Preso nesta segunda-feira, o ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil, governo Lula e Dilma Rousseff) por suposto envolvimento em propinas no esquema Petrobras, tamb�m � investigado por corrup��o nas obras da usina hidrel�trica de Belo Monte - neg�cio de R$ 13 bilh�es.
"Antonio Palocci, provavelmente em S�o Paulo, solicitou ao declarante o pagamento de R$ 15 milh�es para Delfim Netto dedut�vel do 1% de propina a ser paga", afirmou o presidente afastado da Andrade, em seu termo de dela��o sobre Belo Monte. "A empresa atendeu essa determina��o de Palocci, por�m descontou o valor pago a Delfim do montante total solicitado aos partidos PMDB e PT, em partes iguais."
O leil�o para constru��o e opera��o de Belo Monte foi realizado entre 2010 e 2011. Um dos cons�rcios era integrado pela Andrade Gutierrez. Preso pela Lava Jato, em Curitiba, acusado de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras, Azevedo fechou acordo de dela��o premiada com a Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR), com outros executivos do grupo, e a empresa fez um acordo de leni�ncia. Segundo ele, 1% do bilion�rio contrato das obras de Belo Monte envolveu propina acertada com PMDB e PT.
Palocci foi ministro da Fazenda no governo Luiz In�cio Lula da Silva e ministro da Casa Civil do governo Dilma Rousseff e um dos principais respons�veis por sua campanha em 2010. Outros delatores da Lava Jato haviam revelado sua suposta participa��o em propinas. Por meio de sua defesa, Palocci afirmou, em outra ocasi�o, que "jamais solicitou de quem quer que seja dinheiro il�cito".
Omert�
Alvo principal da 35ª fase - batizada de Opera��o Omert� -, Palocci foi um dos principais respons�veis pela campanha de Dilma em 2010. Outros delatores da Lava Jato haviam revelado sua suposta participa��o em propinas.
Na investiga��o que levou Palocci � cadeia, ele � suspeito de receber propinas da Odebrecht, que identificada o ex-ministro como "italiano" nas planilhas do Departamento de Opera��es Estruturas, chamado por investigadores de "departamento da propina".
A Lava Jato aponta que ele atuou para aprova��o de uma medida provis�ria, em 2009, para beneficiar empreiteiras e para o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Estrat�gico e Social (BNDES) para a �frica, onde empreiteira brasileira atuava.
Doa��es
Azevedo afirmou que a campanha de 2014 do PT recebeu R$ 4,5 milh�es em doa��es da Andrade Gutierrez, que seria referente a R$ 10 milh�es do acerto de Belo Monte. "Os valores a t�tulo de propina, no caso do PT, foram realizados, em parcelas, como doa��o eleitoral", registra o Termo de Colabora��o 02, de Azevedo, sobre Belo Monte.