O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi preso nesta quinta-feira-feira, em S�o Paulo, na 34ª fase da Opera��o Lava-Jato. A pris�o � tempor�ria, ou seja, tem prazo de at� cinco dias. Na opera��o de hoje est�o sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreens�o, oito de pris�o tempor�ria e oito de condu��o coercitiva em S�o Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia e no Distrito Federal.
A a��o de hoje da Pol�cia Federal foi batizada de Opera��o Arquivo X, que investiga fraude na Petrobras de processo licitat�rio, corrup��o de agentes p�blicos e repasses de recursos a agentes e partidos pol�ticos.
Mantega foi preso no hospital Albert Einstein, no Morumbi, Zona Sul de S�o Paulo, onde acompanhava a mulher, internada para uma cirurgia. A pris�o ocoreu enquantoe le estava no centro cir�rgico.
O ex-ministro j� havia sido conduzido coercitivamente pela Opera��o Zelotes - que investiga venda de decis�es do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), �rg�o ligado ao Minist�rio da Fazenda.
Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais est�o cumprindo as ordens judiciais. A atual fase investiga fatos relacionados � contrata��o pela Petrobras de empresas para a constru��o de duas plataformas (P-67 e P70) usadas para a explora��o de petr�leo na camada do pr�-sal, as chamadas Floating Storage Offloanding (FSPO´s).
Fraude
Nesta nova fase da Lava-Jato, policiais federais investigam fraude do processo licitat�rio, corrup��o de agentes p�blicos e repasses de recursos a agentes e partidos pol�ticos respons�veis pelas indica��es de cargos importantes na Petrobras.
De acordo com a Pol�cia Federal, empresas se associaram na forma de cons�rcio para obter os contratos de constru��o das duas plataformas. Ainda conforme a PF, as empresas consorciadas n�o tinham experi�ncia, estrutura ou preparo para a obra.
D�vidas de campanha
Os policiais federais respons�veos por esta etapa da Lava-Jato afirmam que durante 2012 o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de d�vidas de campanha do PT. Estes valores teriam como destino pessoas j� investigadas na opera��o e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas pol�ticas de petistas.
S�o apuradas as pr�ticas, dentre outros crimes, de corrup��o, fraude em licita��es, associa��o criminosa e lavagem de dinheiro.
A Pol�cia Federal n�o informou quais partidos, al�m do PT, tamb�m est�o envolvidos na opera��o de hoje.
Est� marcada para esta quinta-feira, �s 10 horas, uma coletiva � imprensa para detalhar esta nova fase da Lava-Jato
Nome da Opera��o
O nome “Arquivo X” dado � investiga��o policial � uma refer�ncia a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a coloca��o e repeti��o do “X” nos nomes das pessoas jur�dicas integrantes do seu conglomerado empresarial.
Nos casos dos investigados para os quais foram expedidos mandados de condu��o coercitiva, eles est�o sendo levados �s sedes da Pol�cia Federal nas respectivas cidades onde foram localizados. Os investigados ser�o liberados ap�s serem ouvidos.
Os investigados com pris�o cautelar decretada ser�o levados � sede da Pol�cia Federal em Curitiba, no Paran�, onde ficar�o � disposi��o das autoridades respons�veis pela investiga��o.
Em Minas
O diretor de Neg�cios Industriais da Mendes J�nior, Ruben Costa Val, foi preso pela Pol�cia Federal na manh� desta quinta-feira, em Nova Lima, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, dentro da 34ª fase da Opera��o Lava-Jato. O diretor de Engenharia da construtora, Victorio Duque Semionato (foto acima), foi levado de Rio Acima, tamb�m na Grande BH, para prestar depoimento por mandado de condu��o coercitiva. De acodo com a Pol�cia Federal, ainda h� mandados de busca e apreens�o em BH e em Juiz de Fora, na Zona da Mata.