
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse nesta quinta-feira que a pris�o tempor�ria do ex-ministro Guido Mantega hoje foi "uma infeliz coincid�ncia". Mantega foi preso no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de S�o Paulo, onde acompanhava a mulher, que est� internada para se submeter a uma cirurgia. "Mas n�o h� como n�o cumprir um mandado judicial", justificou o procurador, integrante da for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, que inclui o Minist�rio P�blico, a Pol�cia Federal, a Receita e a Justi�a Federal no Paran�.
Lima disse ainda que os mandados judiciais cumpridos na manh� desta sexta-feira foram expedidos em agosto. Por�m, por "uma quest�o operacional' n�o puderam ser cumpridos no m�s passado. De acordo com o procurador, o empecilho foi a Olimp�ada, realizada no Rio de Janeiro do 5 a 21 de agosto.
Sem constrangimentos
O delegado da Pol�cia Federal, Igor Romano de Paula, disse ainda que n�o houve nenhum tipo de constrangimento na pris�o do ex-ministro da Fazenda nos governos dos ex-presidentes Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
Paula negou que Mantega foi retirada do centro cir�rgico por policiais federais. Segundo o delegado, a prova disso � que Mantega falou ao telefone com policiais federais que estavam na casa do ex-ministro, em S�o Paulo, para cumprimento de mandado de busca e apreens�o. N|os centros cir�rgicos n�o s�o permitidos uso de celulares.
Paula informou que estavam na casa de Mantega, quando a PF chegou, uma empregada e um filho menor de idade do ex-ministro, de 16 anos. "Ele (Mantega) foi informado disso e pediu para acompanhar as buscas da pol�cia em sua casa", afirmou o delegado.
Tamb�m de acordo com o delegado - que nesta quinta-feira participou de uma coletiva da for�a-tarefa da Lava-Jato, em Curitiba, no Paran�-, Mantega teve o pedido atendido e, em seguida, foi levado para a sede da Superintend�ncia da Pol�cia Federal, em S�o Paulo. Mantega e outros sete envolvidos na opera��o de hoje e com mandados de pris�o cautelar ser�o levados para Curitiba, no Paran�.