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Estado de Minas P�S-IMPEACHMENT

Caciques do PMDB disputam espa�o no governo e sucess�o de Renan

Fragmenta��o atinge dois grupos: os peemedebistas do Senado e os correligion�rios do Planalto


postado em 25/09/2016 07:00 / atualizado em 25/09/2016 08:21

Romero Jucá (E) está de olho na cadeira de Renan Calheiros (foto: PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO )
Romero Juc� (E) est� de olho na cadeira de Renan Calheiros (foto: PEDRO FRAN�A/AG�NCIA SENADO )

Bras�lia – Menos de um m�s depois de ter chegado definitivamente ao poder, com a conclus�o do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os caciques do PMDB j� est�o em p� de guerra por espa�os no Legislativo e no Executivo. Existe uma disputa entre os peemedebistas do Senado com os correligion�rios do Planalto, com fragmenta��es internas em cada um dos grupos. “O PMDB � assim. Sempre tem um n�vel de tens�o interna, pois s�o v�rios interesses dentro de um mesmo partido. Se n�o fosse assim, n�o seria o PMDB”, resumiu um interlocutor palaciano.


Bombardeado pelo deputado cassado Eduardo Cunha (RJ), o secret�rio do Programa de Parceria do Investimento (PPI), Wellington Moreira Franco, n�o conta com a simpatia do senador Romero Juc� (RR), que preside o partido. Juc� desconfia que o vazamento da dela��o do ex-presidente da Transpetro S�rgio Machado, que provocou a exonera��o do peemedebista do Minist�rio do Planejamento, tenha sido facilitada por Moreira.


De volta � plan�cie, Juc�, considerado um dos melhores quadros do partido, incomoda-se pela fama de bom operador, mas da aus�ncia de um cargo efetivo. Ainda comanda o Planejamento, mas o titular da pasta � Dyogo Oliveira. Orienta a base aliada nas vota��es do Senado, mas o l�der do governo na Casa � Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Partidos que orbitam em torno do PMDB especulam que Juc�, por uma quest�o de sobreviv�ncia, poderia atropelar os interesses do l�der do partido no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), e disputar a sucess�o de Renan Calheiros (AL) na presid�ncia da Casa.


Caso eleito, Juc� teria, como presidente do Congresso Nacional, o direito de ser julgado pelo pleno do Supremo Tribunal Federal, n�o apenas por um �nico ministro. “Duvido que Juc� queira isso. Se ele durou dois dias no Planejamento, vai resistir apenas � posse na presid�ncia do Senado. � uma vidra�a muito grande para algu�m t�o fr�gil”, desdenhou um advers�rio. “Ele pode estar negociando a volta para a Esplanada. Afinal, algumas pastas t�m menos visibilidade que a presid�ncia do Senado”, arriscou um aliado.


No Planalto, contudo, as movimenta��es de Juc� s�o vistas com cautela e desconfian�a. Moreira Franco, al�m dos ministros da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, apesar de elogiarem a capacidade pol�tica de Juc�, consideram-no muito “entr�o”. O grupo palaciano � unido e ligado a Temer desde que o presidente da Rep�blica assumiu o comando do PMDB, em 2001. Faz parte desse grupo tamb�m Eun�cio Oliveira. Juc� � visto como algu�m que chegou mais tarde � confraria, mas quer ter as mesmas garantias dos s�cios remidos.

IMPEACHMENT

Neste cen�rio turbulento ainda tem Renan, a esfinge peemedebista, que surpreende at� seus correligion�rios. “N�o gosto de me explicar, prefiro que me decifrem”, afirmou ele, dias antes da vota��o final do impeachment de Dilma Rousseff. Renan deixar� a presid�ncia da Casa em 31 de janeiro de 2017. Em tese, deve voltar a ser l�der da bancada. Mas h� quem ache que os sinais inequ�vocos que encaminha ao Planalto e a enigm�tica frase “Tamo juntos (sic)”, proferida por ele na posse de Temer, signifique um aviso de que o presidente da Rep�blica precisar� afinar a parceria com o alagoano se quiser ter paz em seu mandato.


Renan cogitaria uma vaga na Esplanada. N�o seria o Turismo, reservada para seu aliado, o deputado Marx Beltr�o. E hesita, em certos momentos, em cumprir o acordo firmado com Eun�cio de apoi�-lo na sucess�o para a presid�ncia da Casa. Apesar de ter o senador cearense como um aliado leal, Renan o considera muito independente e com capacidade para voos solo, caso consiga presidir a Casa. Especialmente por ter direito � reelei��o no bi�nio 2019-2020. Por isso, n�o descarta a hip�tese de apoiar Garibaldi Alves (PMDB-RN) para o cargo.

 


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