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Estado de Minas

Lava-Jato investiga se Braskem repassou propina a Palocci


postado em 30/09/2016 07:31 / atualizado em 30/09/2016 09:36

Curitiba e S�o Paulo - Os investigadores da Opera��o Lava-Jato apuram suspeita de que a Braskem - petroqu�mica da Odebrecht, em sociedade com a Petrobr�s - pagou parte das propinas destinadas ao ex-ministro Antonio Palocci, via Setor de Opera��es Estrutura, o "departamento da propina da empreiteira". As suspeitas t�m como base registros de pagamentos deletados dos arquivos da empreiteira, mas recuperados pela Pol�cia Federal.

H� ind�cios, segundo investigadores, de que um dos destinat�rios finais do dinheiro seria o ex-marqueteiro do PT Jo�o Santana, respons�vel pelas campanhas eleitorais de Dilma Rousseff (2014 e 2010) e Luiz In�cio Lula da Silva (2006).

Os investigadores apontam que Palocci teria agido em favor da Braskem para aprovar leis que beneficiariam a empresa em pelo menos dois momentos: em 2009, quando era deputado federal pelo PT, e em 2013, quando atuava como consultor.

O petista foi detido temporariamente na segunda-feira, alvo da Omert�, 35.ª fase da Lava-Jato, sob suspeita de ter arrecadado R$ 128 milh�es da Odebrecht em propinas ao PT, entre 2008 e 2013. Ele foi ouvido na quinta-feira, 29, por cerca de 4 horas pelo delegado Filipe Hille Pace e pela procuradora Laura Tessler. O ex-ministro negou irregularidades.

Os registros identificados pela per�cia da PF s�o de entregas de dinheiro em esp�cie em endere�os de duas empresas de publicidade e comunica��o, em S�o Paulo, com a Braskem como uma das fontes de recursos. Os dados deletados estavam no mesmo arquivo de pagamentos da conta "Italiano", codinome atribu�do a Palocci nas planilhas da Odebrecht. Nesses mesmos locais, est�o os registros de pagamentos ordenados "por Marcelo Odebrecht" efetuados a "Jo�o Santana/M�nica Moura (Feira) e outros benefici�rios ainda n�o identificados".

O material foi cruzado com planilha obtida em mar�o, quando duas secret�rias do "departamento de propinas" foram presas.

Nessa contabilidade de valores devidos e pagos para "Italiano", em outubro de 2013 estava registrado que do montante que ele tinha a receber havia um saldo de R$ 70 milh�es. At� aquele ano, o uso dos recursos foi prioritariamente destinado a pagamentos � "Feira", referentes ao tema "Evento". No dicion�rio de c�digos usado no Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht, Feira era Jo�o Santana (refer�ncia a Feira de Santana, na Bahia, terra do marqueteiro), e Evento, campanha eleitoral.

M�nica e Santana s�o r�us de processo da Lava-Jato, em Curitiba, e admitiram ao juiz S�rgio Moro terem recebido US$ 3 milh�es da Odebrecht em conta secreta na Su��a, como pagamento de d�vida da campanha presidencial do PT de 2010 - quando Dilma foi eleita pela primeira vez.

Defesa. Por meio de nota, a Braskem informou que desde 2015 contratou uma "investiga��o independente" e que "segue empenhada em elucidar eventuais fatos il�citos e continuar� cooperando com as autoridades competentes".

Palocci contesta ser o "Italiano" nas planilhas da Odebrecht. "A PF j� atribuiu tal apelido a outros tr�s indiv�duos", afirmou por meio de nota. O ex-ministro informou ainda que a "ila��o" de que ele "teria trabalhado para favorecer a convers�o da MP 460 est� em contradi��o com o fato de que o ex-ministro, quando deputado, votou contra a medida provis�ria". "Palocci n�o recebeu qualquer vantagem indevida ou il�cita."

A Odebrecht n�o comentou.


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