um advogado que atuou na quest�o de divis�o de bens do esp�lio do ex-deputado Wilson Cunha disse que a casa foi vendida � fam�lia Muniz por cerca de R$ 4 milh�es, com uma entrada R$ 1 milh�o e outras duas promiss�rias de R$ 1,5 milh�o cada uma. Uma delas dever� ser quitada at� 2017 e outra teve o valor parcelado em R$ 27 mil. Ele tamb�m repetiu a alega��o de que apenas estava sendo usado o cofre do posto para guardar as promiss�rias sem rela��o com a venda de combust�veis para a empresa municipal.


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